quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Pisicopolítica: Comunicação Intercultural, Palavra, Envolvimento, Unidade Original, Mônada Psiquica, Imaginário Social

A contradição social e os limites do ideal comunicativo: para uma leitura pragmatista da história 

Alain Nzigou-Moussavoui
Doutorando na Universidade de Paris 8.
Sob a orientação do Professor Jacques Poulain


http://www.gtpragmatismo.com.br/redescricoes/redescricoes/03/nzigou-moussavou.pdf


A significação não transcende as enunciações dos sujeitos no ato de comunicação. Esquecendo isso, se perde de vista que o homem, na realidade de sua vida, é o único fundamento do sentido que se desvela na orientação pragmática de sua existência, de seu pensamento, de suas crenças e de seus desejos. E é essa orientação que é o sentido das proposições que ele tem para enunciar em todo ato de comunicação. Mas nessa comunicação, ele deve enfrentar a realidade da contradição intersubjetiva. Essa contradição intersubjetiva imita a contradição ontológica da qual a própria vida faz uso. Assim como os outros podem recusar acreditar em nossas crenças e nossos desejos, a vida pode escolher falsificar nossas teorias e nossos projetos, é o que nos ensina, por exemplo, toda a história da ciência. A lição mais decisiva do pragmatismo consiste provavelmente nisso: no rio do devir em que nós fomos jogados, não se pode assegurar que coisa alguma permaneça eternamente.

Nossos saberes e nossas crenças estão submetidos ao tempo e à incerteza, pois os fundamentos metafísicos sobre os quais a filosofia tradicional, de genealogia platônicocartesiana os havia construído, desmoronaram sob os golpes de martelo do juízo crítico iniciado desde a antiguidade pelos céticos, apesar do trabalho dialético de Sócrates e de Platão, retomado por Friedrich Nietzsche, apesar das pretensões objetivistas de Immanuel Kant, e renovado por Richard Rorty, apesar das tentações idealistas de Jürgen Habermas ou de Karl-Otto Apel. Cada um a sua maneira, eles quiseram mostrar que o homem não pode ultrapassar sua finitude para atingir a certeza transcendental. A única coisa que lhe resta fazer é se voltar para a conversação confortável de seus semelhantes com os quais ele pode esperar aceder a alguma felicidade existencial.


A ideia de uma situação ideal de comunicação que seria a garantia de toda intercompreensão se acha então agravada pela contradição social que põe em uma armadilha o consenso, a partir de sua fonte. O homem não pode evitar esta contradição social, pois a única possibilidade que haveria de poder evitá-la seria cessar toda comunicação com outro. Ora, a necessidade vital na qual ele se encontra de sempre dever comunicar faz com que ele não possa continua a fazê-lo a menos que ele se cure desta loucura que é o desejo de dominar a significação das enunciações antes de sua produção real oferecida ao julgamento do outro, compreendendo que este julgamento é de fato a instância inevitável graças à qual ele pode aceder à compreensão de si mesmo, nesta viagem existencial cujo barco ele deve sempre conduzir em comum com os outros. A neutralização contrafatual dos efeitos da incompreensão interativa entra em curto circuito com o desenrolar efetivo da comunicação, pois é a opacidade ligada a esta incompreensão que funda o interesse da comunicação. Comunicamo-nos para dissipar as opacidades. A comunicação impõe o diálogo que retorna passo a passo sobre os enunciados para verificar se eles produzem efetivamente um consenso conforme aos desejos, às crenças e às intenções de agir dos sujeitos que os proferem. Em si mesma a linguagem não tem poder algum de engajamento ontológico; sem sua relação com o contexto pragmático da ação do sujeito que a integra a sua biografia, ela não passa de sequência de sons vazios.

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Comunicação, Palavra e Políticas Públicas: a importância do conceito envolvimento para a construção da cidadania sustentável
- Evandro Ouriques -

https://iberystyka-uw.home.pl/pdf/a-kalewska/EV-Ouriques_Envolvimento.pdf


Maturana - Laço Social - Linguagem  

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Palavra, idéia morta.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10205404655618890&set=a.10204369838549110.1073741857.1324551686&type=1

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Comunicação Intercultural
e o signo estético de uma utopia

http://portcom.intercom.org.br/revistas/index.php/revistaintercom/article/viewFile/1258/1211

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Jacques Poulain:

A Verdade não está em um sujeito ou outro, mas ENTRE eles. 


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>>> É necessário salientar a responsabilidade dos oprimidos na manutenção histórica do processo de opressão.


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A CONSTRUÇÃO DA AUTONOMIA SOCIAL E PSÍQUICA NO PENSAMENTO DE CORNELIUS CASTORIADIS

http://www.ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/revistalapip/A_Construcao_da_Autonomia_Social_e_Psiquica...ICF_Passos.pdf

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http://filosofiaclinica1.blogspot.com.br/2013/10/laimaginacion-radical-monada-psiquica-e.html


La imaginación radical: 
mónada psíquica e inconsciente

María Eugenia Cisneros Araujo*


Juan Manual Díaz Burgos: Historias de la Playa, fotografía


 El presente ensayo tiene como objetivo analizar la noción de imaginación radical que desarrolla Castoriadis en su tesis de la institución imaginaria de la sociedad. La imaginación junto con el imaginario constituye un binomio indisoluble. La imaginación radical es un espacio lleno de contenido indefinidos, indeterminados, espontáneos que se resguardan en la profundidad de nuestro ser. En cualquier momento este contenido fluye como un magma de sentimientos, emociones, intenciones que se hacen presentes en lo imaginario como imágenes. La imaginación radical es mónada psíquica y es inconsciente. Es la potencia creadora que caracteriza al individuo para proponer lo inédito, lo otro, la construcción esencialmente novedosa y lograr efectivamente verdaderas transformaciones. La libertad se forja mediante el ejercicio práctico de la imaginación radical.

Palabras claves: Castoriadis, Freud, imaginación radical, mónada psíquica e inconsciente.

Abstract
This essay aims to analyze the notion of imagination that develops Castoriadis radical in his thesis of the imaginary institution of society. The imagination along with the imaginary constitutes a binomial indissoluble. The imagination is a radical space full of content undefined, unspecified, spontaneous biding their time in the depths of our being. In any moment the content flows like a magma of feelings, emotions, intentions which are present in the imaginary as images. The imagination is cute radical mental and is unconscious. It is the creative power that characterizes the individual to propose something, the other, the construction essentially novel and effectively achieve true transformations.Freedom is forged through the practical exercise of the radical imagination.
Key Words: Castoriadis, Freud, radical imagination, cute and unconscious psychic


                                             
Introducción

Castoriadis presenta una noción de hombre en la que destaca su potencialidad creadora vista como el movimiento vital que hace al individuo. Este poder creador es llamado imaginación radical y su lugar se encuentra en la psique. La tesis de la imaginación radical proviene del psicoanálisis[1], donde se toman y critican ideas de Freud[2] y Lacan[3], a saber, el inconsciente, el deseo, la psique, entre otras.
         Castoriadis, además de la lectura de Freud, también vivió la práctica de un análisis personal, lo que le llevó a reexaminar la tesis de Freud. En otras palabras, lo que hace Castoriadis es trasladar el psicoanálisis al campo político-filosófico. El inconsciente pasa a ser la imaginación radical, categoría que define al individuo. Luego, esta categoría, se incorpora a lo imaginario, para dar cuenta de la creación de la institución imaginaria de la sociedad.
         Este ensayo se propone mostrar cómo Castoriadis desarrolla la imaginación radical.
         La idea central de Castoriadis es señalar que la singularidad que caracteriza al individuo es la imaginación radical, la cual requiere de lo imaginario para desarrollarse como un magma de representaciones que transforman lo establecido y estimulan lo instituyente, la puesta en marcha de la invención como práctica de vida social efectiva.
         Pasaré a explicar a profundidad estas ideas.


Juan Manual Díaz Burgos: Historias de la Playa, fotografía


I.- Imaginación radical
        
Castoriadis se basa en nociones de Freud y Lacan para desarrollar su tesis sobre la imaginación radical. Para la comprensión de este concepto, en primer lugar, se desarrollará la idea de inconsciente que planteó Freud, cuyo conocimiento permite comprender la categoría de imaginación radical; en segundo lugar, se expondrá la propuesta de Castoriadis sobre la imaginación radical, desarrollada bajo dos acepciones: 1) mónada psíquica; y, 2) inconsciente.



