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Particionamento de disco (HD)
A intenção deste artigo é ajudar aos iniciantes na tarefa de particionar um disco rígido (HD) de uma forma didática e de fácil compreensão. Com as dicas apresentadas aqui, o usuário iniciante em instalações de sistemas operacionais não sentirá dificuldade alguma nesta tarefa.
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Introdução
Sem querer “chover no molhado”, dada a existência de diversos tópicos sobre esse assunto, a partir da dificuldade que encontrei em realizar esse procedimento, resolvi escrever esse tópico, como um tutorial, com uma característica didática.
Notebooks evoluem...
Uma situação muito comum: a pessoa compra um notebook novo, que vem com o Windows 8 pré-instalado e na sua primeira experiência de uso, se irrita e resolve trocar o sistema. Tem muitas pessoas que chegaram a optar por enviar o notebook a um “técnico” para formatar e instalar o Windows 7 (muitas vezes pirata...). Outras, migraram para o GNU/Linux.
Antigamente, ao ligar o aparelho, bastava manter pressionada a tecla de acesso ao setup da BIOS (F2, delete, F12, dependendo do fabricante) e alterar a sequência de inicialização. Ocorre que os PCs atuais estão vindo com um sistema UEFI (Unified Extensible Firmware Interface), que permite uma inicialização mais rápida, o que não é exatamente uma novidade.
A Apple já utiliza esse sistema nos Macbooks há vários anos, usando a tabela GUID (Globally Unique IDentifier) de particionamento de disco GPT (GUID Partition Table), em vez do MBR (Master Boot Record). Nas palavras de Ignacho, Guia do Hardware http://www.hardware.com.br/comunidade/mitos-definitivo/1340637/
Entendendo o particionamento de HD
Na figura é possível observar um HD desmontado, com o disco, o atuador e o braço do leitor de dados. Com o HD desligado, o braço do leitor fica do lado de fora do disco e durante o desligamento, esse braço é movido do centro para fora (o que explica a necessidade de aguardar o desligamento com segurança...). O conjunto de setores dentro do mesmo raio de circunferência dos discos sobrepostos é entendido como um cilindro e pode ser delimitado em partições, chamadas primárias.
No sistema MBR, que consiste na divisão dos discos do HD em setores delimitados pelo raio da circunferência, de fora para dentro, sendo o setor mais externo reservado para a gravação das especificações técnicas do disco e para o gerenciador de arranque do sistema (gerenciadores de boot, como Grub, Lilo, Chameleon, Boot.ini), existe uma limitação de quatro partições primárias. É possível remediar isso, transformando uma partição primária em uma partição estendida, que pode ser dividia em partições lógicas, delimitadas por setores mapeados a partir da quantidade de bytes contados de fora para dentro, possibilitando uma divisão de até 255 partições. Logicamente, essa divisão por setor de disco não é tão confiável quanto a delimitação por raio de circunferência, especialmente quando o disco para repentinamente, por falta de energia ou travamento do Sistema Operacional.
No sistema GPT, os setores também são delimitados por raio de circunferência, mas além de não haver a limitação de partições primárias (são permitidas até 128), existem dois espaços reservados para a gravação das especificações técnicas do disco, no setor mais externo e no mais interno, num sistema redundante, que serve como recurso de segurança contra corrupção de dados em situações de travamento ou falta de energia.
E daí?
Com UEFI, o acesso ao setup da BIOS precisa ser habilitado pelo sistema operacional (Windows 8, em geral), seguindo os passos descritos pelo Tecmundo http://www.tecmundo.com.br/tutorial/31350-windows-8-tres-maneiras-de-acessar-as-opcoes-de-boot.htm
Depois de habilitado, alguns parâmetros precisam ser considerados. Desde o kernel 3.3 o GNU/Linux passou a suportar o UEFI e seu secure boot. Contudo, no caso do ubuntu, até o 12.10, existia o inconveniente. Durante o processo de particionamento de disco, o Gparted usava o padrão MBR, que além das limitações de particionamento (apenas quatro partições primárias), não era compatível com o UEFI.
Assim, para instalar o Ubuntu 12.04LTS e 12.10, é preciso desabilitar o secure boot (em algumas versões aparecia simplesmente como UEFI) na BIOS e ativar o Launch CSM e Launch PXE OpROM (em algumas versões aparecia simplesmente como legacy). A partir do 13.04 não há a necessidade de se desabilitar o secure boot, pois o Gparted utiliza como padrão o particionamento em GUID.
Contudo, existem algumas mudanças em relação ao estilo de particionamento. Antes, com MBR, era comum a pessoa criar quatro partições primárias:
sda1 = FAT32 = para receber o Windows (que na instalação, NTFS)
sda2 = Swap = entre 250MB e 4GB, dependendo se a opção hibernar será usada
sda3 = EXT4 = para instalação do Ubuntu, ponto de montagem /
sda4 = FAT = armazenamento de arquivos, acessíveis aos dois sistemas.
Isso, porque na tabela MBR só são permitidas quatro partições primárias e devemos evitar o máximo possível a utilização de partições lógicas http://ubuntuforum-br.org/index.php/topic,90799.0.html
Com as mudanças do UEFI, o desempenho do sistema e possibilidade de mais partições primárias da tabela GUID recomendam uma lógica diferente:
sda1 = EFI = Inicialização do sistema, com pelo menos 300MB
sda2 = FAT32 = para receber o Windows
sda3 = Swap = 4GB (vai que se resolva usar a função hibernar...)
sda4 = EXT2 = ponto de montagem /boot, com pelo menos 300MB
sda5 = EXT4 = para instalação do ubuntu, ponto de montagem /
sda6 = EXT4 = para a /home
A separação da /boot em uma partição EXT2 se justifica pelo fato de que por esse sistema de arquivos não possuir a função journaling (que permite ao Sistema Operacional manter um registro das mudanças recentes no disco, evitando que os arquivos se corrompam em caso de travamento ou falta de energia), a velocidade de leitura seria maior, o que seria vantajoso na inicialização, especialmente para a função fast boot do UEFI, enquanto que manter a /home em partição separada facilita muito numa eventual atualização de distribuição.
Como o ubuntu é suportado pelo UEFI, assim como acontece num dual boot entre MacOS e Ubuntu, se no particionamento de disco se fizer a opção de instalar o gerenciador de inicilização GRUB2 na partição com ponto de montagem /boot (em vez da raiz /), teoricamente, o gerenciador de inicialização do windows reconheceria a existência de um segundo sistema operacional seguro. Para, isso, em algumas versões da BIOS, é preciso alterar a opção de sistema operacional, de Windows para Outros.
