Seleção do programa resume carreira do pianista Bill Evans
Com Vinicius Mesquita
http://services.radio.uol.com.br/#/programa/uol-that-jazz/edicao/9639261
Bill Evans foi um dos mais influentes pianistas entre o final dos anos 1950 e a metade dos anos 1970. Após ter participado da gravação de "Kind Of Blue", de Miles Davis, álbum fundamental do cool jazz, Evans tornou-se um dos improvisadores referenciais de sua época e exemplo a ser seguido. Neste programa, o UOL That Jazz mostra alguns trabalhos notáveis da carreira de Evans pós-Miles, entre dezembro de 1959 até sua morte, em 1980, aos 51 anos.
A música "Some Day My Prince Will Come" (Larry Morey e Frank Churchill) pertence ao disco "Portrait in Jazz", gravado em 1959 ao lado dos companheiros mais relevantes de sua vida, o baixista Scott LaFaro e o baterista Paul Motian. Depois, vem a clássica "Waltz For Debby" (Bill Evans), do álbum homônimo, gravado em 1961 com o mesmo trio.
Músicas que fazem parte dessa edição:
1. "Some Day My Prince Will Come" - Bill Evans (Morey/Churchill)
2. "Waltz For Debby" - Bill Evans (Bill Evans)
3. "Alice in Wonderland" - Bill Evans (Hilliard/Fain)
4. "Since We Met" - Bill Evans (Bill Evans)
5. "Round Midnight" - Bill Evans (Monk/Williams)
6. "Emily" - Bill Evans (Mandel/Mercer)
7. "Romain" - Bill Evans e Jim Hall (Jim Hall)
8. "What Are You Doing The Rest of Your Life" - Bill Evans (Michel Legrand)
9. "Waltz for Debby" - Bill Evans e Tony Bennett - (Bill Evans)
10. "Them From M.A.S.H." - Bill Evans (Johnny Mandel)
Evans tinha a enorme facilidade em transformar temas pueris e monótonas em músicas complexas e belas. "Alice in Wonderland" (Bob Hilliard e Sammy Fain), composição encomendada para produção da Disney, ganhou novas cores, em 1961, durante show ao vivo registrado no disco "Sunday At The Village Vanguard". Em outra apresentação ao vivo no Village Vanguard, em Nova York, boate preferida de Evans, o pianista mostra sua composição "Since We Met", em 1974, com Eddie Gomez no baixo e Marty Morell na bateria.
Durante as incursões solitárias ao piano, Evans gostava de transfigurar clássicos do jazz e do cancioneiro popular Americano. No programa, trazemos "Round Midnight" (Thelonius Monk e Cootie Williams), gravado em 1963 no disco "Conversations With My Self" e "Emily" (Johnny Mandel e Johnny Mercer), registrado quatro anos depois em um segundo capítulo solo: "Further Conversations With My Self".
Na seqüência, algumas curiosidades, experiências e duetos de Evans. A faixa "Romain" (Jim Hall), do álbum "Undercurrent", gravado em 1962, foi executada com o apoio do guitarrista Jim Hall. Em 1969, conduzindo um piano elétrico Fender Rhodes, Evans grava "What Are You Doing The Rest of Your Life" (Michel Legrand) no disco "From The Left to Right".
A peça assinatura "Waltz for Debby" também ganhou letra para a interpretação vocal de Tony Bennett em disco lançado em 1975. A versão para "Theme From M.A.S.H." (Johnny Mandel) está no álbum "You Must Believe in Spring", gravado em 1977, mas lançado em 1981, um ano após a morte de Eva
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Bill Evans | |
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Informação geral | |
Nome completo | William John Evans |
Nascimento | 16 de Agosto de 1929 |
Origem | Plainfield (Nova Jérsei) |
País | EUA |
Data de morte | 15 de setembro de1980 (51 anos) |
Gênero(s) | Jazz, modal jazz, hard bop,Terceira corrente, Cool Jazz |
Instrumento(s) | Piano |
Outras ocupações | Pianista, compositor, arranjador |
Gravadora(s) | Riverside Records Verve Records Fantasy Records |
Afiliação(ões) | George Russell Miles Davis Cannonball Adderley Philly Joe Jones Scott LaFaro Paul Motian Eddie Gomez Marty Morell |
William "Bill" John Evans
(Plainfield, 16 de agosto de 1929 — Nova Iorque, 15 de setembro de 1980) foi um pianista americano, considerado um dos mais importantes músicos de jazz da história, sendo até hoje uma das referências do piano de jazz pós-50.
