terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Valery Gergiev: tsar musical da Rússia


Valery Gergiev, o maestro soberano da Rússia

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2014/02/1408924-valery-gergiev-o-maestro-soberano-da-russia.shtml
Nome que mais faturou na música russa em 2012, o regente do novo Mariinski de São Petersburgo, alcançou, como diz a revista "New Yorker", poder mundial "não atingido por nenhum músico clássico vivo". Amigo do presidente Putin, o maestro rege 200 espetáculos ao ano, como a imponente conclusão dos atuais Jogos de Sochi.
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Para o "grand finale" do megaevento que concebeu como vitrine internacional de seus 15 anos como homem-forte do país, o presidente Vladimir Putin escalou o maestro que ungiu como o tsar musical da Rússia: Valery Gergiev.
No encerramento da Olimpíada de Inverno de Sochi, daqui a dois domingos, Gergiev deverá reger um coro (à Villa-Lobos) de mil crianças, provenientes de todas as regiões da Rússia. No mês passado, o maestro fez um ensaio privado do coro para Putin, com um repertório formado por hits dos tempos soviéticos.
Não foi o primeiro nem o último ou mais significativo dos agrados do regente a seu patrono político. Com apenas um ano de idade de diferença, e uma ligação de duas décadas, Gergiev, 60, e Putin, 61, são tão próximos que até já se disse que um é padrinho dos filhos do outro (boato que o regente desmentiu em carta ao jornal londrino "The Daily Telegraph", em 2008).
Pintura sobre papel de Deco Farkas
Pintura sobre papel de Deco Farkas
Todo tsar precisa de uma coroação, e pode-se dizer que, simbolicamente, a de Gergiev (pronuncia-se "guérguiev) aconteceu em 2 de maio passado -não por acaso, a data de seu 60º aniversário. Na ocasião, o embaixador musical da Olimpíada de Sochi abriu seu novo teatro de ópera, o Mariinski 2, em São Petersburgo -uma empreitada de 22 bilhões de rublos (cerca de R$ 1,5 bilhão), despesa que chama ainda mais a atenção se levarmos em conta o quadro geral de austeridade e contenção de gastos que impera na Europa e nos EUA.
A história da construção de uma segunda casa para o teatro Mariinski começou em 2003, quando o francês Dominique Perrault (famoso pelo projeto da Biblioteca Nacional da França, em Paris) venceu um concurso de arquitetura com um plano arrojado, que previa uma cúpula de vidro dourado e o uso de mármore negro no interior.
As ideias de Perrault logo se revelaram delirantes demais. Entre a planta e o código de construções do país verificaram-se nada menos que 286 incompatibilidades. As condições naturais, ao que parece, também não haviam sido levadas em consideração pela firma francesa. O clima não se alinhava ao projeto, e o solo da área era tão instável que chegou a ser comparado ao smetana -o creme azedo que é parte fundamental da culinária russa. Por fim, a própria cúpula de vidro se mostrou impraticável.
Diante de tamanhas vicissitudes, Putin (à época, primeiro-ministro) resolveu intervir, anunciando, em 2009, um novo concurso para a construção do Mariinski 2.
O trabalho de Perrault foi completamente descartado, e uma nova empresa, a canadense Diamond Schmitt Architects, assumiu o projeto. A mudança não pôs fim à contenda. Em uma cidade que se orgulha de sua arquitetura dominada por palácios do século 18, nada mais complicado para o novo prédio do que ganhar o coração dos habitantes, que comparam o local a um shopping center -ou a um hangar, como fez o cineasta Aleksandr Sokúrov (em cujo filme "Arca Russa", de 2002, Gergiev aparece, regendo uma orquestra).
Arquitetos locais criticaram a aparência do edifício, e Mikhail Piotrovski, diretor de uma das glórias da cidade, o Museu Hermitage, viu-se compelido a escrever uma carta aberta, pouco antes da inauguração da casa, pedindo a seus concidadãos que esperassem pela finalização da obra antes de clamarem por medidas radicais -chegou a circular uma petição, assinada não apenas pelos habitantes locais mas também por intelectuais moscovitas, advogando a demolição do Mariinski 2.
De fato, o exterior do prédio, em calcário bege, alternado com janelas do teto ao chão, não chega a chamar a atenção ou impressionar com sua geometria regular e relativamente austera.
KITSCH
Não há nada de austero, porém, do lado de dentro do edifício, de uma suntuosidade que não parece exagero chamar de kitsch: assoalhos de mármore imperador, lustres de cristal Swarovski, uma escada de vidro de 33 metros e 1.200 metros quadrados de ônix a circundar as paredes.
Cobrindo uma área de 79.114 metros quadrados, o Mariinski 2 pode abrigar 2.000 espectadores. Possui sete andares acima do palco e três abaixo, além de toda a parafernália de última geração para espetáculos de ópera, balé e concertos. Projetada por Jürgen Reinhold, da firma alemã Müller-BBM, a acústica também é um dos pontos fortes da casa.
O suntuoso concerto de gala, transmitido pela TV russa, e visto ao vivo em diversos países (Brasil inclusive), com a participação de nomes como o tenor espanhol
Plácido Domingo e a mezzo-soprano russa Olga Borodina, a excelência técnica do teatro e a qualidade de sua programação acabaram por silenciar as críticas.
Uma ponte sobre o canal Kriúkov liga o Mariinski 2 ao prédio antigo, de 150 anos atrás. A construção do novo teatro não implicou a desativação do anterior; as forças da casa atuam simultaneamente em ambos os edifícios, bem como na Sala de Concertos de 1.200 lugares e acústica excepcional construída alguns metros adiante, na Úlitsa Dekabrístov (rua dos Decembristas), em 2006, substituindo o velho depósito de cenários e figurinos do Mariinski, destruído por um incêndio anos antes.
Não é incomum, assim, os corpos do Mariinski darem pelo menos três apresentações diárias na cidade, entre óperas, balés e concertos, além das turnês. Um exemplo concreto: na semana entre 14 e 21 do mês passado, houve 22 performances nos três palcos do Mariinski em São Petersburgo, incluindo balé ("Romeu e Julieta", de Prokófiev), óperas ("Don Carlo", de Verdi, e "Madama Butterfly", de Puccini) e concertos (a cantata "Carmina Burana", de Orff).
Enquanto isso, no mesmo período, a trupe do teatro apresentava as óperas "Iolanta", de Tchaikóvski, e "Don Quichotte", de Massenet, além da "Sinfonia nº 9", de Mahler, em Israel -fazendo ainda um concerto no Fórum Econômico Mundial de Davos, com o tenor peruano Juan Diego Flórez.
Parece muito, mas não é tudo. Nessa mesmíssima semana, a companhia de balé do Mariinski estava em Copenhague, na Dinamarca, com dois espetáculos: "O Lago dos Cisnes", de Tchaikóvski, e outro unindo "Chopiniana" (com música de Chopin), "Scheherazade" (Rimski-Kórsakov) e "O Pássaro de Fogo" (Stravinsky).
RITMO FRENÉTICO
O responsável por esse ritmo frenético de atividades é Gergiev, um "workaholic" que, aliando autoridade, empreendedorismo, caráter visionário, energia e habilidade política, fez não apenas da Filarmônica de São Petersburgo a principal instituição musical da cidade como ainda tornou o Teatro Bolshoi, de Moscou, o símbolo máximo da música clássica na Rússia.
Ao elegê-lo uma das cem personalidades mundiais de 2010, a "Time Magazine" festejou seu "estilo de regência intenso e visceral", que faz dele "um dos artistas mais dinâmicos em atividade hoje".
Empregando uma batuta diminuta, do tamanho de um lápis, e uma peculiar técnica de regência que inclui um tremelicar de dedos, como se suas mãos fossem borboletas, Gergiev é o atual titular da Orquestra Sinfônica de Londres, até o final de 2015, quando assume, com um contrato de sete anos, a Filarmônica de Munique.
Admirado pelo caráter enérgico e arrebatado de suas interpretações, ele aparece com regularidade no Metropolitan de Nova York, onde regeu o barítono paulista Paulo Szot. Fará também parceria com outro brasileiro: o pianista Nelson Freire, por quem tem especial predileção , tocará o segundo concerto para piano e orquestra de Brahms em turnê da orquestra do Mariinski no Japão, em outubro.
Ao Brasil o maestro deve ir incógnito, neste ano, acompanhado do pianista Denis Matsúev, com objetivos nada musicais -quer só ver partidas da Copa do Mundo.
Conhecendo a rotina de Gergiev, é difícil imaginar que consiga tempo para futebol -ou para qualquer coisa que não seja a música. Na ponta do lápis: entre novembro de 2012 e dezembro de 2013, ele regeu 211 apresentações pelo planeta.
Para exemplificar uma semana típica do maestro: de 22 a 31 de dezembro do ano passado, dirigiu nada menos do que 11 récitas na cidade, incluindo três óperas diferentes de Verdi ("Macbeth" e novas produções de "Othello" e "Il Trovatore"). Às vezes havia duas performances no mesmo dia: em 30 de dezembro, este repórter viu Gergiev reger o nonagenário pianista Menahem Pressler, na Sala de Concertos, às 15h30, e sair às 17h, para uma récita de "Othello", às 19h, no Mariinski 2.
CONTRAMÃO
Claro que há críticas. Em uma época que favorece como modelos de comportamento regentes "humanistas" como Claudio Abbado (1933-2014) e Sir Simon Rattle, 59, em detrimento de "autocratas", a exemplo de Arturo Toscanini (1867-1957) e Herbert von Karajan (1908-89), a concentração de poder nas mãos de Gergiev parece ir a contrapelo da história.
Em novembro de 2012, o sindicato dos bailarinos do Mariinski enviou uma carta ao Ministério da Cultura, acusando a direção do teatro de violação de leis trabalhistas. Ataca-se o regente por supostamente desprezar a dança e ameaçar os músicos da orquestra, afirmando que os de desempenho ruim terão de tocar nos balés.
Em novembro passado, ao escrever, na revista "New Yorker", que Gergiev "alcançou um nível de poder mundial provavelmente não atingido por nenhum outro músico clássico vivo", o crítico Alex Ross queixou-se da qualidade "desigual" das performances, já que "sua agenda raramente permite ensaios adequados".
Não permite mesmo. "Com Gergiev, você nunca passa a obra inteira", confessou-me, com um sorriso de admiração e cumplicidade, o pianista Nikolai Lugansky, no dia em que protagonizou, com o regente, um inesquecível programa Rachmaninov ("Concerto para piano nº 2" e "Danças Sinfônicas"). Em sua própria defesa, o maestro costuma dizer que não precisa de 12 horas repassando cada "pizzicato" do repertório com uma orquestra que conhece bem.
Pela lógica, a falta de ensaios deveria acarretar eventuais quedas de concentração, intensidade e qualidade artística. Entre os frequentadores locais, os mais nostálgicos gostam de falar em "decadência" no nível do Mariinski -o que aqui, tal qual ocorre com o público de ópera do mundo inteiro, normalmente significa saudade dos grandes cantores do passado.
Contudo, nem os desafetos de Gergiev negam seus dotes musicais; na Rússia costumam referir-se a ele como "gênio mau". Após um mês e meio acompanhando suas apresentações na Rússia, rendi-me à versatilidade de um músico capaz de fazer aparentemente tudo a que se propõe, e não só com compositores russos. Seu Mozart é tão sedutor quanto seu Mahler, embora por razões distintas, e ele parece tão à vontade nas obras-primas do repertório sinfônico quanto acompanhando óperas.
Não por acaso o folclore em torno do regente é vasto. Diz a lenda que ele frequentemente é arrancado da cama para pegar voos em cima da hora; que ensaia em uma cidade pela manhã para reger um concerto em outra à noite; que suas secretárias, assustadas com sua rotina alucinante, durariam poucos meses no emprego.
Como consequência, atrasos -de até meia hora- já se tornaram praxe em suas performances. O público russo reage como as plateias brasileiras de teatro infantil: com aplausos compassados, pedindo para o espetáculo começar.
ÍNÍCIO
Pupilo do mítico Iliá Mússin, Gergiev venceu, aos 23 anos, o Concurso Karajan, em Berlim. Ainda era aluno do Conservatório de Leningrado quando recebeu, em 1978, o convite para ser assistente de Iuri Temirkánov no então Teatro Kírov (assim chamado em homenagem a Serguei Kírov, líder bolchevique cujo misterioso assassinato, em 1934, serviu de pretexto a Stálin para desencadear um sangrento período de expurgos).
Em 1988, aos 35 anos, ascendeu à chefia da companhia de ópera. Eram os tempos da "glasnost" e da "perestroika", de Mikhail Gorbatchov, em que uma estimulante abertura política foi acompanhada do enfraquecimento do poder do Estado e de sua capacidade de investir nas mais diversas áreas -inclusive na cultura.
Gergiev resolveu buscar no exterior as divisas que faltavam em casa e fez das turnês o meio de sobrevivência da trupe. Deu ar cosmopolita ao Mariinski, providenciando para que as óperas do repertório internacional não fossem mais cantadas em russo, e sim em seus idiomas originais -as produções de títulos russos passaram a ser acompanhadas de projeções de legendas em inglês.
O ápice da nova orientação foi a primeira montagem na história dos palcos russos de uma versão cantada no original alemão da tetralogia "O Anel do Nibelungo" , de Wagner, em 2003 -uma produção que recebeu aplausos não apenas no âmbito doméstico mas também em Londres (Covent Garden), Nova York (Metropolitan) e na própria Alemanha. Agora, o "Anel" está sendo paulatinamente lançado em disco, no âmbito de mais uma iniciativa de Gergiev : o selo próprio da companhia.
CANTORES
O que continua 100% eslava é a companhia estável de cantores, uma das joias do teatro. Em comparação aos tempos soviéticos, a diferença é que, com a liberdade de ir e vir, as melhores vozes da Rússia agora podem também ser apreciadas internacionalmente. A companhia de ópera do Mariinski conta hoje com mais de uma centena de cantores, com destaque para Anna Netrebko, a soprano que foi descoberta por Gergiev aos 23 anos, quando era estudante do conservatório (e, reza a lenda, lavava o chão do teatro).
Dentre os destaques, vale mencionar o tenor Vladímir Galúzin e as vozes graves que historicamente são a glória da Rússia, como as mezzo-sopranos Larissa Diadkova e Ekaterina Semêntchuk, os barítonos Vassili Guerello e Nikolai Putílin, e os baixos Evguêni Nikítin, Guennadi Bezzubenkov e Ildar Abdrazákov.
De chefe da trupe operística, Gergiev subiu, em 1996, a diretor artístico do Mariinski. Em alguns anos, a ascensão de um político de São Petersburgo à mais alta esfera de poder federal transformaria sua sorte de vez. A União Soviética, país em que Gergiev nasceu e cresceu, acabou em 1991.
No mesmo ano, São Petersburgo extirpou Lênin de seu nome, retomando a denominação anterior e, em janeiro do ano seguinte, o Kírov voltou a ser o Teatro Mariinski (em honra à tsarina Maria Aleksândrovna, mulher do tsar Alexandre 2º, que governava a Rússia na inauguração da casa, em 1860, e que aboliria a servidão em 1861).
O referendo em que os cidadãos de Leningrado decidiram chamar sua cidade de São Petersburgo aconteceu simultaneamente às primeiras eleições diretas da Rússia pós-soviética. O pleito presidencial foi vencido por Boris Ieltsin; o municipal, pelo siberiano Anatoli Sobtchak, mentor e professor do sucessor de Ieltsin, que teria papel-chave na ascensão e consolidação de Gergiev e seu teatro: Vladimir Putin.
Foi como conselheiro de assuntos internacionais do prefeito Sobtchak que o antigo tenente-coronel do KGB começou sua carreira política. Também fazia parte da equipe Dmitri Medvédev, que se tornaria amigo de Putin. Ambos se revezariam nos anos seguintes nos cargos de presidente e primeiro-ministro da Rússia.
Em 1999, Putin herdou a chefia do país de um Ieltsin combalido e desacreditado e, desde então, encontrou em Gergiev o parceiro ideal na construção do protagonismo musical de sua cidade natal - para alegria dos petersburgueses, que gostam de se ver como mais aristocráticos e refinados do que os moscovitas. O mandatário vem patrocinando todos os sonhos do maestro: a Sala de Concertos e o Mariinski 2 foram construídos integralmente com dinheiro federal.
Não por acaso, Gergiev passou a se mostrar atuante na vida social do país. Em 2004, depois do massacre na escola de Beslan, na Ossétia do Norte, ele apareceu na televisão do país, pedindo paz.
Nascido em Moscou, mas criado na Ossétia, Gergiev considera-se ossetiano, e foi à região em 2008, durante o conflito entre Rússia e Geórgia, tomando partido dos russos e regendo um concerto em prol das vítimas da guerra, em Tskhinvali. Mais recentemente, resolveu doar fundos das bilheterias de concertos do Mariinski às vítimas dos atentados de 29 e 30 de dezembro de 2013, em Volgogrado.
Além disso, já demonstrou várias vezes apoio a Putin, chegando a gravar um vídeo na última campanha presidencial russa, em 2012. Isso tem levado, no Ocidente, a uma série de manifestações contra o maestro por parte de grupos LGTB, devido à legislação antigay do país. Gergiev já declarou ser contra qualquer tipo de descriminação, negando-se, porém, a criticar tanto as leis russas quanto Putin.
LEALDADE
Tamanha lealdade só parece reforçar o poder daquele que, de acordo com a versão russa da revista "Forbes", foi o músico do país que mais faturou em 2012: US$ 16,5 milhões (R$ 40 milhões), superando os astros do pop.
Dinheiro investido, entre outras coisas, em peru e filantropia. Gergiev é dono de 15% da Evrodon, maior produtora de carne da ave da Rússia. Sua fundação de caridade tem um histórico mais conturbado: Igor Zôtov, que a chefiava desde sua criação, em 2003, foi preso em 2011, depois de acusações de desviar 245 milhões de rublos (R$ 17 milhões).
Ter o antigo braço direito para assuntos financeiros atrás das grades não parece ter abalado em nada o prestígio do regente. Ele propôs, em agosto último, uma grande fusão de entidades artísticas russas sob uma nova instituição, o Centro Nacional das Artes, abarcando o Conservatório de São Petersburgo, a Academia de Dança Vagánova e o Instituto Russo de História da Arte.
Diante da oposição dos membros dessas instituições, Gergiev andou declarando não estar interessado em interferir na gestão do centro, cuja criação, contudo, já conta com o beneplácito de Putin.
Como se não bastasse, Gergiev acaba de emplacar um protegido (o ossetiano Tugan Sókhiev, 36, que esteve no Brasil em 2012, à frente da orquestra do Capitólio de Toulouse) na direção musical do Bolshoi. Talvez haja limites para o poder do tsar musical da Rússia, mas o fato é que ele ainda não os conheceu.
IRINEU FRANCO PERPETUO, 42, é jornalista. Traduziu do russo "Memórias de um Caçador" (Ed. 34), de Ivan Turguêniev.
Links no texto:


