Melhores filmes de 2012
Por André Dick
Fonte: http://cinematographecinemafilmes.wordpress.com/category/melhores-filmes-de-2012/
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O cinema em 2012 teve grandes momentos, independente do número de produções com qualidade. Se nos Estados Unidos já se comenta os lançamentos de favoritos para as indicações ao Oscar, e indicados ao Globo de Ouro, como A hora mais escura, Django livre,Lincoln, O mestre, O lado bom da vida, para uma análise do que se passou nos cinemas brasileiros em 2012, ainda tratamos de filmes indicados ao Oscar do ano passado – ou simplesmente esquecidos por ele, como Drive (indicado apenas à categoria de melhor edição de som).
O cult artístico é, sem dúvida, Holy Motors, filme francês, sem, contudo, o sucesso nas bilheterias de Os intocáveis. O blockbuster derradeiro é O hobbit, que vem sendo, de maneira quase unânime, nos Estados Unidos, visto com desconfiança, considerando-o longo demais.
Ano em que tivemos o encerramento de duas séries (a atual trilogia Batman e Crepúsculo), um filme divertido de heróis (Os vingadores), a reinvenção do agente 007 (Operação Skyfall), dois Spielberg (Cavalo de guerra e As aventuras de Tintim), dois Tim Burton (Sombras da noite e Frankenweenie), uma antecipação decepcionante da temporada do Oscar 2013 (Argo), outra interessante (As aventuras de Pi), um Woody Allen italiano (Para Roma com amor), duas cinebiografias (J. Edgar e Sete dias com Marilyn), um retrato do preconceito nos Estados Unidos nos anos 1960 (Histórias cruzadas), lembranças do cinema mudo e em preto e branco (O artista), fábula dos Irmãos Grimm (Branca de Neve e o caçador), um Fernando Meirelles irreconhecível (360), comédias sobre relações desgastadas (O exótico Hotel Marigold e Um divã para dois) e de política (O ditador). Destaque-se também 50%, com Joseph Gordon-Levitt (que participou também de Batman e Looper), que saiu, infelizmente, direto em DVD. Alguns filmes superestimados: Holy Motors, Shame,Precisamos falar sobre o Kevin, Argo, Deus da carnificina.
Filmes que hoje fariam um TOP 25: A separação (Asghar Farhadi), As vantagens de ser invisível (Stephen Chbosky), Um alguém apaixonado (Abbas Kiarostami), Caminho para o nada (Monte Hellman), Pina (Wim Wenders), Políssia (Maïwenn), No (Pablo Larraín),Sombras da noite (Tim Burton), 007 – Operação Skyfall (Sam Mendes), O artista (Michel Hazanavicius) (atualizado em 21 de janeiro de 2014).
O cult artístico é, sem dúvida, Holy Motors, filme francês, sem, contudo, o sucesso nas bilheterias de Os intocáveis. O blockbuster derradeiro é O hobbit, que vem sendo, de maneira quase unânime, nos Estados Unidos, visto com desconfiança, considerando-o longo demais.
Ano em que tivemos o encerramento de duas séries (a atual trilogia Batman e Crepúsculo), um filme divertido de heróis (Os vingadores), a reinvenção do agente 007 (Operação Skyfall), dois Spielberg (Cavalo de guerra e As aventuras de Tintim), dois Tim Burton (Sombras da noite e Frankenweenie), uma antecipação decepcionante da temporada do Oscar 2013 (Argo), outra interessante (As aventuras de Pi), um Woody Allen italiano (Para Roma com amor), duas cinebiografias (J. Edgar e Sete dias com Marilyn), um retrato do preconceito nos Estados Unidos nos anos 1960 (Histórias cruzadas), lembranças do cinema mudo e em preto e branco (O artista), fábula dos Irmãos Grimm (Branca de Neve e o caçador), um Fernando Meirelles irreconhecível (360), comédias sobre relações desgastadas (O exótico Hotel Marigold e Um divã para dois) e de política (O ditador). Destaque-se também 50%, com Joseph Gordon-Levitt (que participou também de Batman e Looper), que saiu, infelizmente, direto em DVD. Alguns filmes superestimados: Holy Motors, Shame,Precisamos falar sobre o Kevin, Argo, Deus da carnificina.
Filmes que hoje fariam um TOP 25: A separação (Asghar Farhadi), As vantagens de ser invisível (Stephen Chbosky), Um alguém apaixonado (Abbas Kiarostami), Caminho para o nada (Monte Hellman), Pina (Wim Wenders), Políssia (Maïwenn), No (Pablo Larraín),Sombras da noite (Tim Burton), 007 – Operação Skyfall (Sam Mendes), O artista (Michel Hazanavicius) (atualizado em 21 de janeiro de 2014).