1. Lo Inconsciente para Freud
        
        En este trabajo no se intenta hacer una exhaustiva investigación de la noción del inconsciente de Freud ni de su obra. Tampoco de averiguar las diferencias y coincidencias entre Castoriadis y Lacan[4]. Lo que se busca es examinar cómo Castoriadis desarrolla la concepción de imaginación radical teniendo presente ciertas categorías de Freud.
Se desarrollará a continuación las nociones de lo inconsciente propuestas por Freud que usa el filósofo para elaborar su tesis de la imaginación radical. Por consiguiente, aquí se expondrá, en breve, algunas de las ideas desplegadas por Freud sobre lo inconsciente que son necesarias para luego comprender la concepción de individuo a partir de la imaginación radical que presenta Castoriadis[5].
         Freud[6] afirma que existe un psiquismo inconsciente, explica que lo reprimido forma parte de lo inconsciente y su contenido se conoce cuando éste aparece en el consciente. Observa de su práctica con pacientes que los datos que aporta lo consciente son incompletos: “…Tanto en los sanos como en los enfermos, surgen con frecuencia actos psíquicos, cuya explicación presupone otros de los que la conciencia no nos ofrece testimonio alguno. Actos de este género son, no sólo los fallos y los sueños de los individuos sanos, sino todo aquello que calificamos de síntomas y de fenómenos obsesivos de los enfermos” (Freud, 1915: 1063).
         Tomando en cuenta su experiencia con pacientes, Freud afirma que existen manifestaciones de procesos mentales cuya elaboración se ignora, porque tales apariciones no pueden ser accedidas por el sistema consciente sino que se originan en otra instancia, en el inconsciente. Estas manifestaciones indican la existencia de una actividad psíquica inconsciente, en las que incluye los actos fallidos y los sueños e influyen sobre el curso de los procesos conscientes y son solo conocidas una vez que son traducidas a lo consciente a través del psicoanálisis, de acuerdo a lo que propone Freud: “El psicoanálisis nos obliga, pues, a afirmar que los procesos psíquicos son inconscientes y a comparar su percepción por la conciencia con la del mundo exterior por los órganos sensoriales […] nos invita el psicoanálisis a no confundir la percepción de la conciencia con el proceso psíquico inconsciente objeto de la misma…”(Freud, 1915: 1066).
         El neurólogo explica que el psicoanálisis demuestra que un acto psíquico pasa por dos fases y en el medio de éstas existe una barrera[7]. En la primera fase está el inconsciente: los actos psíquicos reprimidos; dependerá de la barrera que estos actos pasen a la segunda fase, a lo consciente. Si la barrera no deja que el acto psíquico pase a la segunda fase, entonces lo rechaza y quedará en el inconsciente, es lo que se llama reprimido. Si sucede lo contrario, y el acto psíquico pasa la barrera, entonces es susceptible de hacerse consciente; es decir, puede ser consciente sin una particular resistencia. Un acto psíquico es la representación en el inconsciente de los impulsos instintivos, lo que después llamará Freud, pulsión.
Para Freud, la manera de poder conocer los impulsos instintivos es en su representación, es decir los afectos, de lo contrario no tendríamos conocimiento de ello[8]. De esta forma, el contenido de lo inconsciente son las representaciones de los impulsos instintivos, en su mayoría reprimidos; lo que examina la barrera son las representaciones, y las que pasan ese tamiz, pueden llegar a ser conscientes con el auxilio del psicoanálisis. Al respecto, dice Freud que “El nódulo del sistema inconsciente está constituido por representaciones de instintos, que aspiran a derivar su carga […] Estos impulsos instintivos se hallan coordinados entre sí y coexisten sin influir unos sobre otros ni tampoco contradecirse” (Freud, 1915: 1073).
         De acuerdo a Freud, lo que se encuentra en lo inconsciente son representaciones de los impulsos que también llama “contenidos energéticamente cargados” (Freud, 1915: 1073) porque tiene presente los afectos, los sentimientos que intervienen en el “proceso psíquico primario” (Freud, 1915: 1073). Estas representaciones de lo inconsciente no tienen relación con el tiempo ni con la realidad tal como se acostumbra a conocerla, es decir, las representaciones de lo inconsciente no están ordenadas de acuerdo al tiempo cronológico, sino es un tiempo particular del inconsciente; tampoco tienen relación con la realidad, tal como se conoce sino más bien con la realidad psíquica, en cómo cada individuo vivencia su realidad. Las representaciones obedecen, a lo que Freud llamó, principio de placer, sometidas a requisitos de una regulación placer-displacer[9].
         En resumen las características de las representaciones que se encuentran en lo inconsciente son las siguientes: son atemporales porque no se modifican por el transcurso del tiempo; no tienen relación con la realidad, porque sustituyen la realidad exterior con la psíquica; consisten en un proceso primario que se manifiesta por la movilidad de las cargas energéticas caracterizado por procesos de condensación y desplazamiento.
En el Diccionario de Psicoanálisis[10], se encuentra lo siguiente sobre la noción de lo inconsciente para Freud:
        
         A) El adjetivo inconsciente se utiliza en ocasiones para connotar el conjunto de los contenidos no presentes en el campo actual de la conciencia, y esto en un sentido <<descriptivo>> y no <<tópico>>, es decir, sin efectuar una discriminación entre los contenidos de los sistemas preconsciente e inconsciente.
B) En sentido tópico, la palabra inconsciente designa uno de los sistemas definidos por Freud dentro del marco de su primera teoría del aparato psíquico; está constituido por contenidos reprimidos, a los que ha sido rehusado el acceso al sistema preconsciente-consciente por la acción de la represión (represión originaria y represión con posterioridad)[11].
        
En este sentido Freud se refirió al funcionamiento de la psiquis, en dos tópicas[12]. En la primera establece la distinción entre inconsciente, preconsciente y consciente. En este esquema, lo inconsciente, que es la categoría que nos interesa, ocupa una dimensión en el aparato psíquico que posee sus propias leyes de funcionamiento ya descritas. Freud describe que de acuerdo a su primera tópica del aparato psíquico, el sujeto en su contacto con el mundo intenta rechazar o mantener en lo inconsciente ciertas representaciones (pensamientos, imágenes, afectos, recuerdos) ligados a una pulsión que se produce cuando la satisfacción de esta pulsión equivale a manifestar placer o displacer debido a la exigencia de otras instancias del aparato psíquico. Se forma la represión originaria que tiene como efecto la formación de ciertas representaciones inconscientes. A la largo de la vida del sujeto, esta serie de contenidos inconscientes se manifiestan a través de lo que denominamos formaciones del inconsciente evidenciadas en los sueños, los lapsus, los actos fallidos, los olvidos, los síntomas.
En la segunda tópica, Freud habla de tres instancias “el ello, polo pulsional de la personalidad; el yo, instancia que se erige en representante de los intereses de la totalidad de la persona […] el superyó, instancia que juzga y critica, constituida por la interiorización de las exigencias y prohibiciones parentales” (Laplanche  y Pontalis, 1996:434). En la segunda tópica, el inconsciente ocupa la dimensión del ello, así como una parte del yo y del superyó.
Para Freud, el funcionamiento psíquico se puede explicar mediante estos sistemas o tópicas que permiten ordenarlos o sistematizarlos para su comprensión. Freud observa que la psique no es reductible solo a lo consciente sino que existen ciertos contenidos que solo se vuelven accesibles a la conciencia cuando se han superado ciertas resistencias o mediante las formaciones del inconsciente ya descritas. Así, lo inconsciente ocupa una dimensión, en sentido figurado, en el funcionamiento de la psique; es un sistema conformado por sus propios contenidos, mecanismos y energía. Como ya se explicó, Freud en su artículo “Lo inconsciente”, describe que el contenido de lo inconsciente refiere a representaciones, que llamó representante-representativo o representante de la pulsión, las cuales se entienden como una sucesión causal de fantasías e imágenes a las cuales se fija la pulsión y por lo tanto pueden concebirse como escenificaciones del deseo, que responden al principio del placer.
         Podríamos resumir que para Freud lo inconsciente refiere a representaciones, las cuales se entienden como una sucesión de imágenes en las cuales se fija la pulsión y, por lo tanto, pueden concebirse como escenificaciones del deseo, que responden al principio del placer y realidad, que obedecen a leyes propias y a la causalidad. Confrontado a la tesis de Freud, Castoriadis sostuvo que en la “imaginación radical” como inconsciente, las representaciones no responden a un proceso causal de imágenes y fantasías sino que, por el contrario, obedecen a lo espontáneo, al azar y a lo fortuito[13].
         Desde esta perspectiva, Castoriadis desarrolla la categoría de la imaginación radical en dos vertientes: 1) como mónada psíquica; y, 2) como lo inconsciente. Como mónada psíquica, la imaginación radical viene con el ser viviente, así como lo inconsciente es una manifestación de la psique instaurada desde los primeros contactos del individuo con el mundo. Y, como inconsciente, la imaginación radical es una mezcla de representaciones, afectos e intenciones indiferenciados.
         Veamos a continuación el desarrollo de la noción de imaginación radical de Castoriadis.



Juan Manual Díaz Burgos: Historias de la Playa, fotografía



2. La imaginación radical:

2.1. como mónada psíquica
        
La mónada es la raíz psíquica original[14]. Consiste en un estado originario del sujeto donde el sujeto, el objeto, las representaciones, los afectos y los deseos son la misma cosa. Esta confusión, este estado unitario, es el sentido de la psique en su núcleo[15].
         La imaginación radical como mónada psíquica[16] se ubica en el sujeto como lo viviente. En este estado se concibe como un ser de autofinalidad y creador de un mundo propio[17]. Como autofinalidad, el ser viviente tiende a la conservación como singular y como parte de una especie. Como creador de un mundo para sí, se refiere a la capacidad que tiene el ser viviente de relacionarse con lo externo y tomar de ello lo que le es favorable a su conservación[18].
         El mundo propio que se construye lo viviente, debe poseer la flexibilidad de aceptar lo que el mundo externo le presenta; como una presencia que contiene condiciones para que lo viviente pueda perpetuarse, puesto que la conservación como singular depende de las condiciones externas que se le manifiestan[19]. Ello supone que lo viviente se encuentra dentro de un mundo con el que se relaciona, y capta este mundo como representación, ante la cual se genera una respuesta de su parte, en el sentido de acercarse a aquello que le permita su subsistencia o alejarse de aquello que se lo impida.
Esta reacción de lo viviente hacia el mundo externo, se traduce en lo que llama Castoriadis, conocimiento selectivo. “Esta selectividad debe habérselas a la vez con el ser-así específico de la entidad que selecciona y, evidentemente, con una cierta consistencia de lo que es, del mundo” (Castoriadis, 2004: 60). Lo viviente selecciona aquellos aspectos del mundo que sirven a su preservación como singular y a la vez como parte de una especie: aquellos que garanticen que su relación con el mundo sea preferiblemente de desarrollo y no de limitación. Lo que quiere destacar Castoriadis es que el mundo propio está sometido a un mundo más amplio. En principio, el individuo como ser singular está sometido a un ámbito más extenso: la sociedad.
         La selectividad es producto del encuentro entre lo viviente y el mundo externo. Lo viviente capta lo externo como una representación, la cual sirve de guía para seleccionar de lo exterior aquellas condiciones que garantizan su permanencia y desarrollo[20]. Esta captación de la representación “…del objeto para el psiquismo humano depende del deseo, del anhelo, de las miras de la instancia psíquica de la que se trata…”(Castoriadis, 2004: 62). Lo viviente produce sus propias representaciones y capta las que devienen del mundo externo, las cuales a su vez pasan por el tamiz de las representaciones propias de lo viviente, que filtra la información, la selecciona y la organiza para su desarrollo. Ciertamente,

Lo viviente en tanto para sí no se representa solamente el mundo, no reproduce, no hace simplemente existir para él a los elementos de un mundo que ya existiría de manera indudable y especificada, sino que construye o crea su propio mundo seleccionando elementos existentes y especificados del mundo a secas, y organizándolos según sus capacidades de percepción, es decir, su dispositivo de representación, y sus miras[21].
        