Artistic & General Director of the Mariinsky Theatre
Valery Gergiev is a vivid representative of the St Petersburg conducting school and a former pupil of the legendary Professor Ilya Musin. While still a student at the Leningrad Conservatoire, Gergiev won the Herbert von Karajan Competition in Berlin and the All-Union Conducting Competition in Moscow, following which he was invited to join the Kirov Theatre (now the Mariinsky) as an assistant to the principal conductor. His debut as a conductor at the theatre came on 12 January 1978 with Sergei Prokofiev's opera War and Peace. In 1988 Valery Gergiev was appointed Music Director of the Mariinsky Theatre, and in 1996 he became its Artistic and General Director (leading the orchestra and opera and ballet companies).
With the arrival of Valery Gergiev at the helm, it became a tradition to hold major thematic festivals marking various anniversaries of composers. In 1989 there was a festival marking one hundred and fifty years of Modest Musorgsky, in 1990 there was one commemorating one hundred and fifty years of Pyotr Tchaikovsky, in 1991 there was another marking one hundred years of Sergei Prokofiev and in 1994 there was another marking one hundred and fifty years of Nikolai Rimsky-Korsakov. These festivals saw performances not only of well-known scores but also of rarely performed pieces or works that had never been staged before at all. The tradition of anniversary festivals has continued in the 21st century with a celebration of one hundred years of Dmitry Shostakovich in 2006, another marking one hundred and seventy-five years of Pyotr Tchaikovsky in 2015 and a third marking one hundred and twenty-five years of Sergei Prokofiev in 2016.
Through maestro Gergiev's efforts the Mariinsky Theatre has revived operas by Richard Wagner. In 1997 came Parsifal, which had not been performed in Russia for more than eighty years, in 1999 Lohengrin was revived and by 2003 the grandiose operatic tetralogy Der Ring des Nibelungen had been staged in full. That was the first time following an interval of almost a century that the complete tetralogy was staged in Russia and the first production in Russia to be performed in the original German. The tetralogy has been performed on Mariinsky Theatre tours to great acclaim in Moscow as well as abroad – in the USA, South Korea, Japan, Great Britain and Spain. The theatre's repertoire also includes productions of Tristan und Isolde (2005) and Der Fliegende Holländer (1998, 2008).
The Mariinsky Orchestra under Valery Gergiev has scaled new heights, assimilating not just opera and ballet scores, but also an expansive symphony music repertoire – every symphony by Beethoven, Brahms, Tchaikovsky, Mahler, Sibelius, Prokofiev and Shostakovich and works by Berlioz, Bruckner, Rimsky-Korsakov, Richard Strauss, Scriabin, Rachmaninoff, Stravinsky, Messiaen, Dutilleux, Ustvolskaya, Shchedrin, Kancheli and other composers.
Under the direction of Valery Gergiev the Mariinsky Theatre has become a major theatre and concert complex, without par anywhere in the world. In 2006 the Concert Hall was opened, followed in 2013 by the theatre's second stage (the Mariinsky-II), while since 1 January 2016 the Mariinsky Theatre has had a branch in Vladivostok - the Primorsky Stage. Other projects of Valery Gergiev hosted by the Mariinsky Theatre include media broadcasting, on-line broadcasts of concerts and the establishment of a recording studio. 2009 saw the launch of the Mariinsky label, which to date has released more than thirty discs that have received great acclaim from the critics and the public throughout the world; these recordings include symphonies by Tchaikovsky and piano concerti by Tchaikovsky and Shostakovich, operas by Wagner, Massenet and Donizetti and an entire plethora of other works. Recordings of Prokofiev's ballets Romeo and Juliet and Cinderella and the opera The Gambler have been released on DVD.
Valery Gergiev's international activities are no less intensive and active. Having made debuts in 1992 at the Bayerishe Staatsoper (Musorgsky's Boris Godunov), in 1993 at the Royal Opera House, Covent Garden (Tchaikovsky's Eugene Onegin) and in 1994 at the Metropolitan Opera (Verdi's Otello with Plácido Domingo in the title role), the maestro successfully continues to collaborate with the world's great opera houses. He works with the World Orchestra for Peace (which he has directed since 1997 following the death of the ensemble's founder Sir Georg Solti), the Philharmonic Orchestras of Berlin, Paris, Vienna, New York and Los Angeles, the Symphony Orchestras of Chicago, Cleveland, Boston and San Francisco, the Royal Concertgebouw Orchestra (Amsterdam) and many other ensembles. From 1995 to 2008 Valery Gergiev was Principal Conductor of the Rotterdam Philharmonic (of which he remains an honorary conductor to this day), and from 2007 to 2015 he was Principal Conductor of the London Symphony Orchestra. Since autumn 2015 the maestro has headed the Munich Philharmonic Orchestra.
Valery Gergiev is the founder and director of prestigious international festivals including the Stars of the White Nights (since 1993), the Moscow Easter Festival (since 2002), the Gergiev Festival in Rotterdam, the Mikkeli Festival and the 360 Degrees festival in Munich. Since 2011 he has directed the organisational committee of the International Tchaikovsky Competition. Valery Gergiev focuses much of his attention on working with young musicians. One of his initiatives saw the revival of the All-Russian Choral Society; this includes the Children's Chorus of Russia, which has appeared at the Mariinsky-II, the Bolshoi Theatre and at the closing ceremony of the XXII Winter Olympics in Sochi. Since 2013 the maestro has directed the National Youth Orchestra of the USA and regularly appears with the youth orchestras of the Schleswig-Holstein Festival, the Verbier Festival and the Pacific Ocean Music Festival in Sapporo. Since 2015 the Mariinsky Theatre has run the Mariinsky NEXT annual festival, which features children's and youth orchestras of St Petersburg.
Valery Gergiev's musical and public activities have brought him three State Prizes of the Russian Federation (1993, 1998 and 2015), the titles of People's Artist of the Russian Federation (1996) and Hero of Labour (2013), the Order of Alexander Nevsky (2016) and prestigious State awards of Armenia, Germany, Italy, The Netherlands, Poland, France and Japan.