Importante: Ao instalar o ubuntu e particionar para o windows, aconteceu algo curioso. Mesmo tendo separado a partição em fat32 e a partição EFI, ao instalar o Windows apareceu a mensagem que o sistema não podia ser instalado em tabela GPT. Como assim? O EFI que caracteriza o fast startup do Windows 8 depende desse formato. Ocorre que, se antes de começar a instalação, se a BIOS for configurada para desabilitar o UEFI, Secure Boot e habilitada para Legacy ou Lauch CSM, o Windows parece que entende que o particionamento é MBR, não reconhece a partição EFI e tenta emular um EFI, criando uma única partição.
Por outro lado, se instalar o Windows primeiro, nessa configuração, fica difícil instalar o ubuntu, porque o Windows ocupa duas partições primárias e faz isso em MBR. Ao instalar o ubuntu, não tem como colocar /boot, / e swap em partições primárias. Para resolver isso, é necessário:
1) Habilitar o UEFI, Secure Boot e FastBoot;
2) Instalar o Windows, excluindo a tabela de partições e já criando uma nova tabela, considerando as três partição necessárias para o ubuntu (boot, raiz e swap), porque se deixar como espaço não alocado e tentar particionar pelo live-usb do Ubuntu, existe um risco de corrupção devido ao fato de que o EFI controla as mudanças no disco e ele não está montado durante a sessão live-usb;
3) E o mais importante, que é desabilitar a função fast startup do Windows, porque essa função faz com que o HD não seja desligado completamente, impedindo que a tabela de partições seja visualizada na sessão live-usb (aparece como se fosse tudo espaço não alocado) e não reconheça que ali existe uma instalação do Windows
ubuntu e Windows, lado a lado...
Normalmente, se a pessoa não se irritou com o Windows8 ao ponto de querer removê-lo completamente, o processo automático, de instalar o ubuntu ao lado do Windows com redimensionamento de partições funciona, desde que:
1) Tenha feito a desfragmentação do sistema Windows antes de começar a instalação;
2) Se use uma versão do ubuntu igual ou superior a 13.04, sempre amd64.
Se a partição NTFS onde o Windows está instalado estiver fragmentada, o que normalmente acontece após a instalação e atualização, existe uma grande chance de corromper os arquivos. Se usar uma versão anterior do ubuntu, devido ao fato do Gparted ainda usar o padrão MBR, o redimensionamento automático acaba corrompendo a tabela de partições. Pelo sim, pelo não, para evitar problemas futuros, recomenda-se anotar o número de série do Windows, que não vem mais colado em etiqueta e sim gravado digitalmente na BIOS. Para tanto, existem aplicativos como wpkey, da Microsoft.
Sendo assim, para instalar o ubuntu ao lado da instalação original do Windows 8, basta desfragmentar o Windows antes de começar e usando um versão igual ou superior ao 13.04 amd64, seguir as opções do instalador, escolhendo a opção “instalar ao lado do Windows” e redimensionando as partições do Windows e Ubuntu de acordo com a necessidade. Depois de concluída, na inicialização, deve aparecer o menu do gerenciador de inicialização GRUB, com as opções de escolha entre Ubuntu, Recovery, Memory Test e Windows. (Na opção automática de instalação ao lado do Windows, a GRUB é instalado na raiz do HD)
Importante Depois disso, ao acessar BIOS, sem que o pendrive ou DVD esteja no notebook, nas opções de boot aparece Windows Boot Manager, Ubuntu e Ubuntu, todos EFI. Então, deve-se marcar os ubuntus como as primeiras opções (esqueci esse detalhe no processo e por achar que tinha falhado acabei perdendo tempo repetindo e estudando o que foi feito, quando na verdade, bastava ter desabiltado a função fast startup do Windows e marcado o ubuntu como primeira opção na BIOS...)
Instalação limpa, do zero
Os fabricantes de notebooks, assim como com os Smartphones, personalizam o sistema operacional do Notebook, modificações e aplicativos próprios, muitas vezes desnecessários. Além disso, mantém um espaço reservado para recuperação do Windows às condições de fábrica, que acaba diminuindo a disponibilidade de espaço do disco.
Seja por isso, seja porque a instalação anterior acabou por “ferrar” com o Windows, sempre haverá a opção de se instalar de novo, do zero.
Para tanto, deve-se inserir a mídia com a imagem do Ubuntu (pendrive ou DVD) no aparelho e depois acessar a BIOS, porque no UEFI o sistema faz uma leitura prévia dos discos antes e se a gaveta de DVD estiver vazia nem aparece a opção de iniciar pelo DVD.
Feito isso, inicia-se a instalação do ubuntu, já considerando a eventual instalação do Windows no particionamento e lembrando a necessidade de que a primeira partição seja de inicialização EFI.
Mesmo numa instalação limpa do ubuntu, sem dual boot com Windows, a lógica de particionamento da tabela GUID exige uma partição de inicialização, de pelo menos 35MB. Caso contrário, não seria possível usar os benefícios do fast boot do UEFI.
Antes de finalizar o particionamento é preciso definir o local para instalação do gerenciador de inicialização GRUB. Por padrão, o local vem marcado na raiz do HD (sda) . Se essa opção for mantida, pode haver corrupção na EFI ou necessidade de se reinstalar o GRUB após a instalação do Windows, uma vez que o gerenciador de boot do Windows o corrompe.
Agora, se a opção de instalação do GRUB for definida para a partição /boot (ou a partição / do Ubuntu, se opção foi por não dividir /boot e /home em partições diferentes), algo como sda4, seria possível gerenciar a inicialização dos sistemas operacionais diretamente pela BIOS e pelo Bootloader do Windows, como nas dicas
http://askubuntu.com/questions/62440/is-it-possible-to-boot-ubuntu-using-the-windows-bootloader
http://askubuntu.com/questions/230878/dual-boot-windows-8-and-ubuntu-with-windows-8-boot-manager
Ou seja: se quer gerenciar pelo GRUB ou vai instalar somente o ubuntu, instale-o em /dev/sda. Se optar por gerenciar pelo Windows, instale o GRUB na partição do Ubuntu responsável pela inicialização (/ ou /boot, dependendo a opção de particionamento), alguma coisa como /dev/sda4.
Colocando uma Janela limpa
A instalação do Windows 8 não é um procedimento complicado e que seja assunto do nosso fórum. Contudo, existe uma curiosidade, que é de interesse público.
Muitas pessoas que compram notebooks com sistema Windows 8 embarcado e resolvem instalar o ubuntu, eventualmente, podem acabar corrompendo a instalação do Windows.