De lo anterior se desprende que lo viviente tiene la facultad de crear sus propias representaciones que van a constituir su mundo, para lo cual no se limita a realizar distintas combinaciones de los elementos dados, ni a ser pasivo o receptor, contrariamente, es activo, crea su mundo a partir de sí y de la selección que hace de la información que le presenta el mundo externo. “Este nivel de ser es una creación de lo viviente” (Castoriadis, 2004: 62-63). En otras palabras, en el estado originario el sujeto es “una entidad biológica, un ser vivo y, como todo ser vivo, es un <<ser para sí>>. Es decir, un ser que organiza el mundo en función de sus propias características y en términos de sus propias exigencias de supervivencia…” (Ibáñez, 2005: 112).
Según esto, en mi criterio, lo viviente no es una máquina, es un ser que capta, selecciona, organiza, crea y transforma las imágenes que le presenta el mundo. Convierte esa información en algo que tenga algún significado para sí y donde también es capaz de relacionarlo con el mundo exterior porque “Lo viviente construye un dispositivo para el cual hay información -la x es transformada en información-, que no es simplemente un dispositivo que recoge bits, unidades binarias de información-, sino un dispositivo para el cual todo lo que es recogido/presentado está dotado de una forma y al mismo tiempo puesto en relación…” (Castoriadis, 2004: 64).
Ese mundo externo que se le presenta a lo viviente, se caracteriza por tener ciertas regularidades en los fenómenos, no es absolutamente informe; a partir de estas regularidades lo viviente construye su para sí. “Hace falta que el mundo sea tal que un sujeto pueda vivir en él, que pueda conocer…” (Castoriadis, 2004: 64). La mónada psíquica es aquello que tiene la potencialidad de producir representaciones a partir de sí mismo y de traducir toda estimulación exterior en representación. En efecto,

La mónada psíquica es un constituyente-constituido, es formación y figuración de sí misma, figurante que se figura a sí mismo, a partir de nada […] es ese cuerpo en tanto constituyente-autoconstituyente, figurante, auto-figurante para sí…la psique […] es imaginación radical,fantasía no sometida a ningún fin, sino creación de fines…para la mónada psíquica –toda solicitación exterior, toda <estimulación sensorial>> externa e interna, toda <<impresión>> se vuelverepresentación, es decir, <<puesta en imágenes>>, emergencia de figuras[22].

         De las precedentes palabras se deriva que existe un estado originario del sujeto que se presenta como una mónada psíquica. Fuente de representaciones por sí misma, flujo productivo de imágenes (constituyente-constituido) y presenta estas imágenes en escena.
         Para Freud, en su escrito Más allá del principio del placer[23], dos principios rigen el funcionamiento mental, el principio del placer y el principio de realidad. El primero, es aquella actividad psíquica que tiene por finalidad procurar el placer o evitar el displacer. Explica que en un principio las pulsiones buscan descargarse o satisfacerse por las vías más cortas, pero progresivamente el aprendizaje de la realidad que remiten a aplazamientos de la satisfacción del placer o de una necesidad, será la vía que permite la satisfacción buscada. Es así como el segundo, el principio de realidad, modifica el primero, en la medida que logra imponerse como principio regulador del aparato psíquico y aplaza la búsqueda de satisfacción en función de las condiciones impuestas por el mundo exterior.
         En este contexto, la mónada psíquica supone que “Nada existe para el sujeto fuera del mismo sujeto, que se vive como fuente de placer y como capaz de realizar placer. Es el reino de la satisfacción inmediata de todo deseo que podría presentarse” (Castoriadis, 2001: 244). En esta tesis, el primer estado psíquico consiste en el placer que se manifiesta como representación y en la satisfacción inmediata del mismo. Esta idea la toma Castoriadis de una frase de Freud: “soy el pecho” (Castoriadis, 2001: 245), para resaltar que el individuo en un primer momento como lactante (bebé) está indiferenciado del pecho de la madre; él y el pecho se viven como un todo. En este primer momento no existe la diferenciación de él y el pecho, y lo vive como un deseo que se realiza con placer cada vez que es amamantado por la madre. En otras palabras, en el primer momento psíquico del individuo el placer y la representación están ligados, son indistinguibles e inseparables. El sujeto en su origen es una mezcla indiferenciada de representaciones y deseos que vive como una experiencia total[24].
La mónada encaminará la psiquis del individuo, al tratar a lo largo de su evolución, de recuperar o reencontrar ese estado de placer original[25]. En este sentido, el sujeto -desde la mónada psíquica hasta ser individuo social- pasa por estructuras y reestructuras psíquicas, toda vez que intenta recuperar el placer original, el sujeto como escena de la fantasía. Esto lleva a que el psiquismo en su desarrollo relacione las distintas estructuras y reestructuras que se forman en esta búsqueda, donde las posteriores no anulan a las anteriores sino que coexisten en conflicto[26]. En efecto, “…La mónada organiza la experiencia del placer, no con un objeto sino como experiencia total -totalitaria, completa, absoluta- de un estado. Esta experiencia orientará para siempre el psiquismo, cuyo objeto de deseo, cuya búsqueda, será la recuperación de este estado y el retorno a él. Es más un deseo de estado…” (Castoriadis, 2001: 245).
         La mónada organiza la experiencia del placer y su representación como un estado vivencial sintiente que ocurre internamente en el sujeto, hasta que se produce la ruptura por lo imaginario establecido. La ruptura de la mónada supone que ocurre con el encuentro de dos mundos: el sujeto como escena de la fantasía y la sociedad como lo imaginario histórico-social establecido:

         …la psique […] se altera y se abre al mundo histórico-social también a través de su propio trabajo y su propia creatividad; y una historia de imposición de un modo de ser que la sociedad realiza sobre la psique y que ésta última jamás podría hacer surgir a partir de sí misma y que fabrica-crea el individuo social. El final común de estas dos historias es la emergencia del individuo social como coexistencia, siempre imposible y siempre realizada, de un mundo privado […] y de un mundo común o público….[27].

         En conclusión, para Castoriadis existe un primer estado psíquico o modo de ser del sujeto que denomina “mónada psíquica”, es un estado originario y una organización del sujeto previo a la diferenciación entre el sujeto y el objeto, donde el sujeto y el objeto son un todo y nada existe más que el sí mismo, el cual se sostiene en un estado de placer y de satisfacción inmediata. Castoriadis dice que en este estado nada existe para el sujeto fuera del mismo sujeto, que se vive como fuente de placer y como capaz de realizar placer. Es el reino de la satisfacción inmediata donde todo deseo podría presentarse[28].
         La imaginación radical como mónada psíquica esboza la condición primaria del hombre como un protosujeto que fabrica un mundo para sí a partir de la producción de imágenes o representaciones. Como ya dije, para Castoriadis lo que define el proceso de esas representaciones es la espontaneidad. Por consiguiente, la imaginación radical como inconsciente es la mezcla de representaciones dadas por el azar y no por una sucesión ordenada de representaciones. Esta es la tesis que va a fundamentar el filósofo greco-francés: la imaginación radical como inconsciente consiste en un magma de representaciones mezcladas con los afectos, intenciones, deseos que devienen de la mónada psíquica como emergencia espontánea[29]. A continuación, se analiza más a fondo esta tesis.





Juan Manual Díaz Burgos: Historias de la Playa, fotografía


2.2. como inconsciente

         La imaginación radical como inconsciente “sólo existe como flujo indisocialmente representativo/afectivo/intencional”[30]. La imaginación radical como inconsciente[31] es un magma de representaciones, afectos e intenciones mezclados, que no se suceden ordenadamente[32].
…Representación: hacer ser algo para sí. Afecto: modalización de esta representación que, repercutiendo en él para sí enteramente, lo hace vibrar enteramente. Intención: aquello que recorre el para sí por el hecho de que no es neutro frente al mundo que lo rodea, que apunta a algo y para comenzar, a su propio ser, a su permanencia en el ser, su conservación o la conservación de algunos de sus caracteres…[33].