https://www.mariinsky.ru/en/company/conductors/gergiev/

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Rimsky-Korsakov: Scheherazade / Gergiev
· Vienna Philharmonic · Salzburg Festival 2005

https://www.youtube.com/watch?v=SQNymNaTr-Y

vii: Vortex-induced Insights

Insights on vortex-induced, traveling waves on long risers

web.mit.edu/shear7/papers/JFS-2009.pdf

This paper is based on portions of a keynote presentation, which explored the boundaries of what is understood about the vibration behavior of long cylinders excited by vortex shedding. The source of data is a recent field experiment on a long flexible cylinder, densely instrumented with fiber optic strain gauges. The paper emphasis is on previously unknown or unexplained phenomena and in some cases offers provocative insights as opposed to conclusive proofs. Three particular topics are covered: (i) the occurrence of peak strain and fatigue damage rates at unexpected locations, (ii) the dominance of traveling wave rather than standing wave response, and (iii) the appearance of stable cylinder trajectories, such as figure eights and crescents in pure traveling wave regions. Potential explanations are offered and areas for promising additional research are proposed.

Keywords: Vortex-induced vibration (VIV); Traveling waves; Fatigue damage

"Entender é sempre limitado" - Clarice Lispector

“Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender.
Entender é sempre limitado.
Mas não entender pode não ter fronteiras.
Sinto que sou muito mais completa quando não entendo.
Não entender, do modo como falo, é um dom.
Não entender, mas não como um simples de espírito.
O bom é ser inteligente e não entender.
É uma benção estranha,
como ter loucura sem ser doida.
É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice.
Só que de vez em quando vem a inquietação:
quero entender um pouco. Não demais:
mas pelo menos entender
que não entendo”

Clarice Lispector, em “A Descoberta do Mundo” (1967*1973)
A mesma crônica, na interpretação de Antonio Abujamra:

//////////

Clarice Lispector (1920-1977) na pequena crônica abaixo, do livro “A Descoberta do Mundo.“, obra póstuma de 1984, uma seleção de crônicas publicadas no Jornal do Brasi. entre agosto de 1967 e dezembro de 1973. É uma viagem pelo choque que a percepção de si mesma e do entendimento da existência sofrem quando pensamentos e percepções profundas existenciais (e transcendentais) arrebatam a protagonista após matar uma reles barata no quarto da ex-empregada. Parece tolo, mas é profundo.
Citando a própria Clarice no prefácio de outro livro “A Paixão Segundo G.H”, essa crônica parece ser uma obra para ser lida “apenas por pessoas de alma já formada“. Ela mesma explica o que isso significa, dando uma demonstração de sua particular arte de descrever a experiência do âmago das coisas e dos momentos, dizendo que essas almas já formadas são “aquelas que sabem que a aproximação, do que quer que seja, se faz gradualmente e penosamente – atravessando inclusive o oposto daquilo que se vai aproximar. Aquelas pessoas que, só elas, entenderão bem devagar que este livro nada tira de ninguém”.
Fonte: http://dharmalog.com/2013/05/28/entender-e-sempre-limitado-sinto-que-sou-mais-completa-quando-nao-entendo-clarice-lispector/





brainstormtche.blogspot.com.br/2013/06/olha-para-mim-e-me-ama-nao-tu-olhas.html







imanenteando.blogspot.com.br/2016/02/maturana-amor-escuta-do-outro.html



quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Os 10 filmes mais estranhos de 2016

Os 10 filmes mais estranhos de 2016



Esqueça os filmes oscarizáveis e assista a uma lista de filmes com “estranhas” narrativas: um cadáver flatulento que evita o suicídio de um náufrago, a filha de Deus que hackeia o computador divino para se vingar do Pai, uma mulher grávida de um vírus fetal e dois filmes sobre salsichas sencientes: um sobre homens-salsicha nazis que invadem uma cidadezinha no Canadá para serem enfrentados por protagonistas que utilizam o poder da Yoga; e outro sobre salsichas em um supermercado que questionam a religião que esconde o terrível destino – no “Grande Além” serão comidas pelos próprios deuses que veneram. São os chamados “filmes estranhos” (“weird movies”) que exploram o duplo sentido da palavra “weird”: “destino” e “surreal, estranho”. Muitos deles aproximam-se da noção de “filme gnóstico” pela forma como desconstrói conceitos religiosos, morais e a própria percepção daquilo que chamamos de “realidade”. Para o leitor, uma lista do “Cinegnose” com os 10 melhores Filmes Estranhos de 2016.

O que é um “filme estranho”? A palavra inglesa “weird” (estranho) deriva da palavra germânica “wyrd”, que significa “destino”. Essa palavra encontrou o seu significado atual de “estranho, surreal” através de Shakeapeare com as “Weird Sisters” que prediziam o destino de Macbeth, ao mesmo tempo “weird” (“estranhas”) nos sentido moderno quanto “wyrd” no sentido pagão.

Portanto, “weird movie” é muito mais do que um filme “estranho” no sentido dado em português (do latim “extraneum” – o que é de fora, estrangeiro), mas a combinação das ideias do maravilhoso e do fantástico com aquilo que é excêntrico, estranho ou incomum.

Dessa maneira, esse conceito aproxima-se do “gnostic movie” ou filme gnóstico: narrativas cinematográficas onde mostram protagonistas em situações onde a familiaridade usual se reverte em algo não-familiar, “estranho”, acontecimentos que fazem a realidade repentinamente foge à conformidade cotidiana.



1. Swiss Army Man

Mais uma empreitada de Daniel Radcliffe na cruzada pessoal de tentar se libertar da imagem de Harry Potter. Dessa vez, como um cadáver flatulento que se transforma na melhor companhia de um náufrago deprimido que tenta o suicídio em uma ilha deserta.

 Algo como a bola Wilson no filme O Náufrago, mas que se transforma em ferramenta de mil e uma utilidades, como uma espécie de canivete suíço: vira um jet ski, vomita água fresca, torna-se uma arma que cospe objeto a alta velocidade, um machado etc.

