terça-feira, 17 de maio de 2016

Ética, ciência e mercado - EDUARDO GIANNETTI

https://www.facebook.com/caetanodable/posts/10206729664303279

O mercado tem méritos e defeitos, mas ele não tem o dom de transformar os seres humanos em anjos ou libertinos, Wittgensteins ou Genghis Khans. O que ele faz -e para isso ele existe- é registrar, processar e refletir o que as pessoas são.
Se os homens são seres insaciáveis e se eles rejeitam o juízo platônico de que "a pobreza resulta do aumento dos desejos do homem e não da redução das suas posses", então a única coisa que se pode esperar do mercado é que ele coordene as ações desses homens, ou seja, que ele impeça que o entrechoque dos egoísmos descambe para uma babel destrutiva e que ele canalize essa sede insaciável de ganho para a criação de riqueza.
É muito, embora seja pouco. O mercado, como a ciência, está entre as mais extraordinárias realizações da humanidade. O erro é imaginar que eles possam prescindir da ética ou substituí-la.

Ética, ciência e mercado - EDUARDO GIANNETTI (o texto todo é sensacional!)
in http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq18069820.htm

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