Nos encontros, o que menos importa é avançar rápido, cumprir um programa. O data show projeta um parágrafo. O labirinto da página se agiganta na tela. Clareza visual, condição do enfrentamento pelo sentido. A sua interpretação inicial, se houver alguma, é digitada. A primeira frase do texto estudado é isolada. Conversamos a respeito dela. Vasculhamos alguma idéia que, supomos, tenha a ver. Experiências e relatos são bem vindos. O mesmo procedimento é adotado para as frases seguintes. Tentamos relacioná-las com as anteriores. Quando todas as frases tiverem sido discutidas, a interpretação inicial do texto é relida. E, se for o caso, reformulada. No final do encontro, você leva tudo que está na tela. O texto e o que foi dito sobre ele. Por e-mail ou impresso. Resultado inédito de uma produção filosófica daquele momento.
Ao longo das aulas, as reflexões já propostas são resgatadas e servem de suporte para novas interpretações. Os textos fazem lembrar, cada vez mais facilmente, as idéias já discutidas. Você começa a tomar a iniciativa de propor links. De ler novos textos. Por conta própria. De interpretar flagrantes de mundo, da própria existência, segundo novos referenciais. O labirinto vai recebendo indicações de direção. E, aos poucos, você vai pensando diferente. Só isso. Diferente
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