         La representación consiste en la capacidad que tiene el sujeto de construirse o fabricarse una figura o imagen en su propio mundo. Esta imagen lleva consigo una carga afectiva que altera el ánimo del sujeto y hace que se incline hacia algo. Tal inclinación persigue su conservación como viviente singular y como especie. Estas tres situaciones están combinadas en lo inconsciente. Siendo esto así, lo inconsciente no presenta situaciones definidas, diferenciadas, claras, ordenadas, sino indistintas, fusionadas, difusas, y esto es lo que Castoriadis llama el “enigma de un representar-representación originario”[34], un magma de representaciones, afectos e intenciones, cuya asociación es libre, espontánea, en continuo cambio, transformación, alteración; no responden a un orden, un antes o un después. Aquí coincide con Freud: en que la imaginación radical como inconsciente no está vinculada al tiempo, pero difiere con el neurólogo como ya dijimos, en el punto de la ordenación de las representaciones. Mientras que para Freud lo inconsciente refiere a una sucesión ordenada de representaciones, contrariamente para Castoriadis la imaginación radical como inconsciente trata de un magma de representaciones que responden a una asociación libre, contingente y espontánea; lo que la imaginación radical como inconsciente manifiesta es una potencialidad creadora que aparece como una multiplicidad de infinitas posibilidades[35].
         La imaginación radical se encuentra en lo inconsciente y se puede manifestar en el consciente[36] como alteridad alteración, es decir, la producción imaginativa no se repite, cada manifestación arroja situaciones novedosas. La imaginación radical como inconsciente es “…un flujo de representaciones, de afectos y de intenciones…o de deseos” (Castoriadis, 2001: 242), esto es, los productos de la imaginación radical no son traducibles a conceptos, definiciones, lenguaje lógico. La imaginación radical como inconsciente es un magma de representaciones, imágenes, figuras que evocan el misterio, el enigma, lo oscuro, la potencialidad interna de la que el individuo no se está consciente pero que forma parte de su ser y se presentan en el mundo de la ficción vivida. El individuo también se presenta ante el mundo a partir de su lado oscuro, de sus represiones; pero en Castoriadis este ámbito, se revela por símbolos, imágenes, figuras que una vez que aparecen pueden contribuir a la autocreación de la singularidad del individuo. Valga citar aquí las siguiente palabras de Thomas Mann:


         …Su campo de investigación siempre había sido ese oscuro y vastísimo territorio del alma humana que denominamos <<subconsciente>>, aunque en realidad haríamos mejor en llamarlo <<supraconsciencia>>, en tanto esa esfera suele proporcionarnos unos conocimientos que rebasan en mucho el saber consciente del individuo y sugieren la idea de que podría existir alguna relación o vínculo entre estas regiones tan profundas y oscuras del alma individual y un alma universal y omnisciente.
El mundo del subconsciente -<<oculto>> en el sentido más amplio de esta palabra- muy pronto demuestra estar también <<oculto>> en un sentido más estricto y constituye una de las fuentes de las que surgen aquellos fenómenos que denominamos con ese mismo calificativo. Pero eso no es todo. Quien considere el síntoma orgánico de la enfermedad como el resultado de la represión e histerización de determinados afectos de la esfera consciente del alma, reconoce la fuerza creadora de lo psíquico en el dominio de lo material, un poder que, entonces, habría que considerar como la segunda fuente de los fenómenos mágicos…[37].


         Y de Thomas De Quincey:


…El mecanismo para soñar implantado en el cerebro humano no se implantó sin ningún propósito. Esta facultad, en alianza con el misterio de la oscuridad, es el vínculo mediante el cual el hombre se comunica con lo intangible. Y el órgano del sueño, en conexión con el corazón, el ojo y el oído, forma el magnífico aparato que constriñe el infinito en las cámaras de un cerebro humano, y arroja oscuros reflejos, desde las eternidades ocultas en toda vida, en los espejos de la mente dormida…[38].

         De ese modo, la imaginación radical como inconsciente constituye una dimensión cuyo contenido es indeterminado, indefinido, inaprensible, intangible, ininteligible, oscuro; es una dimensión que aún es desconocida, “producto y manifestación continua de la imaginación radical, su modo de ser es el de un magma” (Castoriadis, 2003:189). En consecuencia, el hombre al que refiere Castoriadis, es el de carne y hueso con su perenne carga de lo que es capaz de conocer de sí y lo desconocido que le es posible conocer cuando se hace presente por las imágenes. Ambas variables intervienen en la conformación del ser del individuo: imaginación radical como inconsciente y lo consciente: una mezcla de imaginación, reflexión, pasión, deseo, razón: surgimiento permanente de representaciones[39].
         La imaginación radical como inconsciente produce fantasías espontáneas y autónomamente[40]. Aquí se encuentra una afirmación tajante de Castoriadis: “la psique es capacidad para hacer surgir una <<primera>> representación, una puesta en imagen…”(Castoriadis, 2003:191). ¿Cómo la psique genera esta imagen originaria?, ¿de dónde la saca? Castoriadis sostiene que la psique es figura-figurante, una potencia organizada-organizante, mónada psíquica. En su origen es una potencia que genera imágenes a partir de la nada (ex nihilo), del abismo, del enigma, del caos, este umbral es la fuerza motriz para la continua producción de representaciones. La psique como mónada psíquica es receptora de las impresiones y simultáneamente generadora de representaciones que manifiesta como puesta en imágenes, como se explicó en el punto anterior[41].
La psique como imaginación radical capta las impresiones y las presenta como imágenes, por tanto, separa la forma y la muestra como figura del objeto. En consecuencia, la separación es indisociable de la composición así como la abstracción no está separada de la construcción porque la puesta en escena de las imágenes son figuras figurantes del objeto[42]. En este sentido, la psique es un “constituido-constituyente”, capta, convierte en representación y presenta la imagen de la cosa tal como ella es[43].
         Se muestra así a un sujeto definido por una estructura psíquica originaria[44] (mónada psíquica) activa de la cual nacen las primeras representaciones y organiza las posteriores. Esta constitución es la semilla que moviliza la autocreación de un modo de ser del individuo.
         ¿Por qué este autor afirma que el origen del sujeto es la representación? Aquí Castoriadis apunta al centro de la existencia, al sentido de la vida de los individuos. Los hombres sienten temor, pánico ante la escisión, el vacío, el abismo, el caos, lo oscuro, el misterio. El gran enigma es el sí mismo del hombre, el sí mismo que lo es todo. Los hombres prefieren partir de un sí mismo que sea claro, entendible, descifrable. Asumiendo esta postura, la vida se le hace más llevadera pues generalmente se convierte en títere de lo establecido. En cambio, aceptar que el sí mismo es desconocido, implica el dolor de convertir la existencia en una obra de arte porque se está en un permanente análisis reflexivo, interrogativo y en el cuestionamiento de la existencia y del entorno[45]. Admitir que el sí mismo es oscuro impele a aceptar que cada día se debe inventar la vida, pues la imagen surge de la fuente primaria, la representación. Esto tiene su riesgo: para llenar el vacío, la imaginación disfraza la escisión por una unidad que no existe, es decir, utiliza la representación para darle el barniz al sí mismo de claridad; o se vale de la representación para asumir el sí mismo como lo que es, un océano a 100 metros o más de profundidad. Por esta razón,


 …cabe preguntarse cómo se hace para que el modo predominante de respuesta del sujeto (o de la sociedad) se sitúe en lo imaginario, y cómo una formación imaginaria puede <<responder>> a una necesidad real o a una necesidad <<estructural>>, esto es lógica […] cómo la situación <<desencadenante>>, sea cual fuere el modo de definición, viene asignificar algo para el sujeto (o la sociedad), de tal modo que provoque o induzca una respuesta […] toda la elaboración psíquica […] tiene como punto de partida la necesidad que experimenta el sujeto de llenar, cubrir, saturar un vacío, una falta, una separación que le sería consustancial […] la función que se le atribuye a lo imaginario consiste en llenar, colmar, cubrir lo que es necesariamente abertura […] escisión, falta de ser del sujeto…[46].

         La realidad psíquica que expone Castoriadis es una potencia productora de representaciones, cuya emergencia es espontánea. La psique se encuentra con el mundo por medio de las representaciones, lo descifra y lo transforma mediante imágenes. “Para la psique nada puede existir si no es en el modo de la representación” (Castoriadis, 2003: 207). De esta forma, en la raíz está la representación, luego deviene el pensamiento, el análisis, lo inteligible, en un movimiento donde se fusionan lo desconocido y lo conocido, lo consciente y lo inconsciente. El sujeto es la suma de lo descifrable e indescifrable; por más que logre explicar situaciones siempre quedarán grietas por elucidar. De allí la potencia creadora del sujeto, su singularidad, su posibilidad de dar luz su oscuridad. La magia es que nunca logrará establecer la luz totalmente porque mientras consigue más claridad simultáneamente aparecen más senderos inescrutables. Este proceso es el que llena de contenido el sentido que los individuos y el colectivo deciden dar a su vida. “…Para el psiquismo humano, existe un flujo representativo ilimitado e indominable, espontaneidad representativa que no está sometida a un fin señalable, ruptura de la correspondencia rígida entre imagen y “X” o de la consecución fija de las imágenes…” (Castoriadis, 1998: 130).
         La realidad psíquica es un magma de representaciones espontáneas donde se mezclan los afectos y las intenciones bajo la sensación de placer. La imaginación radical como inconsciente no tiene:


Índice de realidad ni índice de la verdad, lo cual quiere decir que no hay ni puede haber <<prueba de la realidad>> ni <<prueba de la racionalidad>> […] Lo que en el inconsciente puede haber como <<percepción>>, dada la ausencia de índice y de prueba de la realidad, no puede ser jamás otra cosa que <<percepción>> -es decir representación- de sí mismo, no como representación de un <<interior>> distinto de y en oposición a un <<exterior>>, sino, antes incluso de esta distinción, como representación de todo[47].