Para resolver isso, tem gente que simplesmente fecha essa janela e fica só com o Linux, enquanto outros recorrem à pirataria. Ocorre que os aparelhos com UEFI que vem com Windows embarcado não possuem mais aquela etiqueta com o serial colado no notebook. Em vez disso, existe uma gravação digital na BIOS, que não pode ser visualizada no setup.
O interessante disso é que se no futuro a pessoa quiser “substituir” o Windows 8 original por um Windows mais novo e pirata, o instalador apontará que o número de série não é compatível.
Contudo, existe um inconveniente. Se por algum motivo a pessoa precisar fazer a recuperação do Windows, por meio da mídia recovery gerada a partir do aplicativo do fabricante, esse processo removerá a instalação do ubuntu.
Ainda, se por algum motivo a pessoa perdeu a instalação do Windows e não fez essa mídia de recuperação, ao tentar fazer uma nova instalação a partir de uma imagem ISO, também haverá incompatibilidade com o serial.
Alguns tutoriais sugerem que a partir da edição de uma imagem do Windows 8 ISO e inserção de um arquivo de configuração ei.cfg dentro da pasta sources da imagem ISO, seria possível transformar essa imagem numa mídia de recuperação, que permitiria a reinstalação do sistema de forma personalizada, na partição planejada para isso. Para tanto, seria preciso conhecer a versão do Windows 8 e sua Edition ID.
O Windows 8 foi lançado nas versões 8 (também chamada Single Language, com Edition ID “Core”), Enterprise e Professional. A primeira seria básica, enquanto que a segunda seria destinada a empresas, com possibilidade de ativação em várias máquinas. A terceira seria a completa, com recursos multimídia e outros. Além dessas nomenclaturas, existem as definições Retail (que se refere ao DVD comprado na caixa), AIO (dos desktops All In One) e a OEM (Original Equipment Manufaturer, que vem embarcadas nos notebooks).
O que nos interessa saber sobre isso é que a maioria dos notebooks vendidos no Brasil vem com o Windows 8 na sua versão básica e que a Microsoft disponibiliza uma imagem ISO específica para OEM Single Language. Com essa imagem, ao se instalar o Windows 8, o instalador recupera o serial gravado na BIOS, como se fosse uma recuperação às definições de fábrica, mas permite que isso seja feito de forma personalizada, na partição que foi reservada para isso, sem o risco de apagar a instalação do ubuntu.
Considerações Finais
Por fim, concluída a instalação do Windows 8 e do Ubuntu, com UEFI, Secure Boot e FastBoot ativados e a função fast startup do Windows desativada, se o grub foi instalado corretamente na partição /boot, a primeira opção de unidade UEFI da BIOS será carregada com êxito. Se estiver marcado ubuntu, vai aparecer o menu do grub, se não, o Windows será iniciado automaticamente.
Se por engano a instalação do grub foi feita na raiz /dev/sda, será necessário recuperar o boot do Windows pelo DVD.
Observação: Se a opção foi a de gerenciar a inicialização pelo Windows, no caso do grub ter sido instalado na partição /boot ou /, esse procedimento não é necessário, sendo preciso que se adicione o ubuntu ao menu de entrada Windows, por meio do aplicativo EasyBCD, como na dica http://askubuntu.com/questions/230878/dual-boot-windows-8-and-ubuntu-with-windows-8-boot-manager
Observação2: O bootloader do Windows tem a aparência do sistema, com fundo azul, mas sempre colocará o Windows como padrão. Já o grub, com sua aparência espartana, tem mais opções. Assim, o mais lógico é usar o GRUB se o seu sistema operacional mais acessado for ubuntu e o Bootloader, se a preferência é o Windows.
Referências
http://www.vivaolinux.com.br/dica/Dual-boot-UEFI-Ubuntu-e-Windows-8
http://www.hardware.com.br/comunidade/mitos-definitivo/1340637/
http://ubuntuforum-br.org/index.php/topic,90799.0.html
http://ubuntuforum-br.org/index.php/topic,14614.0.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Master_Boot_Record
http://www.hardware.com.br/termos/mbr
http://pt.wikipedia.org/wiki/EFI
http://www.clubedohardware.com.br/artigos/A-Verdadeira-Importancia-do-BIOS-UEFI/2368
http://pt.community.dell.com/support-forums/software/f/78/t/33677
http://askubuntu.com/questions/230878/dual-boot-windows-8-and-ubuntu-with-windows-8-boot-manager
Informações sobre como obter a imagem ISO OEM original compatível
http://oarthur.com/2014/06/comprovado-obter-windows-8-sl-single.html
http://windows.microsoft.com/pt-br/windows-8/upgrade-product-key-only
http://pt.community.dell.com/support-forums/software/f/114/tags/Windows+8+Single+Language+download
chrome://mega/content/secure.html#!QI8kjKYR!G_SOUC7vZn5xB6K_bgY6AaEfIbo57ZzuJARoHwAhZg8
Sem querer “chover no molhado”, dada a existência de diversos tópicos sobre esse assunto, a partir da dificuldade que encontrei em realizar esse procedimento, resolvi escrever esse tópico, como um tutorial, com uma característica didática.
Notebooks evoluem...
Uma situação muito comum: a pessoa compra um notebook novo, que vem com o Windows 8 pré-instalado e na sua primeira experiência de uso, se irrita e resolve trocar o sistema. Tem muitas pessoas que chegaram a optar por enviar o notebook a um “técnico” para formatar e instalar o Windows 7 (muitas vezes pirata...). Outras, migraram para o GNU/Linux.
Antigamente, ao ligar o aparelho, bastava manter pressionada a tecla de acesso ao setup da BIOS (F2, delete, F12, dependendo do fabricante) e alterar a sequência de inicialização. Ocorre que os PCs atuais estão vindo com um sistema UEFI (Unified Extensible Firmware Interface), que permite uma inicialização mais rápida, o que não é exatamente uma novidade.