15. Batman – O cavaleiro das trevas ressurge
Um milionário amargurado em sua mansão, mantendo-se com a ajuda do mordomo, resolve voltar à ativa em sua persona de herói depois que uma empregada decide roubá-lo e um jovem policial o identifica como aquele que tentara salvar a cidade anos antes. Seu passado retorna na figura de Bane, e é preciso controlá-lo. Nesta aventura, Nolan sobrepuja o segundo filme, retomando um diálogo com o primeiro e, apesar das cenas evocarem a realidade, estamos certos de que aqui há mais fantasia e otimismo, além de um elenco em grande momento (não apenas Bale e Hathaway, mas principalmente Michael Caine e Gary Oldman). Leia mais.
14. As aventuras de Tintim
Para descobrir um mistério relacionado à maquete de um navio, o personagem de Hergé, acompanhado do seu cão Milu, vai parar num navio de verdade, e encontra o capitão Haddock, quase o tempo todo inconsciente. O humor acertado (algo raro em se tratando de Spielberg), com o batedor de carteiras e os detetives atrapalhados Dupond e Dupont, garante uma diversão ininterrrupta. Spielberg parece com saudades de Indiana Jones e de E.T., deixando para trás Cavalo de guerra. Seu Tintim é animação em grande estilo. Leia mais.
13. Jovens adultos
A atriz Charlize Theron finalmente encontra o papel de sua carreira em Mavis Gary, escritora de livros infantojuvenis que volta à cidade de onde saiu para tentar reconquistar o ex-namorado, ao mesmo tempo em que faz uma amizade – conturbada – com um rapaz do qual debochava em seus tempos de colégio. Não querendo reencontrar os pais, ela prefere ficar no hotel tomando Coca-Cola, enquanto espera o seu amor ressurgir. Segundo Jason Reitman, isso se torna mais difícil com os humores de Mavis. Uma espécie de drama agridoce, em que descobrimos, junto com a protagonista, a graça – ou não – de sua passagem por essa cidade. Leia mais.
12. Ted
Comédia mais divertida do ano, traz a história do ursinho falante que tenta ajudar aquele que o idealizou por meio de um pedido de natal. Grosseiro, mesmo que nunca desagradável, Seth MacFarlane faz com que até o Flash Gordon oitentista participe da festa em que o personagem-título, por medo de decepcioná-lo, resolve partir para os malfeitos. Não há maneira de não rir de determinadas situações, a não ser que não se goste da ideia mais absurda em muitos anos: o urso de pelúcia procurando emprego de terno e gravata e xingando o entrevistador. Leia mais.
11. As aventuras de Pi
Ang Lee adapta o romance de Yann Martel com uma sensibilidade que mescla filosofia e religião, com efeitos especiais espetaculares e a atuação notável de Suraj Sharma. A história do jovem que precisa competir com um tigre de Bengala por um bote em alto-mar, depois do naufrágio do cargueiro que levava sua família para o Canadá, é feito em escalas de realismo e dramaticidade. O espectador acompanha seu olhar durante todo o percurso, para compreender, enfim, as descobertas da infância. Leia mais.
10. Cosmópolis
O falatório ininterrupto deste David Cronenberg não impede de ser uma das obras mais divertidas do ano. Pattinson excelente, em duelo verbal com Binoche e outros, mostra uma corrosiva crítica não apenas ao capitalismo, mas a quem o contesta. Nos letreiros de Nova York, com suas frases marxistas, temos um pedaço da síntese de um universo contemporâneo, em que o anti-herói deseja comprar uma Capela para colocar dentro de sua sala. Não há espaço para o tempo; tudo se resume a nanossegundos e à tentativa de convencer o outro pela saturação de ideias. Leia mais.
9. Prometheus
Depois de anos afastado da ficção científica, Ridley Scott, ultrapassando furos de roteiro e possíveis escolhas equivocadas no elenco, traz uma obra de porte considerável e desde já memorável. O que importa não é ser o início da série Alien, e sim como Scott pode se manter tanto tempo afastado do gênero que domina como poucos, em que consegue mesclar sua visão humana com a solidão do espaço sideral. A nave e David (Bowman) são os protótipos da invenção e das escolhas humanas, mas são muito mais sua tentativa de superação. Leia mais.
8. Na estrada
Envolvido com esta adaptação de Jack Kerouac desde a finalização de Diários de motocicleta, Walter Salles apresenta um filme desde já em parte injustiçado, mas que com o tempo será reconhecido. Trata-se de uma adaptação respeitável de um período em que determinados escritores tentaram transformar o movimento pela estrada em movimento literário, contudo sem conseguir escapar da melancolia. Não se espere simplesmente sexo, drogas e rock’n’roll; é sobre perdas e reencontro. Difícil outra interpretação este ano tão contundente quanto a de Garret Hedlund, o Dean Moriarty, Dean Moriarty, que possivelmente não estará entre os indicados ao Oscar. Uma verdadeira injustiça. E não, não é material para Tarantino. Leia mais.