De lo anterior se deriva que la representación como materia prima del inconsciente posee una sustancia propia: la espontaneidad. Esto es lo único que se puede decir. Estas representaciones no se pueden analizar lógicamente, ni científicamente; no se pueden conceptualizar o definir ni están sucesivamente ordenadas. Se trata de figuras figurantes, constitución-constituyente, organizada-organizante, fuente de imágenes, símbolos. Estas representaciones responden al principio del placer[48] porque le brindan al sujeto la sensación de que su deseo es plausible gracias al constructo de la imagen independientemente de la existencia del objeto[49]. Priva la sensación del placer representativo.
         Castoriadis deja claro que la imaginación en el pensamiento heredado no fue asumida como una facultad positiva, una potencia, un poder de hacer algo, sino que fue vista como fuente de error. Castoriadis se distancia de esta visión y muestra que la imaginación es un poder positivo, es la primera fuente de creación y por la cual existe la realidad para el individuo, porque la imaginación es la facultad humana que les permite a los individuos crear nuevas formas institucionales, sociales, históricas. Así, la imaginación radical crea imágenes, formas, representaciones mediante las cuales los individuos captan el mundo.
Enfatizo que la tesis de Castoriadis consiste en considerar que la imaginación radical es consustancial al individuo, es una facultad ínsita al sujeto como ser viviente mediante la cual capta al mundo como imagen, representación, figura, y no una facultad del sujeto sólo como razón que concibe al mundo por conceptos lógicos o mediante categorías únicas de validez universal. Los individuos y el colectivo crean realidad y racionalidad a partir de la vinculación de la imaginación y de lo imaginario.
         En resumen, para Castoriadis los contenidos de la vida psíquica más profunda (mónada psíquica-inconsciente), son las representaciones. En este contexto, la psique está conformada por un magma de imágenes y afectos que se manifiestan como figuras-figurantes. Esta primera representación contiene la posibilidad de organizar toda representación siguiente, y es el origen de lo que Freud describió como fantasía.
         Freud plantea que bajo la necesidad de re-escenificar una escena de satisfacción que tiene antecedente en una percepción real placentera original, se procura compensar la falta de esa escena con la reproducción de su representación. Esta es la base de la fantasía y de la imaginación. La imaginación radical es la formación originaria de la fantasía, es una representación originaria que preexiste.



