. BIOSÍNTESE DE ÁCIDO GRAXO
A despeito da limitada reversibilidade das reações da beta-oxidação, o processo de
biossíntese dos ácidos graxos é efetuado por um mecanismo completamente distinto, que
não veremos em detalhes. No entanto o substrato (matéria prima) para a célula fabricar
os ácidos graxos é o acetil-CoA.
Os 2 carbonos da extremidade metil do ácido graxo é fornecida pelo acetil-CoA, enquanto
o alongamento da cadeia é feito pela adição de fragmentos contendo 2 átomos de
carbono fornecidos pelo malonil-CoA. O malonil-CoA é formado pela carboxilação do
próprio acetil-CoA mediante catálise pela acetil-CoA carboxilase (enzima que está sob o
efeito alostérico de citrato –as implicações deste fato na regulação do metabolismo,
especialmente na deposição de gordura nos animais e humanos, será posteriormente
estudada).
Como o acetil possui um carbono oxidado (na forma de carbonilo: –CO-), o mesmo deve
ser reduzido a grupo metileno (-CH2-) para integrar a molécula do ácido graxo. Tal
redução (inserção de H e elétrons) é propiciada pelo poder redutor do NADPH+H, o qual
é exigido em grande quantidade para a montagem da molécula do ácido graxo.
Este poder redutor (NADPH+H) é gerado pela Via Pentose Fosfato (VPP), razão pela
qual a mesma é particularmente atuante nas glândulas mamárias, onde a síntese de
gordura (do leite) é requerida. O mesmo poder redutor é exigido no córtex supra-renal
para a síntese dos esteróides e no tecido adiposo para a deposição da gordura
subcutânea.
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