Mas, principalmente, participa de conversas existenciais sobre o significado da vida, do amor e do ser humano. E através das habilidades de “Manny” (é o nome que o protagonista Hank dá ao cadáver) reencenam os principais momentos de um homem em prolongados exercícios de improvisação ao ar livre.

Houve relatos de vaias e abandono em massa de espectadores no meio da projeção do filme no Sundance Film Festival. Mas Swiss Army Man é um filme para odiar ou amar. Uma viagem acelerada sobre aquilo que certa vez Woody Allen disse ser as experiências mais importantes da existência humana: nascimento, sexo e a morte.



2. Yoga Hosers

Em tom fortemente irônico, duas garotas trabalham em uma loja de conveniência em uma cidadezinha no Canadá que passa a ser assolada por pequenos nazistas em forma de salsicha (“bratzis”) que matam as pessoas de uma forma bizarra, invadindo os corpos pelo ânus. As garotas utilizarão os poderes da Yoga para acabar com o inimigo.

As garotas são típicas adolescentes que não largam o smartphone e a qualquer momento postam o que fazem no Instagram (ou “Instacam”, a versão canadense do aplicativo), criando engraçados momentos de metalinguagem.

Canadenses e nazistas. Nada mais estrangeiros e estranhos para um norte-americano médio. Não é à toa que durante o pânico em Nova York provocado pela transmissão radiofônica do Guerra dos Mundos em 1938, muitos acreditavam que a invasão “marciana” era, na verdade, ou de canadenses ou de nazistas.




3. Festa da Salsicha


Mais salsichas sencientes. Alimentos antropomorfizados em gôndolas de um supermercado estão imersos em uma religião na qual acreditam que serão escolhidos por “deuses” (os clientes do supermercado) e levados para o “Grande Além”. Lá viverão na paz e amor, em comunhão com os “deuses”. Mas a religião esconde um destino cruel: os deuses são monstros insaciáveis que comem alimentos para ficarem fortes.

Pães que serão preenchidos por salsichas (com toda a simbologia erótica) são os protagonistas dessa animação politicamente incorreta, mas repleta de alusões mitológicas, religiosas e políticas: a religião como tática maquiavélica de dividir para reinar; supermercados como as novas catedrais da nova religião contemporânea (Publicidade e Marketing); a decepção humana com os deuses – a descoberta de que os deuses são intolerantes e patéticos, assim como o ser humano; a desconstrução gnóstica da noção de realidade etc.

Filme já analisado pelo Cinegnoseclique aqui.



4. The Neon Demon


Uma jovem chega ao mundo da Moda e Estilismo de Los Angeles aspirando o sucesso e a fama. Até aí nada demais: quantos filmes já narraram história de como o mundo da Moda tritura a inocência e juventude de modelos.

Mas The Neon Demon reconta esse argumento sobre o mundo da alta moda com inflexão do Gnosticismo e do horror: uma aspirante a modelo penetra num fechado círculo relacionado com o ocultismo que lembra algo em torno de Aleister Crowley ou o satanismo de Charles Manson. Rostos robóticos e sorrisos frios porque a vitalidade é roubada dos mais jovens através da fotografia e desfiles.

Um mundo onde o neon e a maquiagem criam a aparência de glamour e brilho para esconder o roubo do élan vital humano para por em funcionamento uma prisão que confina a todos. Acreditamos ter nossas vidas e carreiras em nossas mãos, mas não percebemos um jogo maior ao nosso redor.

Filme já analisado pelo Cinegnose – clique aqui





5. The Greasy Strangler


O filme gira em torno de um pai e um filho envolvidos em um estranho triângulo amoroso. O Pai é um velho repulsivo e o filho faz uma disco tour por Los Angeles. O pai é obcecado por gordura e secretamente é um assassino chamado de “o estrangulador gorduroso” – o assassino literalmente se lambuza de gordura antes de matar as pessoas. Quando o filho se apaixona por uma gentil mulher, o pai tem o impulso de torna-la sua próxima vítima.

A comédia é grotesca, desagradável e totalmente amoral – rompe com os parâmetros clichê hollywoodianos que o Cinegnose chama de “quebra-da-ordem-e-retorno-a-ordem”. Mesmo para aqueles que têm uma atração pelo estranho no cinema, é um filme difícil de ser acompanhado muita nudez, sexo desconfortável e o pesadelo “gore”.

Uma prova das estranhas possibilidades do cinema dobrar a realidade – uma vítima com nariz de porco, uma grotesca genitália protética e uma estranha pronuncia quando se fala a palavra “batata”. Um filme só para cinéfilos aventureiros.



6. The Lobster


Tudo se passa em um futuro próximo distópico em uma sociedade onde viver sozinho é considerado um crime – todos devem carregar documentos que comprovem seu estado civil de casado.

Seja hetero ou homossexual, ninguém pode viver sozinho. Aqueles “ilegais” (seja porque se divorciaram ou, simplesmente, não encontraram ninguém) são remanejados para uma espécie de resort-fortaleza: um mix de hotel e campo de concentração onde para cada um dos internos é dado 45 dias para encontrar sua “alma gêmea”. Aqueles que  permanecerem solitários serão levados para a Sala de Transformação, onde serão transformados no animal da sua preferencia e serão devolvidos à Natureza. Viverão soltos na floresta ao redor, numa estranha bioversidade – camelos, lhamas, elefantes, leões etc. convivendo na mesma floresta.

Como podem existir sistemas totalitários que exploram o amor, o narcisismo e a solidão para fins de controle social e submissão. Até que ponto redes sociais e sites e aplicativos de encontros amorosos são o início de uma nova ordem totalitária?

Filme já analisado pelo Cinegnose – clique aqui.



7. Antibirth


Filme que se enquadra em um verdadeiro subgênero fílmico: protagonistas tomadas por assustadora gravidez que pode trazer a semente do Mal. Gênero iniciado por clássicos como Bebê de Rosemary (1968), It’s Alive (1974) eDemon Seed (1977).

Mas Antibirth utiliza-se desse imaginário do terror para discutir aspectos mais simbólicos e existenciais – como na atualidade a gravidez transformou-se na própria alienação da sexualidade e de nós mesmos.

Um estranho filme noir-psicodélico no qual pessoas alienadas de seus próprios desejos são os candidatos perfeitos para um estranho experimento que envolve alguma agência governamental.

A protagonista Lou nos causa repulsa – repete neuroticamente o seu drama pessoal de abandono na infância afundando-se em drogas e álcool na gravidez. Mas também cria, de certa forma, empatia: a maneira como Lou nega a gravidez aproxima-se da forma atual como queremos experimentar a sexualidade sem compromissos ou “acidentes” como a gravidez. Fugimos do futuro e de nós mesmos.

Cinegnose também já analisou esse filme – clique aqui.



8. High-Rise


Adaptação do livro distópico de J.G. Ballard de 1975. O filme se passa em uma torre de condomínio gigantesca (Torre Elysium) onde há inclusive escola e supermercado. Criado por um arquiteto megalômano (Jeremy Irons) que, a exemplo do criador de replicantes em Blade Runner, prefere morar na cobertura.

Os habitantes do arranha-céu se dividem em classes-sociais de acordo com a altura do andar. Tudo foi desenhado para se isolar do mundo exterior. Conflitos entre vizinhos e falhas tecnológicas começam a criar uma escalada de violência e a quebra de uma ordem onde “a classe média é um luxo que o capitalismo não pode seguir permitindo”, como escreveu Ballard em seu livro.

A principal atividade dos moradores é frequentar o supermercado interno. O hedonismo, niilismo e violência tomam conta da vida dos moradores, ao ponto de uma criança responder a um documentarista que está em busca do arquiteto do edifício: “o arquiteto está no céu, mas o céu não existe!”.

Filme analisado pelo Cinegnose – clique aqui.




9. Der Bunker


Quando se trata de histórias fora do comum, entre o absurdo e o bizarro, diretores gregos atuais estão entre os melhores. Basta lembrarmos do esquisito Dentes Caninos (2009 – clique aqui) de Yorgos Lanthimos ou Miss Violence (2013) de Alexander Avranas. Histórias sobre famílias onde, para manter a inocência dos filhos em um mundo corrompido, o pai cria uma prisão domiciliar, mantendo-os isolados do mundo.

Der Bunker, do grego naturalizado alemão Nikias Chryssos, junta-se a esse tema bizarro: um jovem estudante aluga uma casa em um lugar remoto para trabalhar suas pesquisas. Lá conhece uma família que é regido pelas ordens de uma estranha força. Pai e mãe cuidam do filho, Klauss, com seus 30 anos que veste-se com penteado e roupas infantis.

Para o leitor ter uma ideia, ainda o filho é amamentado pela mãe... O jovem estudante torna-se tutor de Klauss, observado com cada vez mais naturalidade toda a bizarrice. Elementos sobrenaturais permeiam a narrativa que é levada muito mais para o humor negro.



10. O Novíssimo Testamento


Deus (Benoît Poelvoorde) ainda está vivo, mora em algum lugar em Bruxelas e é um senhor rabugento e malvado com uma filha de 10 anos de idade. Cansada da natureza abusiva do pai, a menina invade o computador dele e envia para todos os habitantes do planeta via SMS as datas de suas respectivas mortes, ação que gera consequências inimagináveis.

O problema é que sua filha quer ser melhor sucedida do que foi seu irmão, Jesus – libertar a humanidade do seu Pai, um demiurgo alcoólatra e cruel, através do Novíssimo Testamento.

Uma comédia de humor negro blasfema, herética, mas, principalmente, gnóstica.

Filme analisado pelo Cinegnose – clique aqui.






Fonte: http://cinegnose.blogspot.com.br/2017/01/os-10-filmes-mais-estranhos-de-2016.html

Pegue a pipoca vermelha: os melhores filmes gnósticos


Pegue a pipoca vermelha: Cinegnose atualiza a lista dos melhores filmes gnósticos



Fonte: http://cinegnose.blogspot.com.br/2013/07/cinema-secreto-cinegnose-faz-lista-dos.html

O Cinegnose apresenta a atualização dos melhores filmes gnósticos da história do cinema, que agora conta com 66 filmes. É uma atualização da lista anterior de 2013 onde constavam 41 filmes.  Atualmente esses filmes apresentam uma grande variação de interpretações da mitologia gnóstica clássica espalhado por diversos gêneros fílmicos.   Por isso, nessa atualização trouxemos uma novidade metodológica na classificação dos filmes: dividimos em subcategorias (CosmoGnósticos, PsicoGnósticos, TecnoGnósticos, AstroGnósticos e CronoGnósticos) e apontamos em cada filme os principais temas gnósticos abordados.