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* Licenciada en Estudios Internacionales, Universidad Central de Venezuela (UCV); Licenciada en Derecho (UCV); Licenciada en Filosofía (UCV). Maestría en Filosofía y Ciencias Humanas (UCV). Profesora de la Escuela de Filosofía y en la Maestría en Filosofía y Ciencias Humanas de la UCV, y adscrita al Departamento de Análisis Político y Social del Instituto de Filosofía de la Facultad de Humanidades y Educación de la UCV. Correo electrónico: cisnerosmariaeugenia@gmail.com
[1] “El ser humano singular visto en su profundidad como ser psíquico -en la perspectiva freudiana […] Psicología quiere decir aquí, esencialmente, psicoanálisis, o sea, Freud […] la inspiración fundamental en este campo para nosotros sigue siendo Freud”. Castoriadis, C. (2004), Sujeto y verdad en el mundo histórico-social. Seminarios 1986-1987. La creación humana I. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, Primera Edición en Español. pp. 20 y 98.
[2] “El inconsciente -decía Freud- ignora el tiempo e ignora la contradicción. Con este vertiginoso pensamiento, que toda la obra de Freud amplía y vuelve aún más insistente, no se ha sabido casi qué hacer, cuando no se le ha hecho decir lo contrario de lo que dice, convirtiendo el psiquismo en una máquina o reduciéndolo a una estructura lógica […] Desde hace un tiempo se pretende reemplazar el desplazamiento y la condensación freudianos por la metonimia y la metáfora. Esta terminología, que asimila las operaciones del inconsciente a los modos de funcionamiento segundos del lenguaje propio de la vigilia, trivializa el genial descubrimiento de Freud y oculta los tesoros del capítulo sexto de La interpretación de los sueños. A lo sumo, se hubiera podido hacer la afirmación inversa, esto es, la de que la metáfora, la metonimia y los otros tropos del lenguaje de la vigilia toman prestado algo de las operaciones del inconsciente, sin la capacidad para reproducir la exuberancia y la riqueza de este último…” Castoriadis, C. (2003), La institución imaginaria de la sociedadEl imaginario social y la institución. V.2. Buenos Aires: Tusquets Editores, 2da reimpresión, pp. 179 y 180.
[3]“…Basta con recordar la enorme importancia de la actividad fantaseadora en el placer sexual, y podemos citar aquí la frase de Lacan: ‘el fantasma hace el placer propio al deseo’. Esta dominación implica lo que Freud había descubierto, que llamaba la ‘omnipotencia mágica del pensamiento’, y que yo, por mi parte, propongo llamar la omnipotencia real de la representación…” Castoriadis, Cornelius. Sujeto y verdad en el mundo histórico-social. Ob. cit., pp. 83 y 84.
[4]Sobre las diferencias y coincidencias entre Castoriadis y Lacan ver: Castoriadis Cornelius.El psicoanálisis, proyecto y elucidación. Ob. cit.; Stavrakakis, Y. (2010), La izquierda lacaniana. Psicoanálisis, teoría, política. Buenos Aires: Fondo de Cultura Económica, 1era edición.
[5]Para desarrollar los aspectos que refieren al psicoanálisis, lo inconsciente a partir de Freud conté con la ayuda de la Dra. Susana Urbani (Psiquiatra).
[6]Freud, S. (1948), “Lo inconsciente”. En Obras completas. Madrid: Editorial Biblioteca Nueva. Esto lo escribe Freud en 1915.
[7]“…Una gran parte de lo preconsciente procede de lo inconsciente constituye una ramificación de tal sistema y sucumbe a una censura ante de poder hacerse consciente. En cambio otra parte de dicho sistema preconsciente es capaz de conciencia sin previo examen por la censura. Queda aquí contradicha una de nuestras hipótesis anteriores…la práctica psicoanalítica nos ofrece la prueba irrebatible de la existencia de la segunda censura, o sea de la situada entre los sistemas preconsciente y consciente…” Ibíd., p. 1075 y 1076.
[8]“…Un instinto no puede devenir nunca objeto de la conciencia. Únicamente puede serlo la idea que lo representa. Pero tampoco en lo consciente puede hallarse representado más que por una idea. Si el instinto no se enlazara a una idea ni se manifestase como un estado afectivo, nada podríamos saber de é […] impulsos instintivos, cuya representación ideológica es inconsciente” Ibíd., p. 1068.
[9]Las representaciones “Se hallan sometidas al principio del placer y su destino depende exclusivamente de la fuerza […] en que satisfacen las aspiraciones de la regulación del placer y el displacer” Idem.
[10]Laplanche, J. y Pontalis, J. (1996), Diccionario de psicoanálisis. Madrid, Paidos, 1era Edición, p. 193.
[11]Ídem
[12]“Teoría o punto de vista que supone una diferenciación del aparato psíquico en cierto número de sistemas dotados de características o funciones diferentes y dispuestos en un determinado orden entre sí, lo que permite considerarlos metafóricamente como lugares psíquicos de los que es posible dar una representación espacial figurada.
Corrientemente se habla de dos tópicas freudianas, la primera en la que se establece una distinción fundamental entre inconsciente, preconsciente y consciente, y la segunda que distingue tres instancias: el ello, el yo, el superyó” Ibíd., pp. 430 y 431.
[13]“La necesidad y la imposibilidad de una conceptualización científica del psicoanálisis no son accidentales ni provisorias; son esenciales. La conceptualización freudiana puede ser enmendada, mejorada, modificada de cabo a rabo. Guardará para siempre su núcleo de atopía. Puesto que tal es su objeto, con sus dos caras inseparables realmente e inintegrables teóricamente. Por una de sus caras, nos intima a captarlo bajo la lógica de los conjuntos y nos permite captarlo de este modo. Aquí se presenta como colección de elementos distintos y definidos, el sistema nervioso es claramente una multiplicidad espacio-temporal, una molécula no está nunca en dos lugares al mismo tiempo, una carga eléctrica no puede desplazarse sin atravesar todos los puntos intermedios, todo está determinado categóricamente (con una probabilidad asignable). Pero allí, es una “multiplicidad inconsistente”, la lógica de los conjuntos no tiene influencia en él, la representación es a la vez una y varias y estas determinaciones no son para él ni decisivas ni indiferentes, las relaciones de vecindad no son definidas o son constantemente redefinidas, lo imposible y lo obligatorio, lejos de agotar el campo, dejan lo esencial fuera de su influencia”. Castoriadis, C. Epilegómenos a una teoría del alma que pudo presentarse como ciencia. En: El psicoanálisis, proyecto y elucidación. Ob. cit., pp. 105 y 106.
[14] “…lo que la psique es desde el punto de vista filosófico. Nunca se ha hablado de ello en realidad; o bien se ha hablado de ello continuamente y al mismo tiempo no se sabe lo que es […] la psique es algo, y ese algo no es un concepto. Hay que darle a esta frase todo su valor. ¿Qué es, entonces? Castoriadis, C. (2002), “Conversación entre Cornelius Castoriadis y Jean-LucDonnet”. En La insignificancia y la imaginación. Diálogos con Daniel Mermet, Octavio Paz, Alain Finkielkraut, Jean-LucDonnet, Francisco Varela y Alain Connes. Madrid: Editorial Trotta, MinimaTrotta, p. 69.
[15] “…el amor de sí mismo, que se nombra a menudo, equivocadamente, <<narcisismo primario>>: la clausura representacional, afectiva y deseante sobre sí mismo del núcleo psíquico original. Llamo a este núcleo la mónada psíquica” Castoriadis, C. “Las raíces psíquicas y sociales del odio”. En Figuras de lo pensable (Las encrucijadas del laberinto VI). Ob. cit., p. 184.
[16]El concepto de mónada presenta una discusión en varios campos del conocimiento. Muestra un panorama ontológico, antropológico, científico, metafísico que no vamos abordar aquí. Ello constituye una investigación para otro trabajo.
[17]“…El primer para sí…es lo viviente…Para sí significa ser fin de sí-mismo…hay autofinalidad…Con la autofinalidad va un mundo propio…”Castoriadis, C. “El estado del sujeto hoy”. Ob. cit., pp. 128 y 123.
[18]“Existencia de un mundo propio para la entidad de la que se trata […] En la medida que hay para sí otra cosa que s […] esta otra cosa debe ser presentificada o presentada al sí, debe ser puesta en relación con el sí “desde el punto de vista de sí” […] Esta presentación o presencia, esta representación, es fundamental como modo –y único modo- bajo el cual hay para el para sí otra cosa que sí […] lo que es presentado debe ser valuado por el para sí, con un valor neutro […] pero la mayoría de las veces positivo o negativo […] esto debe poder ser objeto de una intención, que conduce eventualmente a una acción […]  la dimensión de la autofinalidad implica estrictamente la creación de un mundo propio, y recíprocamente, que la existencia de un mundo propio implica la autofinalidad” Castoriadis, Cornelius. Sujeto y verdad en el mundo histórico-social. Ob. cit., pp. 57 y 58.
[19]“…Para Castoriadis el mundo natural actúa como un apoyo a esta habilidad de adaptación gracias a que la naturaleza es susceptible de ser adaptada, metabolizada por el hombre, de ser objeto de nuestra capacidad de sentir, entender, hablar y transformar ese entorno natural…” Carrillo, R. y Saibacam, J. (2010), El mundo interno, el imaginario y la política. En Foro Interno. España.  Artículo en línea disponible enhttp://revistas.ucm.es/cps/15784576, 21 de diciembre de 2010, p. 99.
[20]“La selectividad es la idea central para caracterizar el mundo propio. La representación que el sujeto se hace del mundo, lo que construye o crea como mundo, es necesariamente selectiva en muy alto grado. Esta selectividad es primero cuantitativa: lo viviente no puede representarse “objetos” más que dentro de cierto radio […] una dimensión espacio-temporal, pero hay, sobre todo, una dimensión cualitativa: lo viviente no puede representarse, no puede crear para sí el equivalente subjetivo más que de una ínfima parte de los aspectos, de los estratos, de las capas de lo existente físico…”Ibíd., p. 61.
[21]Ibíd., pp. 62 y 63.
[22]Castoriadis, C. La institución imaginaria de la sociedad. V.2., Ob. cit., pp. 220 y 221.
[23]Ver Edición electrónica disponible en línea www.philosophia.com. Escuela de Filosofía Universidad ARCIS. 4 de octubre de 2010.
[24]“El sujeto es la escena de la fantasía…porque el sujeto ha sido ese <<estado>> monádico indiferenciado. No es tan sólo en tanto tienda a la reproducción de ese <<estado>>, sino también, y sobre todo, porque la fantasía en la permutabilidad (=identificación esencial, participación recíproca y exhaustiva) de sus <<elementos>>, no puede dejar de adoptar su modo de ser y de organización, por lo que el sujeto lleva consigo las huellas indelebles de ese <<estado>>. La fantasía remite inexorablemente, como su origen, a un <<estado>> en el que el sujeto está en todas partes, en el que todo, comprendido el modo de coexistencia, no es otra cosa que sujeto. En este sentido se puede decir con igual derecho que la fantasía es <<objeto del deseo>> o que es <<realización del deseo>>, y, en efecto, en este caso es imposible decir una cosa sin la otra…” Castoriadis, C. La institución imaginaria de la sociedad. V.2., Ob. cit., pp. 212 y 213.
[25]“…según este modo de ser originario de la psique como […] primera matriz del sentido, el esquema operante-operado de la puesta en relación o del vínculo, la presentificación de algo que, en tanto tal, satisface la exigencia que él mismo plantea por el mero hecho de ser. Es aquí donde el sujeto ha sido –él <<en persona>>- el prototipo del vínculo que buscará por siempre contra viento y marea…”Ibíd., p. 218.
[26]“Una de las especificidades del psiquismo humano consiste, justamente, en su estratificación. La psique está caracterizada por una multiplicidad de instancias, o el conflicto entre ellas. Es un producto de la historia de la psique que crea siempre diversos estratos que, lejos de desaparecer, entran en diversas relaciones. La historia psíquica se convierte en estratificación de la psique. Lo que diferencia la evolución del psiquismo humano de todo otro proceso de aprendizaje es el hecho de que, en el seno de esta historia, se constituyen las instancias, o los tipos de procesos, que más tarde no serán armoniosamente integrados ni simplemente superados…las etapas ulteriores no anulan las anteriores, sino que coexisten conflictivamente”. Castoriadis, C. “Nuevamente sobre la psique y la sociedad”. Ob. cit., p. 241.
[27]Castoriadis, C. La institución imaginaria de la sociedad. V.2., Ob. cit., p. 220.
[28]“…La psique inconsciente […] es lo siguiente: proceso representativo en donde la emergencia y la puesta en relación de las representaciones está <<regulada>>/guiada por el principio del placer. La cuestión de la realidad psíquica en su ser originario es, en consecuencia, una cuestión del origen de la representación. Del origen de la relación, del origen del principio del placer como intención que tiene un afecto como objetivo” Ibíd., p. 208.
[29] “… hay un choque […] el para sí no está solo en el mundo, es afectado, chocado por lo que es fuera de él; a este choque reacciona creando imágenes, representaciones, a su propia manera, y esta manera propia es primero y ante todo representarse algo ahí en donde en el origen no hay más que choque, y no representarse siempre la misma cosa. Hay pues una espontaneidad no sólo de los conceptos, sino de las imágenes como tales, en tanto son imágenes; y esta espontaneidad imaginante no siempre absoluta, por cierto, puesto que hace falta el choque, se pone a operar, a menudo, bajo condición […] Espontaneidad imaginante, de cuyos productos nada exterior puede rendir cuentas, el ser de la impresión y el ser-así de la impresión escapan a la determinación exterior…” Castoriadis, C. Sujeto y verdad en el mundo histórico-social. Ob. cit., pp. 75 y 76.
[30]Castoriadis, C. La institución imaginaria de la sociedad. Marxismo y teoría revolucionaria. V2, Ob. cit., p. 179.
[31]“…el sentido inconsciente es la verdad oculta de toda manifestación psíquica…”. Castoriadis, C. “Epilegomenos a una teoría del alma que pudo presentarse como ciencia”. En:El psicoanálisis, proyecto y elucidación. Ob. cit., p. 78.
[32]“Lo que existe como característica fundamental, señala, es un flujo de representaciones, deseos y afectos […] Este modo de funcionamiento es denominado por Freud “proceso primario […] el inconsciente es emergencia indeterminada de representaciones, deseos y afectos […] ligados al proceso primario, a partir de la condensación y el desplazamiento, reinando la indistinción y la fusión” Franco, Yago. Magma. Cornelius Castoriadis: psicoanálisis, filosofía, política. Ob. cit., pp. 117 y 118.
[33]Castoriadis, C. Sujeto y verdad en el mundo histórico-social. Ob. cit., p. 97.
[34]Castoriadis, C. La institución imaginaria de la sociedad. Marxismo y teoría revolucionaria. V2, Ob. cit., p. 181.
[35]“La representación -sea inconsciente, sea consciente- es en realidad inanalizable…La representación no tiene fronteras…Lo que hay en ella remite a lo que en ella no está, o lo llama; pero no lo llama bajo una égida determinada y formulable, como un teorema llama a sus consecuencias […] la <<relación>> efectiva esencial entre representaciones […] no es […] un establecimiento de relaciones entre términos mutuamente exteriores, ni tampoco de simplicación lógica […] La asociación llamada <<libre>>, tal como se trata de inducirla en psicoanálisis […] es desenvolvimiento parcial de aspectos de una co-participación, de la que nunca podremos afirmar que existía con anterioridad a su formulación o si es creada precisamente por esta última […] La asociación es un hilo tendido entre las cumbres de una cadena sumergida y que a menudo se hunde en las grietas de los fondos oceánicos. Pero ni las cumbres ni las grietas están ordenadas, nada hay aquí que fije un orden necesario antes-después, y nunca se sabe si una cumbre no se revelará como grieta o viceversa, ni si en realidad hay que hablar de revelación o de transformación[…] Lo que la representación nos da es la <<multiplicidad del inconsciente>>…”Ibíd., pp. 182 y 183.
[36]“El inconsciente es una de las realizaciones de la imaginación radical y, para nosotros, psicoanalistas, la más importante sin lugar a dudas […] el inconsciente no es el único campo en el cual se pone de manifiesto la imaginación radical. Se manifiesta igualmente en lo consciente, en la vida diurna, en la medida en que ésta no es una pura repetición. En la medida que somos capaces de tener ideas nuevas o de aceptar ideas nuevas que provienen de los otros, esto quiere decir que hay una capacidad de surgimiento de nuevas representaciones, aun en el plano consciente. De modo que la vida consciente no está condenada a la simple repetición…” Castoriadis, C. “Nuevamente sobre la psique y la sociedad”. Ob. cit., p. 240.
[37]Mann, T. (2006), La Montaña Mágica. Madrid: Pocket Edhasa, Primera Reimpresión, p. 960.
[38] De Quincey, T. (2004), “Suspiria de profundis: Una escuela de las confesiones de un inglés comedor de opio” Del asesinato considerado como una de las bellas artes y otras obras selectas. Madrid: Valdemar, 1era Edición, p. 143.
[39]“El individuo no es sólo un primer encadenamiento de representaciones –o mejor, una primera “representación total”-, es también y sobre todo, desde ese punto de vista, surgimiento ininterrumpido de representaciones y modo único de ser flujo representativo, manera particular de representar, de existir en y por la representación, de fijarse sobre tal representación o tal término de una representación, de pasar de una a otra, de tal tipo de término representativo a tal otro, y así siguiendo.” Castoriadis, C.. “Epilegomenos a una teoría del alma que pudo presentarse como ciencia”. En: El psicoanálisis, proyecto y elucidación. Ob. cit., pp. 93 y 94.
[40]“…Para Castoriadis, la psique es “imaginación radical”…es flujo permanente, espontáneo e indisociable de representaciones, afectos e intenciones. Su rasgo principal es la capacidad creativa, no determinada por ninguno de sus condicionamientos biológicos ni sometida a ningún fin…” Pedrol, X. (2008), “La antropología filosófica” de Castoriadis”. EnFragmentos del Caos. Filosofía, sujeto y sociedad en Cornelius Castoriadis. Buenos Aires: Editorial Biblos, 1era Edición, Ob. cit., p. 77.
[41]“La psique humana es un flujo, tumultuoso y constante, de representaciones, de deseos, de afectos, de imágenes, de evocaciones, de recuerdos, de miedos, de estados de ánimo…Ciertas energías hacen emerger, incesantemente, un flujo desorganizado de representaciones y de afectos que no están directamente pautados por la razón y que no se rigen por la <<lógica ensídica>> o que, en cualquier caso, la desborda continuamente…Se trata de la capacidad de engendrar representaciones que no proceden de una incitación externa; que no están <<por otra cosa efectivamente existente>>, sino que están por algo que no existe y que no son, consiguientemente, sino una pura creación de la psique. La psique crea constantemente este tipo de representaciones, o de imágenes, en el sentido amplio del término imagen, que significa forma –eidos- y no sólo imagen visualizable” Ibáñez, Tomás. “Cornelius Castoriadis”. En contra la dominación. Variaciones sobre la salvaje exigencia de libertad que brota del relativismo y de las consonancias entre Castoriadis, Foucault, Rorty y Serres. Ob. cit., pp. 114 y 115. Recordemos que “… la lógica tradicional… conjuntista identitaria o ensídica…”. Vera, Juan Manuel. Castoriadis. Ob. cit., p. 33.
[42]…Toda función imaginante del sujeto, toda función presentificante es por este hecho y al mismo tiempo una función organizante, es decir, en un nivel tan elemental como se quiera, una función dadora de sentido. Toda puesta en escena, ya como tal, escolta cierta significación, quedando claro que la elaboración de sentido o de la escena no se detiene ahí, en este primer nivel de sentido. Una imagen puramente caótica no es una imagen, una imagen está siempre un tanto organizada, porta entonces como tal un número considerable de elementos que pueden llamarse elementos esquemáticos y lógicos: uno, muchos, parte, todo, adentro, afuera, cerca, lejos, frontera, etcétera… Cornelius, C. Sujeto y verdad en el mundo histórico-social. Ob. cit., p. 67.
[43]…La psique […] es <<receptividad de las impresiones>>, capacidad de ser afectado por […]; pero también es (y sobre todo, pues sin ello esta receptividad de las impresiones no daría nada) emergencia de la representación en tanto modo de ser irreductible y único y organización de algo en y por su figuración, su <<puesta en imagen>>. La psique es un elemento formativo que sólo existe en y por lo que forma y cómo lo forma […] -formación e imaginación-, es imaginación radical que hace surgir ya una <<primera>> representación a partir de una nada de representación, es decir, a partir de nada… Castoriadis, C. La institución imaginaria de la sociedad. V.2., Ob. cit., p. 193.
[44]“…un modo de ser originario de la psique, como representar-representación a la que no <<falta>> nada, a un objetivo-intención-tendencia siempre realizado de figurar-presentificar(se) en y por esta representación; a lo cual debemos asociar sin duda un <<afecto>> originario…En el nivel originario, no sólo no puede haber distinción de la representación, la intención y el afecto, sino que tampoco puede haber <<objeto ausente>> y deseo, pues el <<deseo>> es siempre satisfecho-<<realizado>> antes de haber podido articularse como <<deseo>>…” Ibíd., pp. 205 y 206.
[45]Ver De los Reyes, D. Estética y filosofía o el arte de vivir. Artículo en línea disponible en http://www.filosofiaclinica1.blogspot.com/. 6 de mayo de 2010.
[46]Castoriadis, C. La institución imaginaria de la sociedad. V.2., Ob. cit., pp. 201 y 202.
[47]Ibíd., p. 209.
[48]“…Esta representación se encuentra automática e íntegramente bajo el reino del principio del placer…” Ídem.
[49]“Se puede afirmar que las representaciones que provienen del <<imaginario radical>> están desfuncionalizadas en la medida en que ese tipo de representaciones se separa de los objetos ligados a la necesidad biológica y permite la investidura de objetos desprovistos de pertinencia biológica o, incluso, peligrosos para la propia supervivencia biológica. En efecto, se trata de representaciones que producen <<placer por sí mismas y en sí mismas>>, con total independencia de las exigencias de la supervivencia biológica y que no resultan funcionales para la misma…” Ibáñez, Tomás. “Cornelius Castoriadis”. En Contra la dominación. Variaciones sobre la salvaje exigencia de libertad que brota del relativismo y de las consonancias entre Castoriadis, Foucault, Rorty y Serres. Ob. cit., p. 115.