A Apple já utiliza esse sistema nos Macbooks há vários anos, usando a tabela GUID (Globally Unique IDentifier) de particionamento de disco GPT (GUID Partition Table), em vez do MBR (Master Boot Record). Nas palavras de Ignacho, Guia do Hardware http://www.hardware.com.br/comunidade/mitos-definitivo/1340637/
Citar
Computadores
evoluem. O BIOS é um padrão dos tempos em que Bill Gates dizia que 640
KB eram suficientes para qualquer um. Pois bem, é mais ou menos por aí. O
BIOS só consegue acessar 1 MB de memória, e seu Core i7 com 8 GB de RAM
se comporta exatamente como um 8088, rodando em 16 bits. Há ainda
outros problemas, como a questão do particionamento MBR, conflitos de
IRQ, lentidão no processo de detecção de hardware, dentre outras
dificuldades técnicas para o desenvolvimento de um firmware BIOS. Com o
UEFI, essas limitações acabaram, além de permitir a possibilidade de
interfaces gráficas antes da inicialização do sistema operacional,
suporte à IP v6 durante o boot e suporte nativo a múltiplos sistemas
operacionais. Na verdade, o BIOS sequer tem noção do que seja um sistema
operacional, ele apenas inicializa o código no MBR do primeiro HD, que
no caso, é do gerenciador de boot. O UEFI trata de resolver isso com um
suporte a um novo de particionamento nos HDs (o padrão GPT), rodando no
mesmo modo do processador (se o seu processador é de 64 bits, o seu
firmware também vai ser de 64 bits), aumentando a eficiência da
inicialização e dando um fim às várias limitações existentes no BIOS.
Entendendo o particionamento de HD
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Na figura é possível observar um HD desmontado, com o disco, o atuador e o braço do leitor de dados. Com o HD desligado, o braço do leitor fica do lado de fora do disco e durante o desligamento, esse braço é movido do centro para fora (o que explica a necessidade de aguardar o desligamento com segurança...). O conjunto de setores dentro do mesmo raio de circunferência dos discos sobrepostos é entendido como um cilindro e pode ser delimitado em partições, chamadas primárias.
No sistema MBR, que consiste na divisão dos discos do HD em setores delimitados pelo raio da circunferência, de fora para dentro, sendo o setor mais externo reservado para a gravação das especificações técnicas do disco e para o gerenciador de arranque do sistema (gerenciadores de boot, como Grub, Lilo, Chameleon, Boot.ini), existe uma limitação de quatro partições primárias. É possível remediar isso, transformando uma partição primária em uma partição estendida, que pode ser dividia em partições lógicas, delimitadas por setores mapeados a partir da quantidade de bytes contados de fora para dentro, possibilitando uma divisão de até 255 partições. Logicamente, essa divisão por setor de disco não é tão confiável quanto a delimitação por raio de circunferência, especialmente quando o disco para repentinamente, por falta de energia ou travamento do Sistema Operacional.
No sistema GPT, os setores também são delimitados por raio de circunferência, mas além de não haver a limitação de partições primárias (são permitidas até 128), existem dois espaços reservados para a gravação das especificações técnicas do disco, no setor mais externo e no mais interno, num sistema redundante, que serve como recurso de segurança contra corrupção de dados em situações de travamento ou falta de energia.
E daí?
Com UEFI, o acesso ao setup da BIOS precisa ser habilitado pelo sistema operacional (Windows 8, em geral), seguindo os passos descritos pelo Tecmundo http://www.tecmundo.com.br/tutorial/31350-windows-8-tres-maneiras-de-acessar-as-opcoes-de-boot.htm
Depois de habilitado, alguns parâmetros precisam ser considerados. Desde o kernel 3.3 o GNU/Linux passou a suportar o UEFI e seu secure boot. Contudo, no caso do ubuntu, até o 12.10, existia o inconveniente. Durante o processo de particionamento de disco, o Gparted usava o padrão MBR, que além das limitações de particionamento (apenas quatro partições primárias), não era compatível com o UEFI.
Assim, para instalar o Ubuntu 12.04LTS e 12.10, é preciso desabilitar o secure boot (em algumas versões aparecia simplesmente como UEFI) na BIOS e ativar o Launch CSM e Launch PXE OpROM (em algumas versões aparecia simplesmente como legacy). A partir do 13.04 não há a necessidade de se desabilitar o secure boot, pois o Gparted utiliza como padrão o particionamento em GUID.
Contudo, existem algumas mudanças em relação ao estilo de particionamento. Antes, com MBR, era comum a pessoa criar quatro partições primárias:
sda1 = FAT32 = para receber o Windows (que na instalação, NTFS)
sda2 = Swap = entre 250MB e 4GB, dependendo se a opção hibernar será usada
sda3 = EXT4 = para instalação do Ubuntu, ponto de montagem /
sda4 = FAT = armazenamento de arquivos, acessíveis aos dois sistemas.
Isso, porque na tabela MBR só são permitidas quatro partições primárias e devemos evitar o máximo possível a utilização de partições lógicas http://ubuntuforum-br.org/index.php/topic,90799.0.html
Com as mudanças do UEFI, o desempenho do sistema e possibilidade de mais partições primárias da tabela GUID recomendam uma lógica diferente:
sda1 = EFI = Inicialização do sistema, com pelo menos 300MB
sda2 = FAT32 = para receber o Windows
sda3 = Swap = 4GB (vai que se resolva usar a função hibernar...)
sda4 = EXT2 = ponto de montagem /boot, com pelo menos 300MB
sda5 = EXT4 = para instalação do ubuntu, ponto de montagem /
sda6 = EXT4 = para a /home
A separação da /boot em uma partição EXT2 se justifica pelo fato de que por esse sistema de arquivos não possuir a função journaling (que permite ao Sistema Operacional manter um registro das mudanças recentes no disco, evitando que os arquivos se corrompam em caso de travamento ou falta de energia), a velocidade de leitura seria maior, o que seria vantajoso na inicialização, especialmente para a função fast boot do UEFI, enquanto que manter a /home em partição separada facilita muito numa eventual atualização de distribuição.
Como o ubuntu é suportado pelo UEFI, assim como acontece num dual boot entre MacOS e Ubuntu, se no particionamento de disco se fizer a opção de instalar o gerenciador de inicilização GRUB2 na partição com ponto de montagem /boot (em vez da raiz /), teoricamente, o gerenciador de inicialização do windows reconheceria a existência de um segundo sistema operacional seguro. Para, isso, em algumas versões da BIOS, é preciso alterar a opção de sistema operacional, de Windows para Outros.
Importante: Ao instalar o ubuntu e particionar para o windows, aconteceu algo curioso. Mesmo tendo separado a partição em fat32 e a partição EFI, ao instalar o Windows apareceu a mensagem que o sistema não podia ser instalado em tabela GPT. Como assim? O EFI que caracteriza o fast startup do Windows 8 depende desse formato. Ocorre que, se antes de começar a instalação, se a BIOS for configurada para desabilitar o UEFI, Secure Boot e habilitada para Legacy ou Lauch CSM, o Windows parece que entende que o particionamento é MBR, não reconhece a partição EFI e tenta emular um EFI, criando uma única partição.