O conceito de "filme gnóstico" é relativo a Gnosticismo, do grego gnosis, “conhecimento” e gnostikos, “aquele que tem o conhecimento”. Conjunto de filmes de variados gêneros cuja característica unificadora é a recorrência de “elementos gnósticos” correspondentes tanto às narrativas míticas cosmogônicas e morais dos principais pensadores do Gnosticismo histórico (Basilides, Valentim e Mani) como a diversos simbolismos místicos ou esotéricos associados ao sincretismo do chamado Gnosticismo Hermético.



           A produção cinematográfica recente, principalmente norte-americana, conta com diversos filmes que giram em torno desta mitologia. Os temas incluem, freqüentemente, conspirações cósmicas, universos paralelos, amnésia e paranóia. Demonstra um interesse por uma ambivalente relação entre o sujeito e a realidade, consciência (especialmente alterada por estados de consciência iluminados) e revolta contra sistemas autoritários de controle. 

         São filmes que apresentam a ideia geral de que o mundo que percebemos é uma ilusão criada por alguém que não nos ama e que a chave para revelar a ilusão e descobrir a realidade reside numa forma de autoconhecimento ou iluminação. 



Categorias dos filmes gnósticos


    Desde os primeiros filmes como Matrix e Show de Truman percebeu-se que esses filmes diversificaram a abordagem das mitologias centrais do Gnosticismo criando, por assim dizer, subgênero que podemos dividir dentro das seguintes categorias: 


(1) CosmoGnóstico: filmes que parecem inspirar-se na Cosmologia basilidiana (Basilides -117-138 DC - Filósofo gnóstico de Alexandria, possivelmente originário de Antioquia. Admitiu um princípio incriado, o Pai, cinco hipóteses emanadas dele e trezentos e sessenta e cinco céus, um dos quais é o nosso mundo comandado pelo Demiurgo - Yahweh, Jeová ou Javé). Filmes como O Décimo Terceiro Andar (1999) sobre pluralidade de universos simulados, multiversos. Matrix e Show de Truman também entrariam nessa categoria, onde o protagonista encontra-se prisioneiro em realidades artificialmente produzidas;

(2) TecnoGnóstico: Baseia-se naquilo que chamamos de Gnosticismo cabalístico que é a motivação da atual agenda tecnognóstica de fazer uma cartografia e topografia da mente humana: a convergência das neurociências, Cibernética, Ciências Computacionais e Teoria da Informação para tentar simular digitalmente não só o funcionamento da mente, mas tentar emular a própria consciência. Filmes comoEva ou Transcendence são exemplos nessa categoria.

Um filme AstroGnóstico: "Earthling" (2010)
(3) PsicoGnóstico: Novamente vemos o protagonista como prisioneiro, mas dessa vez é uma prisão interior, psíquica ou onírica. Filmes como “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças”, “A Passagem” e “Vanilla Sky” mostram personagens que sem saberem estão presos respectivamente, nas próprias memórias da mente, em um limbo entre a vida e a morte e em “sonhos lúcidos” artificialmente produzidos por uma corporação.

(4) AstroGnóstico: os seres humanos teriam sido o resultado de um enxerto na biologia dos primatas avançados feita por uma consciência alienígena espiritualmente superior. Os seres humanos estariam presos nesse planeta sofrendo, pois sua consciência não só é inadaptável como, apesar de viverem em um ambiente reconhecidamente belo, o atrito com essa existência cria estados emocionais que levam à depressão, assassinato em massa, loucura e destruição. Filmes como “O Homem Que caiu na Terra” (1974, onde um alien vem à Terra em busca de ajuda e é corrompido pela sociedade humana) com o gnóstico pop David Bowie e “The People” (1972 – onde uma comunidade isolada semelhante aos Amishs revela-se ser habitada por aliens que fugiram de um planeta em extinção) com o eterno Capitão Kirk de “Jornada nas Estrelas” William Shatner.

(5) CronoGnóstico: filmes que apresentam um multifacetamento da realidade ou universos alternativos por meio da concepção quântica ou caótica do tempo: paradoxos, efeitos exponenciais ou o tempo como um hipertexto criam uma pluralidade de mundos, algo semelhante aos filmes CosmoGnósticos. Porém, nessa categoria coloca-se ênfase à artificialidade do Tempo. Filmes como "Sr. Ninguém" ou "Cronocrimenes" são bons exemplos.

Abaixo a lista atualizada que iniciamos do número 42. Logo abaixo, a primeira lista com os 41 filmes :





42. Alucinações do Passado (Jacob’s Ladder, EUA, 1990)

Jacob é um ex-soldado no qual a Guerra do Vietnã deixou marcas profundas e irreversíveis. Constantemente, Jacob vê seres estranhos ameaçando-o de morte, com suas lembranças familiares do passado se misturando a alucinações desconexas de algo que aconteceu na guerra e alterou radicalmente sua percepção da realidade.

Categoria: PsicoGnóstico

Temas gnósticos: amnesia, memória, confusão entre ilusão e realidade, estados alterados de consciência.

Diretor: Adrian Lyne

Elenco: Tim Robbins, Elizabeth Peña, Dany Aiello



43. Sense8 (série Netflix, EUA, 2015)

Oito pessoas díspares (etnicamente diversos e em diferentes pontos do planeta) progressivamente começam a unificar suas mentes, permitindo partilhar experiências e conhecimentos. Esses “sensates” são caçados por um personagem sombrio ligada a uma empresa de manipulações genéticas – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: PsicoGnóstico

Temas gnósticos: Percepção, estados alterados de consciência, Sophia, Demiurgo e Gnose.
Diretor: Imãos Wachowski e J. Michael Straczynski
Elenco: Aml Ameen, Daryl Hannah, Doona Bae, Jamie Clayton, Tina Desai, Tuppence Middleton, Max Riemelt, Miguel Angel Silvestre, Brian Smith, Terrence Mann, Naveen Andrews


44. Lost River (EUA, 2014)

A história acontece no entorno surrealista de Lost River, uma cidade economicamente decadente e ameçada de desaparecimento. Quando um adolescente descobre um caminho secreto que leva a uma cidade subaquática, sua mãe vê-se arrastada a um macabro submundo de fantasia – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: CosmoGnóstico

Temas gnósticos: Arcontes, Demiurgos, O Detetive, O Estrangeiro.

Diretor: Ryan Gosling
Elenco: Christina Hendricks, Iain De Caestecker, Matt Smith, Ben Medelsohn



45. Frequência do Medo (The Signal, EUA, 2014)

Três amigos estão em uma viagem pelo sudoeste americano à procura de um gênio da computação que conseguiu invadir os computadores do MIT e expôr uma série de falhas de segurança. Eles acabam indo parar em uma área isolada, onde, de repente, tudo fica escuro. Quando Nic enfim desperta, logo percebe que está em meio a um pesadelo com toques de Matrix.– já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: CosmoGnóstico

Temas gnósticos: Paranoia, Homem prisioneiro em uma realidade artificial, Demiurgo, Caverna digital de Platão.

Diretor: William Eubank
Elenco: Brenton Thwaites, Laurence Fishburne, Beau Knapp, Olivia Cooke



46. O Destino de Júpiter (Jupiter Ascending, EUA, 2014)

Júpiter é uma jovem que vive com a mãe e a tia em Chicago. Elas passam dificuldades e a garota parece sempre sonhar com o "mundo exterior". Determinado dia, ela sofre um ataque de pequenas criaturas alienígenas e se descobre em meio a uma disputa familiar de poderosos donos de planetas. – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: AstroGnóstico

Temas gnósticos: Demiurgo, Gnosticismo Pop, busca da identidade, mito da Criação, Queda e Ascensão; Mito de Sophia, Abraxás.

Diretor: Irmãos Wachowski
Elenco: Mila Kunis, Channing Tatum, Eddie Redmayne, Sean Bean, Douglas Booth



47. Borgman (Holanda, 2013)

Borgman, um suposto sem teto, bate na porta de uma arrogante família de classe media alta pedindo um banho e comida. Depois de ser agredido pelo marido, Borgman cria uma série de subterfúgios que o fazem cada vez mais entrar na vida daquela família, transformando suas vidas num crescente pesadelo psicológico com tons religiosos e demoníacos  – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: PsicoGnóstico

Temas gnósticos: Paranoia, Incubus, Mal, Queda.

Diretor: Alex Van Wamerdam
Elenco: Jan Bijvoet, Hadewych Minis, Jeroen Perceval, Alex Van Warmerdam, Tom Dewispeleare



48. The Cars That Ate Paris (Austrália, 1973)

Filme cuja temática influenciaria mais tarde Veludo Azul de David Lynch e Show de Truman, do próprio diretor desse filme, Peter Weir. Dois irmãos viajam em uma estrada no deserto australiano em busca de emprego, até chegarem a uma cidadezinha chamada Paris. Aos poucos percebem que há um mistério sobre a cidade: o hospital vive cheio de vítimas de acidentes auomobilísticos e as pessoas parecem sair de lá como zumbis.  – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: CosmoGnóstico

Temas gnósticos: Paranoia, Conspiração, Demiurgo, Estranha realidade por trás das ilusões.
Diretor: Peter Weir
Elenco: Terry Camilleri, John Meilon, Kevin Miles



49. I Origins (EUA, 2014)

O Dr. Ian Gray é um cientista que pesquisa sobre a íris ocular. Obcecado por descobrir a origem da visão, ele tenta provar que o desenvolvimento do olho humano faz parte da evolução natural, e não precisaria de um "designer inteligente" - ou seja, uma figura divina para criá-lo. Ele trabalha com a ajuda de sua estagiária Karen e de Kenny. Um dia, ele conhece Sofi, e os dois se apaixonam, apesar da diferença de convicções. A aproximação dos dois fará Ian buscar explicações além da ciência para os mistérios que o olho humano pode guardar.  – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: PsicoGnóstico

Temas gnósticos: Mito de Sophia, O Viajante, Reencarnação, Ciência e Espiritualidade.