http://www.magma-net.com.ar/glosario.htm



Lógica de los magmas: junto con la imaginación radical, lo histórico-social y las significaciones imaginarias sociales, hace a los fundamentos - el más importante - del pensamiento de Castoriadis.
¿A qué alude un título tan enigmático?.

¿Cómo definir algo que es no-definible, ya que no pertenece al terreno de la lógica formal, siendo su opuesta y complemento?.

 Indudablemente que Castoriadis se ve llevado a esta noción a partir del psicoanálisis y el modo de funcionamiento del inconsciente. De hecho en este se trata de un magma de representaciones, así como en la sociedad de un magma de significaciones imaginarias sociales. Asimismo, el sujeto tiene a su disposición la totalidad de las representaciones que le pertenecen. Este es uno de los ejemplos que da Castoriadis para esta lógica: antes de denominarla magma pensaba en montón, multiplicidad inconsistente (tomando una proposición de Cantor). Invita Castoriadis a que se piense en la totalidad de representaciones, sean recuerdos, fantasías, sueños. Y pregunta si se podrían ordenar, contar, separar, recortar. O en la totalidad de las enunciaciones de cualquier idioma. En ese último caso se trataría de un número finito, ya que responde a combinaciones sobre un número de elementos dados de antemano o con escasa variación. El magma es indeterminado, a diferencia de cualquier conjunto o entidad matemática. De un magma pueden extraerse, o se pueden construir, organizaciones conjuntistas, en un número indefinido, no pudiendo ser reconstituido - el magma - a partir de dichas composiciones conjuntistas. En su artículo "La lógica de los magmas y la cuestión de la autonomía", define al magma de acuerdo a estas propiedades:
"M1: Si M es un magma, se pueden reconocer en M conjuntos en un número indefinido;                                                                                                                     
M2: Si M es un magma, se pueden reconocer en M magmas diferentes de M;        
M3: Si M es un magma, no existe división de M en magmas;                                   
M4: Si M es un magma, toda descomposición de M en conjuntos deja como residuo un magma;   
                                                                                                                