7. Millennium – Os homens que não amavam as mulheres
Uma chamada “obra falha”, não fosse o diretor David Fincher, e sua vontade constante de surpreender o espectador, desta vez voltando ao gênero policial, em que o James Bond Daniel Craig não consegue efetivamente ser o herói. Rooney Mara é seu complemento para a busca de um caso que pode solucionar não apenas a vida de um ricaço, mas toda uma família, ainda presa a acontecimentos do passado. O clima gélido e os cenários distantes tornam esta uma das obras que mais conseguem aproximar o espectador dos personagens. Quando Fincher os mostra, estamos em meio à ação. Leia mais.
6. O homem que mudou o jogo
Para quem busca uma análise do beisebol, não é necessário filmes como esse. Para quem busca uma análise sobre a relação entre o ser humano (e as plateias) com o esporte, uma verdadeira descoberta. Brad Pitt e Jonah Hill são os primeiros a quebrar o muro de desconfiança para tentarem levar o time à vitória. Não estão atrás da vitória do time, e sim de entenderem por que, afinal, o vencedor se faz de jogos ganhos e falhas ultrapassadas, sem que se dê espaço para isso no dia a dia. Leia mais.
5. O hobbit – Uma jornada inesperada
Acusado de dividir o romance de Tolkien em três partes, como O senhor dos anéis, para faturar acima do que deveria, Peter Jackson oferece mais provas de que é um dos cineastas mais criativos a surgir nas últimas duas décadas, apresentando o início da peregrinação de Bilbo para ajudar um grupo de anões a recuperar sua casa. Entre cenas de ações movimentadas e divertidas, direção de arte impressionante e atuações memoráveis de Martin Freeman e Ian McKellen, o espectador volta a um universo do qual sentia falta, ainda mais ampliado e inesquecível. Leia mais.
4. Drive
Uma coleção de imagens magnéticas, com trilha pulsante, temos aqui uma das melhores atuações de Ryan Gosling e a descoberta de um novo grande diretor. Sem ter o foco na ação, ou em corridas de carros, Refn filma o estranho motorista, e enigmático dublê, como uma síntese do cinema de Hollywood, por trás da máscara de látex. Sua vizinha e seu filho representam a família ideal e, acima de tudo, a chance de um recomeço. Drive parece saturar todos os seus elementos pop numa elétrica parte final, onde a previsibilidade de Hollywood se converte em sintetizadores. Leia mais.
3. A invenção de Hugo Cabret
Depois de anos entre obras não tão bem-sucedidas, Scorsese ingressa num terreno incomum para sua filmografia: o filme infantojuvenil. Ele não deseja ser Spielberg, apesar de o universo que retrata ser fantástico. Para Scorsese, o que importa é a história do cinema e como chegamos até ela, hoje em dia. O cinema seria a base de nossa infância, como a biblioteca na estação de trem. Já para Hugo Cabret, o cinema pode ser a maior aventura de todas, mas, principalmente, a razão para compreender quem não entende e redescobrir o seu pai. Scorsese é Hugo. Leia mais.
2. Os descendentes
A dor é o mote de Alexander Payne em toda sua obra, e aqui não é diferente. O Matt King de George Clooney traz a versão mais humana do ator, o seu grande momento de interpretação, na tentativa de se conectar com suas filhas, que estão com sua mãe em coma. Lembrar-se do passado ou perdoar o presente, ao mesmo tempo em que se tenta vender um enorme terreno no Havaí, retrata a busca de Matt em busca de algo que precisa ser encontrado e explicado. As paisagens belas não atenuam o sofrimento, mas o importante é a conexão que falta para que se possa seguir em frente. Leia mais.
1. Moonrise Kingdom
O cineasta Wes Anderson consegue emplacar, nesta coleção de imagens que lembram um lugar remoto da infância, o seu estilo e o seu elenco em movimento de peça de teatro. O dilúvio de Benjamin Briet, com a trilha detalhista de Alexandre Desplat, faz despontar o que há ainda para ser lembrado de cada coleção de aventuras de Sam e Suzy, perseguidos (embora também esquecidos) pelos pais e por um grupo de escoteiros. Segundo Anderson, o compromisso começa por uma sucessão de cartas coloridas e pela vitrola em cima da areia, diante de uma enseada em meio à neblina. Uma obra inesquecível. Leia mais.
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