Diretor: Mike Cahill
Elenco: Michael Pitt, Steven Yeun, Astrid Bergès-Frisbey, Brit Marling



50. O Doador de Memórias (EUA, 2014)

Na atual onda de filmes distópicos para adolescents, destaca-se por ter menos ação e romance e mais reflexões filosóficas. Jonas vive em uma sociedade distópica onde os indivíduos não têm emoções, respondendo aos comandos de um poderoso governo. As pessoas atuam na profissão escolhida pelos anciões, não fazem sexo (os bebês são criados artificialmente) e moram num mundo literalmente em preto e branco. Acima de tudo, os habitantes não têm memórias, de modo que apenas uma pessoa na comunidade é encarregada de guardar todas as lembranças do passado. Jonas é escolhido para a tarefa, embora possua um espírito rebelde e contrário ao sistema. – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: PsicoGnóstico

Temas gnósticos: Esquecimento, memória, gnose.

Diretor: Philip Noyce
Elenco: Jeff Bridges, Meryl Streep, Brenton Thwaites, Katie Holmes, Alexander Skargard



51. La Jetée (França, 1962)

A história é contada inteiramente através de sequências de fotografias fixas como fosse um mix de foto-romance e cinema, numa interessante intertextualidade. O filme inicia com as imagens de uma mulher misteriosamente bela no terraço do aeroporto de Orly em Paris, horas antes da eclosão da III Guerra Mundial que destruiria a cidade numa grande explosão nuclear. São imagens da infância, que o protagonista nem ao certo sabe se são reais ou algum mecanismo de defesa psíquico para se proteger da tragédia que se sucederia. Num planeta quase arrasado, a espécie humana ficou condenada a viver em túneis. Sem poder encontrar fontes de alimentos ou energia no espaço, restava apenas o tempo: buscar ajuda no passado ou no futuro. – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: CronoGnóstico

Temas gnósticos: Memória, Tempo, Mito de Sophia, Déjà Vu.

Diretor: Chris Marker
Elenco: Etienne Becker, Jean Négroni, Hélène Chatelain.



52. O Segundo Rosto (Seconds, EUA, 1966)

Um bem sucedido banqueiro de meia-idade e insatisfeito com sua vida recebe uma ligação de um antigo amigo que acreditava estar morto. Ele lhe oferece uma nova oportunidade para “renascer” com um novo rosto, idade e profissão, para ser recolocado na sociedade. A oferta de um novo eu é sedutora, mas com perturbadoras consequências – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: PsicoGnóstico

Temas gnósticos: Memória, Identidade, Ego, Paranoia.

Diretor: John Frankenheimer
Elenco: Rock Hudson, John Randolph, Salome Jens, Will Gear, Jeff Corey.



53. Revolver (Reino Unido/França, 2005)

Jack Green sai da prisão e em dois anos acumula muito dinheiro em jogos de azar. Ele está pronto para vingar-se de Mr. D, um dono de casino que o enviou para a prisão. Com um enredo complexo, Jack descobre que existe um outro inimigo ainda mais poderoso. Os diálogos interiors de Jack tornanm-se cada vez maiores, tornando os limites entre delírio e realidade cada vez mais instáveis – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: PsicoGnóstico

Temas gnósticos: Memória, Identidade, Ego, Paranoia, Jung, Deus, Demiurgo.

Diretor: Guy Ritchie, Luc Besson
Elenco: Jason Statham, Ray Liotta, Vincent Pastore, André Benjamin, Terence Maynard.



54. Noé (Noah, EUA, 2014)

Aronofsky subverte o famoso personagem bíblico através de uma releitura gnóstica e cabalística. O diretor não só abandonou a Bíblia como transformou a Serpente do Jardim do Éden no personagem principal, trazendo para as telas a antiga versão gnóstica do mito do Paraíso, sob uma embalagem atual política e ecologicamente correta. – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: CosmoGnóstico

Temas gnósticos: Éden, Demiurgo, Mal, Evangelhos Apócrifos Gnósticos.

Diretor: Darren Aronofsky
Elenco: Russell Crowe, Jennifer Connelly, Anthony Hopkins, Emma Watson, Logan Lerman



55. Resolution (EUA, 2012)

Mike recebe um video por e-mail mostrando seu amigo de infância em flagrantes de sua vida em uma cabana remota, viciando-se em crack e totalmente for a de si. Mike interpreta aquilo como um pedido de socorro e vai até àquela cabana para tentar salvá-lo. Lá encontra estranhos objetos e personagens e começa a suspeitar que há algo de sinistro e sobrenatural envolvendo a própria realidade – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: CosmoGnóstico

Temas gnósticos: Paranoia, Metalinguagem, Homem prisioneiro de uma realidade artificial.

Diretor: Justin Benson, Aaron Moorhead
Elenco: Peter Cillela, Vinny Curran, Zahn McClarnon, Bill Oberst Jr.



56. Le Tableau (The Painting, França, 2011)

Animação onde três personagens de três classes sociais diferentes tentam escapar de um quadro não terminado onde vivem. Eles então partem à procura do Pintor na esperança de que ele possa completá-los – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: CosmoGnóstico

Temas gnósticos: Demiurgo, Deus, Homem prisioneiro de uma realidade artificial, Narrativa em abismo.

Diretor: Jean-François Laguione
Elenco: Jean Barney, Chloé Berthier, Julien Bouanich (vozes).


57. Beleza Americana (American Beauty, EUA, 1999)

A trajetória da crise de meia idade e o despertar de Lester Burnham. A esposa Carolyn é uma workaholic frígida e envolvida totalmente com a ideia de sucesso, consumidora ávida de livros de autoajuda. Vive repetindo como mantras frases do seu guru, um corretor de imóveis bem sucedido. Ao conhecer a amiga da sua filha, a cheerleader Ângela, Lester tem uma espécie de epifania: a vê em uma chuva de pétalas de rosas, flutuando em torno do seu rosto paralisado. Os sentimentos que a adolescente desperta nele desencadeará uma revisão da sua carreira, seu estilo de vida e a relação com todos ao seu redor – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: PsicoGnóstico

Temas gnósticos: Gnosticismo Alquímico. 

Diretor: Sam Mendes
Elenco: Kevin Spacey, Annette Bening, Thora Birch, Wes Bentley, Mena Suvari.



58. Earthling (EUA, 2010)

“Você não é quem você pensa que é”, é a mensagem do filme cuja protagonista é Judith, uma jovem professora de uma high school que sofre um acidente automobilístico que resulta em aborto. O acidente coincide com um misterioso evento cósmico que atinge uma estação espacial onde dois astronautas morrem e o único sobrevivente chega em coma na Terra  – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: AstroGnóstico

Temas gnósticos: O Estrangeiro, Paranoia, Alienação. 

Diretor: Clay Liford
Elenco: Rebecca Spence, Peter Greene, William Katt, Amelia Turner.



59. Upside Down (Canadá/França, 2012)

Ao mesclar ficção científica com romance,o filme dá nova roupagem aos mitos da Queda: relatos míticos que tentam relacionar a dor e sofrimento à queda da humanidade de um estado de pureza e inocência. O filme mostra um universo alternative onde a Lei da Gravidade ao mesmo tempo une e separa dois planetas que não possuem céu ou horizontes, mas apenas a versão invertida da sua própria sociedade: o opulento mundo “de cima” que sempre faz lembrar a pobreza do mundo “de baixo”. Mas um amor proibido desafiará a gigantesca corporação que mantém essa ordem através da exploração da energia e dos meios de comunicação – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: CosmoGnóstico

Temas gnósticos: Queda, Mito de Sophia, Demiurgo. 

Diretor: Juan Diego Solanas
Elenco: Kirsten Dunst, Jim Sturguess, James Kidnie



60. Os Famosos e os Duendes da Morte (Brasil, 2009)

Em uma cidadezinha gaúcha vive um jovem absolutamente deslocado, melancólico, a maior parte do tempo em silêncio. Fugindo do cotidiano entediante do lugarejo, o garoto se enclausura no seu quarto onde se conecta com o mundo exterior por meio da internet. Ele é influenciado pela melancolia das canções de Bob Dylan. Tenta expressar seu descontentamento com a vida por meio de contatos virtuais. Incapaz de expressar suas angústias para a sua mãe viúva e para os amigos, tem as ferramentas da internet como uma opção existencial. Mas um mistério assombra a narrativa. Entre seus sonhos, devaneios e alucinações ronda a imagem de uma garota, tal qual um fantasma – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: PsicoGnóstico

Temas gnósticos: Mito de Sophia, O Estrangeiro, Alienação, Gnose, O Viajante. 

Diretor: Esmir Filho
Elenco: Ismael Caneppele, Tuane Eggers, Henrique Larré



61. Insolação (Brasil, 2009)

Paulo José faz uma espécie de mestre de cerimônias que se encontra com os personagens em uma lanchonete abandonada onde tenta fazê-los refletir sobre suas vidas. O público acompanha a rotinas dessas pessoas, onde todos parecem estar presos em um dia sem fim, desconectado de qualquer noção de tempo e espaço. E todos parecem sofrer de um mesmo mal: a insolação, sensação que se confunde com a paixão amorosa que eventualmente um terá pelo outro, mas que constantemente é frustrada. O que torna o filme de Felipe Hirsch e Daniela Thomas diferenciado é a atmosfera gnóstica que parece sufocar e aprisionar os personagens que, esta sim, parece interditar todas as tentativas de realização ou de fuga. A infelicidade humana não é uma questão ética ou moral, mas acima de tudo ontológica: o Mal não está no ser humano, mas na própria realidade que o prende – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: PsicoGnóstico

Temas gnósticos: O Estrangeiro, Alienação, Mal, O homem como prisioneiro emu ma realidade artificial, O Viajante. 

Diretor: Filipe Hirsch e Daniela Thomas
Elenco: Paulo José, Simone Spoladore, Leandra Leal, André Frateschi, Maria Luisa Mendonça, Leonardo Medeiros, Jorge Emil



62. Teorema Zero (Reino Unido/EUA, 2013)

Qoen Leth é um programador operário de uma gigantesca corporação chamada Mancom angustiado à espera de um telefonema que supostamente lhe dirá o sentido da vida. Pela necessidade de ter que aguardar em casa esse chamado, Qoen propõe ao seu superior trabalhar em casa, fazendo upload do seu trabalho diretamente para o gigantesco mainframe da empresa – ou o “sexto sentido”, como diz o Administrador .Como condição para aceitar o pedido de Qoen, a empresa o coloca no projeto secreto Teorema Zero. A partir de então, Qoen ficará em casa diante do seu console retro-futurista lidando com equações tridimesionais, mas sempre a espera da ligação que supostamente lhe daria todas as respostas. – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: CosmoGnóstico

Temas gnósticos: Niilismo, Demiurgo, Teologia Negativa, Paranoia. 