M5: Lo que no es magma es conjunto o no es nada."
En este texto pronuncia también tesis ontológicas: "Lo que es no es conjunto o sistema de conjuntos. Lo que es no está plenamente determinado. Lo que es es caos o abismo o lo sin fondo. Lo que es es caos de estratificación no regular. Lo que es tiene una dimensión conjuntista identitaria o una parte conjuntista identitaria siempre densa." "La no determinación de lo que es no es simple "indeterminación" en el sentido privativo y superficial. Es creación, es decir, surgimiento de otras determinaciones, de nuevas leyes, de nuevos dominios de legalidad".    
Lógica conjuntista-identitaria: se da en una doble dimensión. Como Legein, es lo que permite organizar, realizar operaciones de distinción, elección, conteo, etc., y su operación fundamental es la designación; esto hace posible que se produzca el hacer/representar social, al referirse a objetos distintos y definidos, produciendo la relación de signos (significativa) que permite y hace al lenguaje como código. Es la dimensión identitaria del representar/decir social. Como Teukhein (que trata de la cuestión  del reunir-adaptar-fabricar-construir) se encarga de la finalidad e instrumentalidad, refiriendo lo que es a lo que no es y podría ser.  Es la dimensión identitaria del hacer social. 
Imaginación radical: capacidad de la psique de crear un flujo constante de representaciones, deseos y afectos. Es radical, en tanto es fuente de creación. Esta noción se diferencia de toda idea de la imaginación como señuelo, engaño, etc., para acentuar lapoiesis, la creación. Señala Castoriadis que tal vez haya sido el más importante descubrimiento freudiano - expresado en La interpretación de los sueños - pero que fue acallado por él mismo, para ser aceptado por la ciencia oficial. Dice Castoriadis que había sido previamente descubierta y ocultada por Aristóteles reproduciéndose la misma situación con Kant, reapareciendo en Heidegger, para recalar en Sartre que resalta su característica de algo ficticio, especular, lo que no es ni tiene consistencia. Está claro que para Castoriadis es la característica central de la psique: lo que es, es producido por la imaginación radical. Esta hace surgir representaciones ex-nihilo, de la nada, que no están en lugar de nada, ni son delegadas de nadie.  Implica creación, y no solo repetición, o combinaciones sobre una cantidad predeterminada y finita de representaciones. La psique tiende a interrumpir este flujo de imaginación radical, debido a las demandas de socialización; la reflexión a la que se adviene en un tratamiento psicoanalítico, permite liberarla de un modo lúcido.
Defuncionalización: el psiquismo humano está defuncionalizado, en la medida en que lo que se imagina, lo que se representa el humano,  no está regido por una funcionalidad biológica - como en los animales - . No hay representaciones canónicas - la sexualidad puede ser ejercida de los modos mas diversos por los humanos, siendo fijo el modo en el cual se presenta en los animales -. Así es como Castoriadis postula que el hombre es un animal loco, y no lógico (la lógica es lo que se comparte con los animales). Esto es porque en el humano se divorcian el placer de representación y el placer de órgano. El primero tendrá una preponderancia. Lo propio del hombre es la imaginación irrefrenada, defuncionalizada. El privilegio del placer de representación - que hace a la defuncionalización - es lo que permite la sublimación, el pensamiento.
Imaginario sociales la posición  (en el colectivo anónimo y por este) de un magma de  significaciones imaginarias, y de instituciones que las portan y las transmiten. Es el modo de presentificación  de la imaginación radical en el conjunto, produciendo significaciones que la psique no podría producir por sí sola sin el conjunto. Instancia de creación del modo de una sociedad, dado que instituye las significaciones que producen un determinado mundo (griego, romano, incaico, etc.) llevando a la emergencia de representaciones, afectos y acciones propios del mismo. Se debe diferenciar del término homónimo que habitualmente circula, y que es sinónimo de representaciones sociales.
Mónada psíquica: es el primer estrato de la psique, su núcleo. La psique se autorrepresenta, no establece ninguna diferenciación entre ella y el mundo, entre representación y percepción. Más que de narcisismo, se trata de autoerotismo. Paradigma de este estrato es la inclusión totalitaria que la mónada lleva a cabo a partir de su omnipotencia, habiendo un círculo de indiferenciación, en el cual se es en todas partes. El deseo del cual se trata no es a causa de un objeto perdido, sino que es el deseo de un estado: es lo que Castoriadis rescata de Freud como "Soy el pecho", unidad fusional de piel-calor-leche-olor-sonido, etc., que habla de una protoidentificación. El principio que rige esta fase es el del placer, y hay un indiferenciación representación-deseo-afecto.  El paso siguiente es el de la alienación en el deseo del otro. Esto se produce por las presiones de lo biológico y de ese otro. La socialización impone la ruptura de la mónada como primer trabajo para la psique.
Fase triádica: en la medida en que la mónada se rompe, el psiquismo adviene a la fase triádica, en la cual - como lo indica su nombre - tres elementos forman parte: el infans, la madre, el pecho. La omnipotencia de la mónada es proyectada en la madre. Se establece la represión - el segundo trabajo que la socialización impone a la psique - y el proceso primario. Los objetos aparecen como parciales - lo malo es proyectado afuera para preservar lo bueno - y no puede hablarse de instauración del principio de realidad, ya que la realidad es para el infans la que designa la madre. De la alucinación se pasa a la fantasía. Se produce la diferenciación de las representaciones, los deseos y los afectos.
Individuo social: en la medida en que la significación está en poder del otro, el lenguaje no termina de cumplir su función de socialización. Solamente cuando ese otro sea destituido de su omnipotencia, será posible la socialización del sujeto. Para esto debe primero ese otro autodestituirse: debe significarse como algo distinto de la fuente y el dominio de la significación, debiendo señalar que nadie es dueño de las significaciones. Hace su presencia en este punto el Complejo de Edipo, que es para Castoriadis la aparición de la institución de la sociedad que limita la imaginación radical de la psique, evitando que la locura monádica se continúe en una locura de a dos o a tres. Deben estar castrados no solo el infans, sino, y sobre todo, primeramente el padre y la madre. Se abre así el proceso identificatorio para la psique, que más allá de la familia, continuará en las otras instituciones de la sociedad.
Sublimación: va unida a la socialización de la psique, es su aspecto psicogenético. Implica un cambio en la finalidad de la pulsión y del objeto de la misma: Castoriadis pondrá el acento en el cambio de objeto - con objetos determinados previamente por la sociedad - y que la misma no excluye a la represión. Además, Castoriadis no reserva la sublimación para algunos "iluminados" sean artistas o científicos, sino que demuestra su presencia a nivel mismo del pensamiento y el lenguaje. La sublimación de produce entonces apoyándose en lo social.  Permite que los otros ya no sean considerados simplemente como objetos sexuales, sino individuos sociales. El placer originario de la mónada, luego se hizo erótico, y finalmente, con la aparición del individuo social, se tratará de modificar el estado exterior de las cosas, o su percepción. Para esto es indispensable la sublimación. Esta tiene un contenido que es ofrecido por lo histórico-social, los objetos socialmente valorado de una sociedad. Sostiene Castoriadis que únicamente puede haber sociedad si los objetos de la sublimación son típicos, categorizados y mutuamente complementarios. Esto lleva a que la realidad es la que dicta la institución imaginaria de la sociedad. Ese es el Principio de Realidad, que tiende a ser negado por los psicoanalistas, que ven más bien un proceso psicogenético. Da el ejemplo de la pulsión anal, que es pura creaciónhistórico-social, por la significación que las heces adquieren en la relación entre la madre y el infans, a partir de la determinación que la institución de la sociedad realiza, que produce significaciones absolutamente arbitrarias entre las heces y la propiedad.
Reflexión: en la medida en que el individuo social tome contacto y reconozca la alienación en la cual está inmerso, se abre la posibilidad de que pueda cuestionar las significaciones imaginarias sociales. Castoriadis establece en este punto un paralelo con el sujeto reflexivo que potencialmente puede advenir a consecuencia de haber realizado una cura analítica: puede tomar contacto con sus deseos y determinaciones, reflexionar y decidir sobre ellos. Siempre se trata de un proceso, y no de un estado logrado de una vez y para siempre.
Autonomía: es la ruptura de la heteronomía. Los límites de la autonomía individual están dados porque esta nunca es posible si no coindice con la autonomía del conjunto. A nivel del individuo, el psicoanálisis aparece como un camino para arribar a dicho estado, por eso Castoriadis plantea que participa el psicoanálisis del proyecto de la autonomía. Este último es el movimiento histórico de los sujetos por arribar a una autoinstitución lúcida de la sociedad, el sentido último de la autonomía: darse la propia ley. Pero se trata de una ley como autocreación de la sociedad, que no reconoce fundamentos extrasociales. Los ejemplos habituales que utiliza son los de la Grecia del siglo V a.c., la Revolución Francesa, y los movimientos de emancipación derivados de esta, hasta este siglo. Implica para la sociedad poner en tela de juicio las propias instituciones, destotemizarlas, quitarles el halo sagrado que tienen, y asumir que son los integrantes de la sociedad quienes les dan a esas instituciones el poder que tienen. Es una ruptura ontológica, hacer surgir del magma de significaciones sociales imaginarias nuevas significaciones, implicando, obviamente, la puesta en cuestionamiento de lo conjuntista-identitario. La idea de autonomía está en las antípodas de todo totalitarismo.
Heteronomía: es el estado de la sociedad opuesto al de la autonomía. Los sujetos - atados a un mito desconocido por ellos como tal - atribuyen un origen extrasocial a las leyes que los gobiernan, como si no fuera obra de los humanos, como si todo fuera un instituido, perdiéndose la noción de la capacidad instituyente del colectivo. Así sea con la sociedad feudal, o con el orden cosmológico incaico, o con los mitos del capitalismo actual (con su omnímodas leyes del mercado) lo que se consigue es ocultar las fuente del poder en el conjunto. Y así el poder se hace más extraño a los sujetos. Esta concepción es fundamental para entender la propuesta de Castoriadis de ocuparse, más que de la explotación humana, del poder como cuestión central para el accionar político lúcido.
Histórico-social: es uno de los dominios del hombre. Es una de las creaciones de Castoriadis, donde muestra la indisociabilidad e irreductibilidad de la psique y la sociedad. Sociedad e historia no tienen existencia por separado. Lo social se da como autoalteración, como historia. Esta es la emergencia de la institución, en un movimiento que va de lo instituido a lo instituyente, y viceversa, a través de rupturas y de nuevas posiciones emergentes del imaginario social instituyente. Este crea a partir del magma de significaciones imaginarias sociales, y ese magma es el que constituye a la sociedad como un mundo de significaciones. De este modo, cada sociedad se autoinstituye. El ser de lo histórico-social está dado por esas significaciones, que da un determinado sentido a la vida social, siempre arbitrario. Este dominio se mantiene unido gracias a la urdimbre producida por el magma de significaciones imaginarias sociales. La burguesía, por ejemplo, produce su propia definición de la realidad, que tiende a ser tomada como canónica por los sujetos, debido a la habitual heteronomía en la cual se hallan las sociedades. La autonomía implica el cuestionamiento de la institución imaginaria de la sociedad, y abre la posibilidad de modificaciones en el dominio de lo histórico-social.
Significaciones imaginarias sociales: lo primero que puede decirse, a modo de advertencia, es que no son un doble irreal de un mundo real, es una posición primera que inaugura e instituye lo histórico-social, procediendo del imaginario social instituyente,  expresión de la imaginación radical de los sujetos. Hay significaciones centrales, que no tienen referente, que son referente de otras que son secundarias, las instituyen. No son necesariamente explícitas, ni son lo que los individuos se representan, aunque dan lugar a las representaciones, afectos y acciones típicos de una sociedad. Son lo que forman a los individuos sociales. Es imposible explicar como emergen: son creación. El campo socio- histórico se caracteriza esencialmente por significaciones imaginarias sociales, las que deben encarnarse en las instituciones. No pueden ser explicadas por parámetros lógicos
Tipo antropológico: la incorporación de las significaciones imaginarias sociales de una sociedad determinada, tiene como consecuencia la producción de un tipo antropológico que es funcional a la misma (el empresario o el proletario en el capitalismo, el señor feudal en el feudalismo, etc.).
Estratificación:  Los estratos del psiquismo - correlativos a la socialización de la psique - forman parte de un magma de representaciones, deseos y afectos. La madre omnipotente, la del complejo de edipo, la madre-ternura, etc., coexisten para la psique, y remiten unas a otras. Es la representación de madre en tanto magma. Esto hace que siendo el mismo objeto, su significación cambie. Esto es lo que habitualmente no se percibe, la naturaleza magmática de las representaciones, los cambios en el objeto.




















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