Seu uso da harmonia impressionista, suas interpretações inventivas do repertório tradicional de jazz e suas linhas melódias sincopadas e polirrítmicas influenciaram toda uma geração de pianistas, incluindo Herbie Hancock, Denny Zeitlin, Chick Corea e Keith Jarrett. Seu trabalho continua a influenciar jovens pianistas como Fred Hersch, Esbjörn Svensson, Bill Charlap e Lyle Mays, e músicos que tocam outros instrumentos, como o guitarrista John McLaughlin.
Biografia
Sua mãe era pianista amadora com interesse em compositores clássicos modernos, o que originou sua formação clássica ao piano aos 6 anos de idade. Aprendeu flauta aos 13 anos e também tocava violino.
Nos anos 40, tocou boogie woogie em vários clubes novaiorquinos. Recebeu uma bolsa na Southeastern Louisiana University e se formou em 1950 em piano e ensino de música. Mais tarde, estudou composição naMannes College of Music. Após algum tempo no exército, tocava em vários clubes de dança com clarinetistas e guitarristas de jazz.
Trabalhando em Nova Iorque nos anos 50, Evans ganhou fama como sideman em bandas tradicionais e as chamadas Third Stream.
Durante esta época, ele teve a oportunidade de gravar em vários contextos com alguns dos maiores nomes do jazz, entre eles George Russell, Charles Mingus, Oliver Nelson e Art Farmer.
Em 1956 lançou seu álbum de estréia, New Jazz Conceptions, para a Riverside Records, já incluindo aquela que se tornaria a sua mais conhecida composição, "Waltz for Debbie".
Em 1958, Evans era o único músico branco no afamado sexteto de Miles Davis. Apesar da pouca duração ( foram só 8 meses) foi uma das colaborações mais frutíferas da história do jazz. Fruto dessa colaboração é o álbum Kind of Blue(lançado em 1959), do qual participaram também Cannonball Adderley (saxo alto), John Coltrane (saxo tenor), Paul Chambers (baixo) e Jimmy Cobb (bateria). A Kind of Blue é o álbum mais vendido da história do jazz. Evans deixou o sexteto por conta de seu desejo de trabalhar em projetos próprios, pelos problemas com o uso de drogas e conflitos com outros membros da banda.
No começo dos anos 60 Evans liderou um trio com o baixista Scott LaFaro e o baterista Paul Motian, um dos mais aclamados trios de jazz de todos os tempos. Gravaram Portrait in Jazz, (1959), Explorations, Sunday at the Village Vanguard e Waltz for Debby, todos em 1961.
A morte prematura de LaFaro, aos 25 anos de idade, num acidente automobilístico, lançou Evans e Motian numa profunda crise, com uma interrupção no trabalho em trio, da qual começaram a sair com a chegada do contrabaixistaChuck Israels.
Bill tocou também com Jim Hall, Freddie Hubbard, Stan Getz, com orquestras dirigidas por Claus Ogerman, e com Tony Bennett.
Sua carreira foi encurtada devido a problemas com drogas, que minaram severamente sua saúde; no entanto, Evans conseguiu manter um alto padrão de qualidade musical em sua discografia.
De acordo com o famoso crítico de jazz Joachim E. Berendt, Evans foi o primeiro pianista moderno "modal". Seu fraseado elegante e suas harmonias sofisticadas indicam influências de Debussy, Ravel e, recuando um pouco no tempo, até mesmo Chopin.
Morreu de insuficiência hepática e hemorragia interna prococadas pelo uso continuado de heroína e cocaína.
Discografia
- New Jazz Conceptions (1956)
- Everybody Digs Bill Evans (1958)
- Green Dolphin Street (1959, só lançada nos anos 70)
- Portrait in Jazz (1959)
- Explorations (1961)
- Sunday at the Village Vanguard (1961)
- Waltz for Debby (1961)
- How My Heart Sings (1962)
- Interplay (1962)
- Moonbeams (1962)
- Conversations With Myself (1963)
- The Solo Sessions (2 volumes 1963)
- At Shelly's Manne Hole (1963)
- Waltz for Debby (com Monica Zetterlund) (1964)
- The Ivory Hinters (com Bob Brookmeyer (piano)) (1959)
- Undercurrent com Jim Hall (1963)
- Trio '64 (1964)
- Trio '65 (1965)
- Bill Evans Trio with Symphony Orchestra (1965)
- Bill Evans at Town Hall (1966)
- Intermodulation (com Jim Hall) (1966)
- Symbiosis (1974)
Ligações externas
- Bill Evans entry at the Jazz Discography Project
- The Work of Claus Ogerman - Bill Evans' work with composer/arranger/conductor Claus Ogerman is documented here in a pictorial discography of original álbuns and compilations - many with explanatory liner notes.
- Signifying Junkie: A Non-Believer’s Appreciation of Bill Evans, by Tom Djll (also includes the full text of Larry Kart's critique of Evans)
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