Por outro lado, se instalar o Windows primeiro, nessa configuração, fica difícil instalar o ubuntu, porque o Windows ocupa duas partições primárias e faz isso em MBR. Ao instalar o ubuntu, não tem como colocar /boot, / e swap em partições primárias. Para resolver isso, é necessário:
1) Habilitar o UEFI, Secure Boot e FastBoot;
2) Instalar o Windows, excluindo a tabela de partições e já criando uma nova tabela, considerando as três partição necessárias para o ubuntu (boot, raiz e swap), porque se deixar como espaço não alocado e tentar particionar pelo live-usb do Ubuntu, existe um risco de corrupção devido ao fato de que o EFI controla as mudanças no disco e ele não está montado durante a sessão live-usb;
3) E o mais importante, que é desabilitar a função fast startup do Windows, porque essa função faz com que o HD não seja desligado completamente, impedindo que a tabela de partições seja visualizada na sessão live-usb (aparece como se fosse tudo espaço não alocado) e não reconheça que ali existe uma instalação do Windows
ubuntu e Windows, lado a lado...
Normalmente, se a pessoa não se irritou com o Windows8 ao ponto de querer removê-lo completamente, o processo automático, de instalar o ubuntu ao lado do Windows com redimensionamento de partições funciona, desde que:
1) Tenha feito a desfragmentação do sistema Windows antes de começar a instalação;
2) Se use uma versão do ubuntu igual ou superior a 13.04, sempre amd64.
Se a partição NTFS onde o Windows está instalado estiver fragmentada, o que normalmente acontece após a instalação e atualização, existe uma grande chance de corromper os arquivos. Se usar uma versão anterior do ubuntu, devido ao fato do Gparted ainda usar o padrão MBR, o redimensionamento automático acaba corrompendo a tabela de partições. Pelo sim, pelo não, para evitar problemas futuros, recomenda-se anotar o número de série do Windows, que não vem mais colado em etiqueta e sim gravado digitalmente na BIOS. Para tanto, existem aplicativos como wpkey, da Microsoft.
Sendo assim, para instalar o ubuntu ao lado da instalação original do Windows 8, basta desfragmentar o Windows antes de começar e usando um versão igual ou superior ao 13.04 amd64, seguir as opções do instalador, escolhendo a opção “instalar ao lado do Windows” e redimensionando as partições do Windows e Ubuntu de acordo com a necessidade. Depois de concluída, na inicialização, deve aparecer o menu do gerenciador de inicialização GRUB, com as opções de escolha entre Ubuntu, Recovery, Memory Test e Windows. (Na opção automática de instalação ao lado do Windows, a GRUB é instalado na raiz do HD)
Importante Depois disso, ao acessar BIOS, sem que o pendrive ou DVD esteja no notebook, nas opções de boot aparece Windows Boot Manager, Ubuntu e Ubuntu, todos EFI. Então, deve-se marcar os ubuntus como as primeiras opções (esqueci esse detalhe no processo e por achar que tinha falhado acabei perdendo tempo repetindo e estudando o que foi feito, quando na verdade, bastava ter desabiltado a função fast startup do Windows e marcado o ubuntu como primeira opção na BIOS...)
Instalação limpa, do zero
Os fabricantes de notebooks, assim como com os Smartphones, personalizam o sistema operacional do Notebook, modificações e aplicativos próprios, muitas vezes desnecessários. Além disso, mantém um espaço reservado para recuperação do Windows às condições de fábrica, que acaba diminuindo a disponibilidade de espaço do disco.
Seja por isso, seja porque a instalação anterior acabou por “ferrar” com o Windows, sempre haverá a opção de se instalar de novo, do zero.
Para tanto, deve-se inserir a mídia com a imagem do Ubuntu (pendrive ou DVD) no aparelho e depois acessar a BIOS, porque no UEFI o sistema faz uma leitura prévia dos discos antes e se a gaveta de DVD estiver vazia nem aparece a opção de iniciar pelo DVD.
Feito isso, inicia-se a instalação do ubuntu, já considerando a eventual instalação do Windows no particionamento e lembrando a necessidade de que a primeira partição seja de inicialização EFI.
Mesmo numa instalação limpa do ubuntu, sem dual boot com Windows, a lógica de particionamento da tabela GUID exige uma partição de inicialização, de pelo menos 35MB. Caso contrário, não seria possível usar os benefícios do fast boot do UEFI.
Antes de finalizar o particionamento é preciso definir o local para instalação do gerenciador de inicialização GRUB. Por padrão, o local vem marcado na raiz do HD (sda) . Se essa opção for mantida, pode haver corrupção na EFI ou necessidade de se reinstalar o GRUB após a instalação do Windows, uma vez que o gerenciador de boot do Windows o corrompe.
Agora, se a opção de instalação do GRUB for definida para a partição /boot (ou a partição / do Ubuntu, se opção foi por não dividir /boot e /home em partições diferentes), algo como sda4, seria possível gerenciar a inicialização dos sistemas operacionais diretamente pela BIOS e pelo Bootloader do Windows, como nas dicas
http://askubuntu.com/questions/62440/is-it-possible-to-boot-ubuntu-using-the-windows-bootloader
http://askubuntu.com/questions/230878/dual-boot-windows-8-and-ubuntu-with-windows-8-boot-manager
Ou seja: se quer gerenciar pelo GRUB ou vai instalar somente o ubuntu, instale-o em /dev/sda. Se optar por gerenciar pelo Windows, instale o GRUB na partição do Ubuntu responsável pela inicialização (/ ou /boot, dependendo a opção de particionamento), alguma coisa como /dev/sda4.
Colocando uma Janela limpa
A instalação do Windows 8 não é um procedimento complicado e que seja assunto do nosso fórum. Contudo, existe uma curiosidade, que é de interesse público.
Muitas pessoas que compram notebooks com sistema Windows 8 embarcado e resolvem instalar o ubuntu, eventualmente, podem acabar corrompendo a instalação do Windows.
Para resolver isso, tem gente que simplesmente fecha essa janela e fica só com o Linux, enquanto outros recorrem à pirataria. Ocorre que os aparelhos com UEFI que vem com Windows embarcado não possuem mais aquela etiqueta com o serial colado no notebook. Em vez disso, existe uma gravação digital na BIOS, que não pode ser visualizada no setup.
O interessante disso é que se no futuro a pessoa quiser “substituir” o Windows 8 original por um Windows mais novo e pirata, o instalador apontará que o número de série não é compatível.
Contudo, existe um inconveniente. Se por algum motivo a pessoa precisar fazer a recuperação do Windows, por meio da mídia recovery gerada a partir do aplicativo do fabricante, esse processo removerá a instalação do ubuntu.