Diretor: Terry Gilliam
Elenco: Christoph Waltz, Mélaine Thierry, Matt Damon, Tilda Swinton, David Thewlis



63. Eva (Espanha, 2011)

Em um futuro bem próximo, Alex Garel é um famoso programador de robôs que retorna à sua cidade natal dez anos depois para reencontrar sua antiga Universidade de Robótica e seu amor Lana, pesquisadora e professora da Universidade, mãe de uma menina chamada Eva. Agora casada com o irmão de Alex, cria-se um triângulo amoroso que irá se tornar no tenso pano de fundo do projeto que envolverá todos: a criação de uma nova linha de robôs livres e autônomos. Em busca de uma personalidade infantil ideal para servir de modelo para desenhar um inédito programa de personalidade para esse novo robô, Alex encontra na menina Eva a criança perfeita: inteligente, perspicaz e criativa – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: TecnoGnóstico

Temas gnósticos: Gnosticismo cabalístico, Inteligência Artificial, Teurgia, Cartografias e topografias da mente. 

Diretor: Kike Maílo
Elenco: Daniel Brühl, Marta Etura, Alberto Ammann, Claudia Veja



64. Transcendence (EUA, 2014)

Will Caster é um neurocientista especializado em inteligência artificial que no início do filme confronta uma plateia numa palestra sobre as possibilidades de mudar o mundo através da “singularidade tecnológica” – a criação de um computador autoconsciente que atravessaria a fronteira entre o homem e a máquina. Acusado de tentar criar um novo Deus, Caster sofre um atentado de e escapa ferido. Mas logo descobre que ele foi contaminado por um elemento radioativo e morrerá em pouco tempo. Diante da morte iminente, sua esposa e pesquisadora Evelyn e Will Caster decidem fazer um upload da sua consciência para o banco de dados do gigantesco computador chamado P!NN – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: TecnoGnóstico

Temas gnósticos: Gnosticismo cabalístico, Cartografias e topografias da mente, Tecnoreligião. 

Diretor: Wally Pfister
Elenco: Johnny Deep, Rebeca Hall, Morgan Freeman, Paul Bettany



65. Contra o Tempo (Source Code, EUA, 2014)

Um trem explodiu em Chicago e matou centenas de pessoas. Nada pode ser feito para evitar o desastre, mas outro anunciado para daqui a algumas horas pode ser evitado. Como? Enviando alguém à mente de uma das vítimas através de um aparelho revolucionário chamado Código Fonte – ou source code, que é também o título original. Ele tem apenas oito minutos para, na pele da vítima, descobrir quem armou a bomba em um trem lotado. Tarefa difícil por si só, ainda mais quando o responsável pela missão é alguém que não tem a menor ideia do que está acontecendo – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: CronoGnóstico

Temas gnósticos: Tempo, Física e Gnosticismo, realidades paralelas. 

Diretor: Duncan Jones
Elenco: Jake Gyllenhaal, Michelle Monaghan, Vera Farmiga, Jeffrey Wright



66. Crimes Temporais (Cronocrimenes, Espanha, 2007)

Guiado pepla curiosidade e atração sexual, Hector vai até o bosque para encontrar uma desconhecida mulher. Hector acaba encontrado-a deitada, nua e desfalecida até ser atingido por um golpe no braço com uma tesoura desferida por uma estranha figura com a cabeça envolvida por ataduras vestindo um pesado casaco negro. A partir daí inicia-se uma perseguição que vai terminar numa instalação de pesquisa científica onde encontrará um jovem cientista que tentará escondê-lo em uma estranha máquina que o fará regredir no tempo acarretando terríveis consequências: uma sucessão de paradoxos onde Hector terá que enfrentar efeitos exponenciais incontroláveis – já analisado pelo blog clique aqui.

Categoria: CronoGnóstico

Temas gnósticos: Tempo, Física e Gnosticismo, realidades paralelas. 

Diretor: Nacho Vigalongo
Elenco: Karra Elejalde, Candela Férnandez, Bárbara Goenaga





1. K-Pax - O Caminho da Luz (2001)
(indicação e texto por Ricardo A. Afonso)

Assim como os demais filmes gnósticos, esse apresenta o conflito humano em assumir o contato com algo/alguém que não compartilha dos rituais cotidianos tidos como comuns. De maneira muito sutil o filme convida o telespectador a se questionar sobre a verdade sobre o ser vindo de outro lugar. O ar de pureza e ingenuidade atribuído ao ser vindo de outro lugar contrastam com nossa razão e nos faz por vezes crer que realmente trata-se de um ser vindo de um plano mais evoluído. A cena em que ele simula uma viagem no tempo simplesmente nos faz rir de nossa própria limitação, quando acreditamos que para tal empreitada seriam necessárias luzes, cenas e cenários dignos de ficção cientifica de Hollywood. Enfim, um filme que pode servir como porta de entrada para aqueles que gostariam de conhecer o gnosticismo filme analisado pelo blog: clique aqui. 

Categoria: AstroGnóstico

Diretor: Ian Softley

Elenco:   Kevin SpaceyJeff BridgesMary McCormack



2. A Vila (2004)
(indicação e texto por Luiz Carlos Marcolino)

A realidade manipulada, só que sem a ajuda de super computadores ligados na espinha. Nesse sentido, A Vila é superior a eXistenZ e Matrix.
A população de uma pequena e isolada vila acredita que a aliança com misteriosas criaturas que habitam a floresta em toro deles está chegando ao fim.

Categoria: CosmoGnóstico

Diretor: M. Night Shyamalan

Elenco:  Bryce Dallas HowardJoaquin PhoenixWilliam Hurt


3. Matrix (1999)
(Indicação e texto por Marcos Rafael Tosetti)

É um filme que atualizou e reiniciou o gnosticismo. De certa forma ele absorve tudo aquilo que foi explorado de forma moderada nos filmes anteriores de ficção científica com toques de gnosticismo (especialmente da década de 90) e, ao mesmo tempo, inaugura uma nova era de filmes de ficção científica e de filmes gnósticos. Quando olhamos para os filmes anteriores à Matrix, vemos um ou outro elemento que foi explorado na trilogia, e até mesmo hoje em dia, mais de uma década depois de sua conclusão, ele permanece sendo uma referência atual e que ainda não foi superada.

Categoria: CosmoGnóstico

Diretor: Irmãos Wachowski

Elenco:   Keanu ReevesLaurence FishburneCarrie-Anne Moss 



4. A Viagem (2012)
(indicação e texto por Fernanda)

Cloud Atlas não é apenas uma história. Ele evoca um estado de consciência durante suas 3 horas de duração. Teve um convite muito sério à reflexão: uma comparação subentendida entre a escravidão dos negros e a exploração animal existente hoje, referências encontradas na cena do "abatedouro de clones" e na frase "eles nos alimentavam com nós mesmas" (quem assistiu o documentário "Terráqueos" entendeu). Ao mesmo tempo que a revolução proposta na gnose é interior, acredito que a ação é o elemento mais forte capaz de mudar o ser humano. Para agir (como os defensores da abolição da escravatura dos negros, e como defensores da libertação animal, proposta subentendida do filme), é necessária uma mudança interior super intensa, enfrentar os medos do que acontecerá, o orgulho, a ilusão, etc. Creio que somente com base na experiência de gnose que alguém possa ter a força interior de rebelar-se e agir desse modo - filme analisado pelo blog: clique aqui. 

Categoria: 


Diretor: Tom Tykwer, Andy Wachowski

Elenco: Tom Hanks, Halle Berry, Hugh Grant, Hugo Weaving






5. O Homem Que Incomoda (2006)


Em uma estranha cidade onde cada pessoa parece estar estranhamente satisfeita com sua vida, um visitante chega e enfrenta sérios problemas por passar a levantar questões sobre tudo e todos - já analisado pelo blog: clique aqui.


Diretor: Jens Lien

Elenco: Trond Fausa, Petronella Barker, Per Schaanning, Birgitte Larsen


6. Viagem de Chihiro (2001)

No meio da mudança de sua família para o subúrbio, uma taciturna menina de 10 anos vagueia em um mundo regido por deuses, bruxas e monstros, onde os seres humanos são transformados em animais.

Diretor: Hayao Miyazaki

Elenco:  Daveigh ChaseSuzanne PleshetteSusan Egan


7. O Prisioneiro (série de TV, 2009)

Remake de série cult dos anos 1960 sobre um agente do governo que é raptado e enviado para uma remota conhecida como "The Village" - já analisado pelo blog,clique aqui

Diretor: Nick Hurran

Elenco:  Ian McKellenJim CaviezelRuth Wilson



8. Moonrise Kingdom (2012)

Uma dupla de jovens amantes fogem da sua cidade na Nova Inglaterra, o que faz com que um grupo de busca loval se espalhe para encontrá-los - analisado pelo blog: clique aqui.

Diretor: Wes Anderson

Elenco: Jared Gilman, Kara Hayward, Bruce Willis, Bill Murray


9. Lunar (2009)

O astronauta Sam Bell tem um estranho encontro consigo mesmo ao final dos três anos de permanência solitária em uma base lunar que envia para a Terra regularmente parcelas de um minério que ajuda o planeta a resolver seus problemas de energia - já analisado pelo blog, clique aqui.

Diretor: Duncan Jones

Elenco:  Sam RockwellKevin SpaceyDominique McElligott 


10. A Passagem (2005)

A tentativa de um psiquiatra para evitar que seu paciente cometa suicídio, ao mesmo tempo em que ele próprio tenta manter-se dentro da realidade.

Diretor: Marc Forster

Elenco:   Ewan McGregorRyan GoslingKate Burton , Naomi Watts



11. Blade Runner - O Caçador de Andróides (1982)

Deckard, um "blade runner", tem que rastrear e exterminar quatro replicantes que roubaram uma nave no espaço e retornaram para a Terra à procura do seu fabricante.

Diretor: Ridley Scott

Elenco:  Harrison Ford, Rutger Hauer, Sean Young, Edward James Olmos 



12. Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (2004)

Um casal passa por um procedimento de apagamento mútuo das suas memórias quando o seu relacionamento entra em crise, mas é somente através desse processo de perda que descobrem que têm tudo para recomeçar.

Diretor: Michel Gondry

Elenco:   Jim CarreyKate WinsletGerry Robert Byrne


13. Clube da Luta (1999)

Um investigador de seguros procura uma maneira de mudar a sua vida quando cruza com um fabricante de sabonetes que forma um secreto Clube da Luta que se transformará em algo muito mair... - filme já analisado pelo blog: clique aqui.