Ainda, se por algum motivo a pessoa perdeu a instalação do Windows e não fez essa mídia de recuperação, ao tentar fazer uma nova instalação a partir de uma imagem ISO, também haverá incompatibilidade com o serial.
Alguns tutoriais sugerem que a partir da edição de uma imagem do Windows 8 ISO e inserção de um arquivo de configuração ei.cfg dentro da pasta sources da imagem ISO, seria possível transformar essa imagem numa mídia de recuperação, que permitiria a reinstalação do sistema de forma personalizada, na partição planejada para isso. Para tanto, seria preciso conhecer a versão do Windows 8 e sua Edition ID.
O Windows 8 foi lançado nas versões 8 (também chamada Single Language, com Edition ID “Core”), Enterprise e Professional. A primeira seria básica, enquanto que a segunda seria destinada a empresas, com possibilidade de ativação em várias máquinas. A terceira seria a completa, com recursos multimídia e outros. Além dessas nomenclaturas, existem as definições Retail (que se refere ao DVD comprado na caixa), AIO (dos desktops All In One) e a OEM (Original Equipment Manufaturer, que vem embarcadas nos notebooks).
O que nos interessa saber sobre isso é que a maioria dos notebooks vendidos no Brasil vem com o Windows 8 na sua versão básica e que a Microsoft disponibiliza uma imagem ISO específica para OEM Single Language. Com essa imagem, ao se instalar o Windows 8, o instalador recupera o serial gravado na BIOS, como se fosse uma recuperação às definições de fábrica, mas permite que isso seja feito de forma personalizada, na partição que foi reservada para isso, sem o risco de apagar a instalação do ubuntu.
Considerações Finais
Por fim, concluída a instalação do Windows 8 e do Ubuntu, com UEFI, Secure Boot e FastBoot ativados e a função fast startup do Windows desativada, se o grub foi instalado corretamente na partição /boot, a primeira opção de unidade UEFI da BIOS será carregada com êxito. Se estiver marcado ubuntu, vai aparecer o menu do grub, se não, o Windows será iniciado automaticamente.
Se por engano a instalação do grub foi feita na raiz /dev/sda, será necessário recuperar o boot do Windows pelo DVD.
Observação: Se a opção foi a de gerenciar a inicialização pelo Windows, no caso do grub ter sido instalado na partição /boot ou /, esse procedimento não é necessário, sendo preciso que se adicione o ubuntu ao menu de entrada Windows, por meio do aplicativo EasyBCD, como na dica http://askubuntu.com/questions/230878/dual-boot-windows-8-and-ubuntu-with-windows-8-boot-manager
Observação2: O bootloader do Windows tem a aparência do sistema, com fundo azul, mas sempre colocará o Windows como padrão. Já o grub, com sua aparência espartana, tem mais opções. Assim, o mais lógico é usar o GRUB se o seu sistema operacional mais acessado for ubuntu e o Bootloader, se a preferência é o Windows.
Referências
http://www.vivaolinux.com.br/dica/Dual-boot-UEFI-Ubuntu-e-Windows-8
http://www.hardware.com.br/comunidade/mitos-definitivo/1340637/
http://ubuntuforum-br.org/index.php/topic,90799.0.html
http://ubuntuforum-br.org/index.php/topic,14614.0.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Master_Boot_Record
http://www.hardware.com.br/termos/mbr
http://pt.wikipedia.org/wiki/EFI
http://www.clubedohardware.com.br/artigos/A-Verdadeira-Importancia-do-BIOS-UEFI/2368
http://pt.community.dell.com/support-forums/software/f/78/t/33677
http://askubuntu.com/questions/230878/dual-boot-windows-8-and-ubuntu-with-windows-8-boot-manager
Informações sobre como obter a imagem ISO OEM original compatível
http://oarthur.com/2014/06/comprovado-obter-windows-8-sl-single.html
http://windows.microsoft.com/pt-br/windows-8/upgrade-product-key-only
http://pt.community.dell.com/support-forums/software/f/114/tags/Windows+8+Single+Language+download
chrome://mega/content/secure.html#!QI8kjKYR!G_SOUC7vZn5xB6K_bgY6AaEfIbo57ZzuJARoHwAhZg8
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Como fazer Dual Boot
com Windows 7 e Ubuntu
Fonte: http://www.tecmundo.com.br/linux/3140-como-fazer-dual-boot-com-windows-7-e-ubuntu-9-10.htmWindows e Ubuntu sempre dividiram opiniões e espaço no HD do usuário. Muitos ainda preferem o sistema da Microsoft por diferentes razões. Porém, várias novidades estão surgindo nas últimas versões de ambos e prometem esquentar ainda mais as discussões. Que tal testar Windows 7 e Ubuntu 9.10 no mesmo computador?
O dual boot é um sistema que permite instalar dois sistemas operacionais no mesmo PC. Assim, o usuário pode escolher qual usar ao iniciar o computador. Neste artigo, mostraremos como fazer dual boot utilizando o Windows 7 e o Ubuntu 9.10. Além disso, mostraremos como configurar as pastas pessoais para que elas fiquem disponíveis nos dois sistemas de forma integrada.
Requerimentos
Para realizarmos o dual boot com sucesso, é necessário um disco de instalação do Windows 7, um disco de instalação do Ubuntu 9.10
e, pelo menos, duas horas de tempo livre para realizar todo o processo.
Esse tempo será gasto no backup, formatação, instalação e configuração
dos SOs.Antes de começar o processo de configuração do dual boot, faça um backup de todos os arquivos importantes. Isso é altamente recomendável para assegurar que os dados não sejam perdidos acidentalmente por causa de algum erro de configuração durante o processo. Para isso, utilize algum programa para esse fim, como o Cobian Backup.
Configurações
O HD será dividido em três partições distintas: uma para o Windows 7,
uma para o Ubuntu e uma para os arquivos pessoais. Como o disco
suportará dois sistemas operacionais, não é recomendado efetuar o dual
boot em discos rígidos com menos de 80 GB.Computador com Windows 7 instalado
Caso o computador já possua uma versão do Windows (Vista ou 7) instalada, é possível fazer a divisão das partições através do próprio sistema. Para isso, veja o artigo “Redimensionar partições do HD”. Verifique o espaço total do HD e faça a seguinte divisão:
- Na primeira partição, daremos o nome de “Win7” e serão reservados 25 GB de espaço em disco para instalação do Windows 7. Este espaço deve ser suficiente para o sistema crescer ao instalar programas básicos;
- A segunda partição não deve ser formatada, pois faremos isso somente ao instalar o Ubuntu. Porém, deixe pelo menos 12 GB reservados para ela;
- A terceira partição será responsável por armazenar todos os arquivos de dados, tais como músicas, vídeos e outros documentos pessoais. Ela receberá o nome de "Dados" e ficará com o restante de espaço disponível em disco.
Se o computador é muito usado para programas de edição de vídeos, imagens ou para jogos muito pesados, aumente o tamanho total das partições Windows e Ubuntu de acordo com a necessidade.
Computador sem sistema operacional
Caso o computador seja novo e não possua um sistema operacional instalado, insira o CD/DVD de instalação do Windows 7 e ligue o computador. Faça o boot pelo CD e aguarde o sistema preparar a tela de instalação.
Aguarde o sistema carregar a tela de preferências (idioma, hora e teclado) e clique em "Avançar". Ao chegar ao tipo de instalação, escolha a opção "Personalizada (avançada)". Com isso, aparecerá uma janela com as partições do HD. Agora, selecione a partição com mais espaço e clique em "Avançar" para iniciar a instalação.
Aguarde o término da instalação, que demora alguns minutos. O computador será reiniciado várias vezes nesse processo, portanto, não o desligue até aparecer uma tela solicitando para inserir um nome para o computador. Avance para as próximas janelas normalmente até finalizar as configurações.
Instalado o Windows 7, faça o redimensionamento das partições como indicado anteriormente. Depois de separar o HD em três partes, está na hora de instalarmos o Ubuntu.
Instalação do Ubuntu
Para aqueles que ainda não estão familiarizados com o Linux, existe uma forma de baixar a imagem ISO gratuitamente neste link. Logo após, basta gravar em um CD ou DVD para iniciarmos a instalação. Reinicie o computador com o CD/DVD do Ubuntu gravado e faça o boot por ele.
Selecione a partição com espaço livre que possui os 12 GB que reservamos e clique no botão “Nova Partição”. Na janela seguinte, modifique o valor da partição no primeiro campo para 10000. Em “Usar como”, selecione a opção “Sistema de arquivos com “journaling” ext4”. Marque a caixa “Formatar a partição” e digite “/” em “Ponto de Montagem”. Clique em OK para confirmar as opções.
Pastas pessoais
Inicie normalmente o Windows e acesse a pasta com arquivos pessoais
do usuário. Copie todas as pastas e cole na partição “Dados” que criamos
anteriormente. Volte para a pasta de usuário (C:) e clique com o botão
direito do mouse sobre uma das pastas.Reinicie o computador e escolha a inicialização pelo Ubuntu. Abra o menu “Locais” e abra as pastas pessoais. Agora, apague todas as pastas e acesse “Dados”. Arraste todas as pastas pessoais para a parte de baixo do painel à esquerda. Pronto, acesse novamente o menu “Locais” para ver as pastas no lugar.
O Ubuntu não possui suporte para a maioria dos jogos e aplicativos que funcionam no Windows, mas ele continua avançando para se adaptar às necessidades de todos os usuários. Caso queira saber um pouco mais sobre o Ubuntu e suas funcionalidades, veja um guia completo sobre ele neste artigo.
O que você acha, é possível conviver com dois sistemas operacionais ao mesmo tempo? Qual sistema você utilizará com mais frequência?
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Este manual descreve a versão 0.20.0 do GParted
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Para informar um erro ou fazer uma sugestão relacionada ao aplicativo gparted ou este manual, siga as instruções em http://gparted.org/bugs.php.
Resumo
O
GParted é um editor de partições do GNOME para criação, reorganização e
exclusão de partições em disco. O GParted permite que você altere a
organização das partições enquanto preserva o conteúdo das mesmas.
Índice
O aplicativo gparted é um editor de partições do GNOME para a criação, reorganização e exclusão de partições em disco.
Um dispositivo de disco pode ser subdividido em uma ou mais partições. O aplicativo gparted permite que você altere a organização das partições em um dispositivo de disco preservando todo o conteúdo de cada partição. Com o gparted você pode efetuar as seguintes tarefas:
CuidadoEditar partições pode potencialmente causar a PERDA de DADOS.O aplicativo gparted é projetado para possibilitar que você edite partições cuidando para que o risco de perda de dados seja reduzido. O aplicativo foi cuidadosamente testado e é usado pela equipe do projeto GParted. Porém, pode ocorrer uma perda de dados devida a erros de software, problemas de hardware ou falha de energia. Você pode ajudar a reduzir o risco de perda de dados não montando e desmontando as partições fora do aplicativo gparted enquanto o gparted está sendo executado. Aconselhamos você a FAZER BACKUP dos seus DADOS antes de usar o aplicativo gparted.
Você pode iniciar o gparted das seguintes maneiras:
Quando você iniciar o gparted, a seguinte janela será exibida:
A janela do gparted contém os seguintes elementos:
Quando você clica com o botão direito em qualquer área de exibição o aplicativo exibe um menu de contexto. O menu de contexto contém as ações de edição de partição. Como nos outros aplicativos do GNOME, as ações no gparted podem ser realizadas de diversas maneiras: com o menu, com a barra de ferramentas ou as teclas de atalho.
Você pode executar o gparted da linha de comando e especificar um ou mais dispositivos de disco.
Para trabalhar com múltiplos dispositivos de disco da linha de comando digite o seguinte comando e então pressione Enter:
Para ver para quais ações há suporte nos sistemas de arquivos, vá até: → . O aplicativo exibirá o diálogo Suporte ao sistema de arquivos.
Se você instalou algum software enquanto o gparted estava executando, clique em para atualizar o gráfico. O aplicativo atualizará a exibição do gráfico. Para fechar o diálogo Suporte ao sistema de arquivos clique .
Para selecionar um dispositivo de disco, vá até: → e selecione um dispositivo da lista. O aplicativo exibirá o layout de partição do dispositivo na janela do gparted.
Para ver informações sobre um dispositivo de disco:
Para atualizar todos os dispositivos de disco, vá até: → . O aplicativo varrerá novamente todos os dispositivos de disco e atualizará o layout de partição do dispositivo na janela do gparted.
Para criar uma nova tabela de partições no dispositivo de disco:
CuidadoAVISO: Isso APAGARÁ TODOS OS DADOS de TODO DISPOSITIVO DE DISCO.Se você acidentalmente sobrescrever sua tabela de partições, consulte a “Recuperando tabelas de partição”.
Para tentar resgatar dados a partir de um dispositivo de disco:
Estas ações não alterarão as partições do seu dispositivo de disco.
Para selecionar uma partição, use um dos seguintes métodos:
NotaOperações de partição como excluir, mover, copiar, formatar, verificar, rotular e, geralmente, redimensionar necessitam de que a partição seja desmontada. Consulte a “Desmontando uma partição”.