Diretor: David Fincher

Elenco:  Edward NortonBrad PittHelena Bonham Carter



14. O Show de Truman (1998)

Um vendedor de seguros descobre que a sua vida inteira é na verdade um gigantesco reality show de TV - filme já analisado pelo blog: clique aqui.

Diretor: Peter Weir

Elenco: Jim Carrey, Ed Harris, Laura Linney, Noah Emmerich



15. Branded (2012)

Em um futuro mundo distópico onde as corporações criaram uma população desiludida, o esforço de um homem para desvendar a verdade por trás da guerra entre as marcas que vai levar a uma batalha épica contra as forças ocultas que controlam o mundo - filme já analisado pelo blog: clique aqui. 

Diretor:  Jamie Bradshaw, Alexander Doulerain

Elenco: Ed Stoppard, Leelee Sobieski, Jeffrey Tambor, Ingeborga Dapkunaite



16. Dead Man (1995)

Depois de fugir por ter assassinado um homem, o contador William Blake encontra um estranho indígena chamado "Nobody" que o prepara para uma jornada em um mundo espiritual - filme já analisado pelo blog, clique aqui.

Diretor: Jim Jarmusch

Elenco:  Johnny DeppGary FarmerCrispin Glover



18. A Vida em Preto e Branco (1998)

Dois adolescentes dos anos 1990 são tragados para o interior de um sitcom da década de 1950 onde suas influências mudarão aquele mundo tão conformista - filme já analisado pelo blog: clique aqui.

Diretor: Gary Ross

Elenco: Tobey Maguire, Jeff Daniels, Joan Allen, Reese Witherspoon



19. Eles Vivem (1988)

Um andarilho descobre um par de óculos que lhe permite despertar para o fato de que alinígenas tomaram conta da Terra.

Diretor: John Carpenter

Elenco: Roddy Piper, Keith David, Meg Foster, George 'Buck' Flower


20. O Mágico de Oz (1939)

Através de um tornado Dorothy Gale é tragada para o interior de um mundo mágico e inicia uma busca pelo Mágico que poderá ajudá-la a retornar para casa - filme analisado pelo blog: clique aqui.

Diretor: Victor Fleming

Elenco: Judy Garland, Frank Morgan, Ray Bolger, Bert Lahr


20. A Montanha Sagrada (1973)

Uma figura semelhante a Cristo percorre situações grotescas e bizarras cheio de imagens religiosas e sacrílegas - filme analisado pelo blog: clique aqui.

Diretor: Alexandro Jodorowsky

Elenco: Alejandro Jodorowsky, Horacio Salinas, Zamira Saunders, Juan Ferrara

21. Um  Sonho Dentro de um Sonho (2007)

Um veterano roteirista de cinema vive sua vida em dois estados de existência: na realidade e no seu próprio mundo interior. Quando começa a trabalhar em um script sobre um misterioso assassinato, ele não percebe que sua mente começa a implodir e os personagens do seu roteiro começam a transitar entre a ficção e a realidade - filme já analisado pelo blog, clique aqui.

Diretor: Anthony Hopkins

Elenco: Anthony HopkinsStella ArroyaveChristian Slater 



22. Sr. Ninguém (2009)

Uma fábula que se estende por diferentes zonas do tempo entre o séculos XX e XXI. Um protagonista preso no tempo vê a sua existência como um gigantesco hipertexto com diversos futuros alternativos resultantes das decisões -filme já analisado pelo blog, clique aqui.

Diretor: Jaco Van Dormael

Elenco: Jared LetoSarah PolleyDiane Kruger 


23. A Estrada (2009)

Uma fábula pós-apocalíptica de um homem com seu filho tentando sobreviver por todos os meios possíveis. Em um mundo arrasado por um evento apocalíptico só resta a busca em si mesmo e na lembrança daquilo que foi perdido que não está nesse mundo - filme já analisado pelo blog, clique aqui.

Diretor: John Hillcoat

Elenco: Viggo MortensenKodi Smit-McPheeRobert Duvall



24. El Topo (1970)

El topo decide confrontar mestress guerreiros em uma jornada pelo deserto que se inicia aos seis anos de idade - filme já analisado pelo blog, clique aqui.

Diretor: Alexandro Jodorowsky

Elenco: Alejandro Jodorowsky, Brontis Jodorowsky, José Legarreta, Alfonso Arau



25. Donnie Darko (2001)

Um adolescente problemático é seguido por visões de um enorme coelho que manipula-o para cometer uma série de crimes, depois de escapar por um triz de um bizarro acidente filme já analisado pelo blog, clique aqui. 

Diretor: Richard Kelly

Elenco:  Jake GyllenhaalHolmes OsborneMary McDonnell



26. Vanilla Sky (2001)

Um editor bem sucedido vê sua vida tomando um rumo surreal depois de um acidente de carro junto com a sua ciumenta namorada.

Diretor: Cameron Crowe

Elenco: Tom Cruise, Penélope Cruz, Cameron Diaz, Kurt Russell


27. Matadouro Cinco (1972)

Um homem conta a sua história de como ficou perdido no tempo e foi abduzido por seres alienígenas - filme já analisado pelo blog, clique aqui.

Diretor: George Roy Hill

Elenco:  Michael SacksRon LeibmanEugene Roche





28. Os Agentes do Destino (2011)

Um caso entre um político e uma bailarina é afetado por misteriosas forças que querem separá-los - filme analisado pelo blog: clique aqui.

Diretor: George Nolfi

Elenco: Matt Damon, Emily Blunt, Michael Kelly, Anthony Mackie



29. eXistenZ (1999)

Uma designer de games fugindo de assassinos precisa executar sua última criação em realidade virtual junto com um trainee de marketing para determinar se o game está ou não danificado filme analisado pelo blog: clique aqui.

Diretor: David Cronenberg

Elenco: Jude Law, Jennifer Jason Leigh, Ian Holm, Willem Dafoe



30. Cidade das Sombras (1998)

Um homem luta com sua memórias do passado, incluindo uma esposa de quem não consegue se lembrar em um mundo de pesadelo, sem sol e controlado por seres com poderes telecinéticos que procuram a alma dos seres humanos.

Diretor: Alex Proyas

Elenco: Rufus Sewell, Kiefer Sutherland, Jennifer Connelly, William Hurt



31. Zardoz (1974)

Em um futuro distante, selvagens são treinados unicamente para matar por uma elite entedidada de imortais que existe unicamente para preservar os arquivos da história da humanidade - filme já analisado pelo blog: clique aqui.

Diretor: John Boorman

Elenco: Sean Connery, Charlotte Rampling, Sara Kestelman, John Alderton



32. Kontroll (2003)

Uma fábula sobre um estranho jovem, Bulcsú, que trabalha e vive no metrô de Budapeste e jamais sobe para a superfície. Um serial killer começa a empurrar passageiros nos trilhos e Bulcsú é o primeiro suspeito. Até uma estranha jovem tentar resgatá-lo - filme já analisado pelo blog, clique aqui.

Diretor: Ninród Antal

Elenco:  Sándor CsányiZoltán MucsiCsaba Pindroch



33. Décimo Terceiro Andar (1999)

O cientista de computadores Hannon Fuller descobre alguma coisa extremamente importante relacionada a um projeto de criação de um mundo virtual. Quando está a ponto de revelar para seu colega é misteriosamente assassinado - já analisado pelo blog: clique aqui.

Diretor: Josef Rusnak

Elenco: Craig Bierko, Gretchen Mol, Armin Mueller-Stahl, Vincent D'Onofrio


34. Amnésia (2000)

Um homem que sofre de perda de memória de curto prazo usa um elaborado sistema de tatuagens e pequenas notas para tentar superar sua limitação neurológica e encontrar os supostos homens que teriam matado sua esposa.

Diretor: Christopher Nolan

Elenco: Guy PearceCarrie-Anne MossJoe Pantoliano



35. Immortel (ad vitam) (2004)

Em um distante futuro, a Terra está ocupada por antigos deuses e humanos geneticamente alterados. Quando um deus é sentenciado à morte ele procurará um novo ser humano hospedeiro e uma mulher para dar à luz seu filho.

Diretor: Enki Bilal

Elenco: Linda Hardy, Thomas Kretschmann, Charlotte Rampling, Yann Collette


36. Quero Ser John Malkovich (1999)

Um manipulador de marionetes descobre um portal que literalmente conduz para o interior da cabeça de uma estrela do cinema, John Malkovich - filme já analisado pelo blog, clique aqui.

Diretor: Spike Jonze

Elenco: John CusackCameron DiazCatherine Keener, John Malkovich


37. Identidade (2003)

Presos em um desolado motel em um ponto perdido em Nevada no meio de uma forte tempestade, dez estranhos começam a levantar suspeitas entre si quando, um por um, começa a ser assassinado.

Diretor: James Mangold

Elenco: John CusackRay LiottaAmanda Peet



39. The Lathe of Heaven (1980 filme para TV)

George Orr, um homem cujos sohos podem alterar a realidade, tenta suprimir a imprevisibilidade do presente com drogas.

Diretor: Fred Barzyk, David Loxton

Elenco: Bruce Davison, Peyton E. Park, Niki Flacks, Kevin Conway


39. O Homem Duplo (2006)

Em um futuro próximo, um policial infiltrado se envolve com uma perigosa nova droga e, como resultado, começa a perder sua própria identidade - filme já analisado pelo blog: clique aqui.

Diretor: Richard Linklater

Elenco: Keanu Reeves, Winona Ryder, Robert Downey Jr., Rory Cochrane

40. Sinédoque, Nova York (2008)

Um diretor de teatro entra em conflito com o seu trabalho e com a mulher da sua vida. Então, ele cria uma réplica em tamanho real de Nova York dentro de um armazém, como parte de uma nova peça - filme já analisado pelo blog, clique aqui.

Diretor: Charlie Kaufman

Elenco: Philip Seymour HoffmanCatherine KeenerMichelle Williams



41. O Homem Que Caiu na Terra (1976)

Thomas Jerome Newton é um alien humanóide que vem para a Terra em busca de água para seu planeta que está morrendo. Sua inteligência e revolucionárias invenções atrai corporações que tentam corrompê-lo - filme já analisado por esse blog: clique aqui.

Diretor: Nicolas Roeg

Elenco: David Bowie, Rip Torn, Candy Clark, Buck Henry