Para selecionar um espaço não alocado use um dos seguintes métodos:
DicaSe você não tiver qualquer dispositivo de disco com espaço não alocado, você pode tentar o seguinte:
Para ver informações sobre uma partição:
/caminho-da-partição , clique .
Para montar uma partição:
NotaSe → não estiver visível, então o gparted não sabe onde a partição deveria ser montada.
Para desmontar uma partição:
DicaSe → não for bem sucedido, então provavelmente a partição está em uso.Para ter todas partições desmontadas e disponíveis para ações de edição de partição, inicie o computador com um Live CD e use o gparted. Consulte a “Adquirindo o GParted em Live CD”
Estas
ações alterarão as partições do seu dispositivo de disco. Estas ações
não modificarão os limites iniciais e finais de suas partições
existentes.
Para criar uma nova partição:
Para excluir uma partição:
CuidadoSe você excluir uma partição lógica, todas as partições lógicas existentes depois da partição lógica excluída sofrerão mudanças nos nomes de dispositivo.Por exemplo, uma partição estendida contém quatro partições lógicas A, B, C e D. Estas partições lógicas serão acessadas pelo sistema operacional como a seguir:
Alterações no nome de um dispositivo podem afetar negativamente os seguintes arquivos:
Para formatar uma partição:
Para definir um rótulo ou nome de volume para a partição:
Para alterar o identificador único universal (UUID) de uma partição:
Especificar detalhes da partição é útil ao realizar ações como criar, redimensionar e mover.
Para especificar o tamanho e a localização da partição, use um ou uma combinação dos seguintes passos:
Para especificar o alinhamento para a partição, clique no botão de seta Alinhar para, e selecione na lista.
Para especificar o tipo de partição, clique em Criar como e selecione um item da lista.
NotaA tabela de partição msdos limita as partições como a seguir:
DicaPartições primárias fornecem melhores chances de recuperação de dados porque os limites da partição são armazenados em locais conhecidos no dispositivo de disco.
Para especificar o tipo de sistema de arquivos para a partição, clique em Sistema de arquivos e selecione um item da lista.
NotaSeguem-se exemplos de usos para alguns sistemas de arquivos:
Para especificar um rótulo de partição, também conhecido como rótulo de volume, digite um rótulo na caixa de texto Rótulo.
DicaRótulos podem ser usados para ajudá-lo a lembrar o que está armazenado na partição.Rótulos únicos podem ser usados para montar sistemas de arquivos com o sistema operacional GNU/Linux.
Estas
ações alterarão as partições do seu dispositivo de disco. Estas ações
podem modificar os limites iniciais ou finais de suas partições
existentes. Estas ações podem fazer os sistemas operacionais falharem em
inicializar.
As operações de redimensionamento e movimentação uma partição podem ser realizadas por uma única operação no gparted.
Para redimensionar uma partição:
DicaPara aumentar ou mover uma partição é necessário espaço não alocado disponível adjacente à partição.Se você estiver aumentando uma partição lógica, então o espaço não alocado precisará estar dentro da partição estendida. Se você estiver aumentando uma partição primária, então o espaço não alocado precisará estar fora da partição estendida. Você pode mover espaço não alocado para dentro ou para fora da partição estendida redimensionando os limites da partição estendida. DicaPara melhorar a habilidade de reduzir partições NTFS, você pode considerar uma ou mais das seguintes recomendações:
As operação de movimentação e redimensionamento da partição podem ser realizadas por uma única operação do gparted.
Para mover uma partição:
DicaSe a partição for um partição de inicialização do sistema operacional, este poderá não inicializar após a operação de movimentação ter sido aplicada.Se o sistema operacional falhar em inicializar, consulte a “Consertando problemas de inicialização do sistema operacional”.
Para copiar uma partição:
CuidadoA cópia da partição possui o mesmo rótulo e o mesmo identificador único universal (UUID) como a partição de origem. Isto pode causar um problema ao inicializar ou quando ações de montagem utilizarem o rótulo da partição ou o UUID para identificar a partição.O problema é que o sistema operacional irá aleatoriamente selecionar para montagem ou a origem, ou a cópia da partição. Por exemplo, na primeira ação de montagem a partição de origem pode ser montada. Na próxima ação de montagem a cópia da partição pode ser montada. Ao longo do tempo, esta natureza aleatória de montagem de partição pode fazer os arquivos aparecerem ou desaparecerem misteriosamente dependendo de qual partição está sendo montada. A montagem aleatória da origem ou da cópia da partição de origem pode resultar em perda ou corrupção severa dos dados. Para evitar o problema, aconselhamos você a tomar um dos seguintes cuidados:
Para gerenciar flags de partição:
/caminho-da-partição , clique .NotaSegue-se uma descrição dos flags em uma tabela de partição msdos:
NotaSegue-se uma descrição de sinalizadores (flags) em uma tabela de partição gpt:
A
verificação de uma partição tentará encontrar e corrigir problemas no
sistema de arquivos. A verificação de uma partição tentará aumentar o
sistema de arquivos de forma a preencher a partição.
Para verificar uma partição:
Para desfazer a última operação da fila de operações, vá até: → . O aplicativo removerá a última operação da fila exibida no painel Operações pendentes. Se não houver operações restantes na fila, o aplicativo fechará o painel Operações pendentes.
Para limpar todas as operações da fila de operações, vá até: → . O aplicativo removerá todas operações da fila e fechará o painel Operações pendentes.
Para aplicar todas operações:
Um
Live CD é um CD (Disco Compacto) contendo um sistema operacional
inicializável. Um Live CD permite que você inicialize seu computador a
partir de um CD.
Usar o gparted a partir de um Live CD tem as seguintes vantagens:
Você pode baixar uma imagem Live CD contendo o gparted a partir dos seguintes sites:
DicaA imagem do Live CD do GParted pode ser gravada em uma unidade flash USB.Se o seu computador pode ser inicializado a partir de Barramento serial universal (em inglês: Universal Serial Bus, acrônimo: USB), então você pode preferir inicializar e usar o gparted de uma unidade flash USB. DicaPara evitar o desperdício de um CD vazio ao gravar um arquivo de imagem de CD, use as seguintes dicas:
Seu computador pode falhar em inicializar o sistema operacional se você realizar uma das seguintes ações:
Se o seu computador usa o carregador de inicialização do GRUB, consulte “Consertando problema de inicialização do GRUB” para restaurar a capacidade de inicialização. Se o seu computador não usa o GRUB, então lhe aconselhamos a consultar a documentação do seu carregador de inicialização para aprender como corrigir o problema. Você pode consultar as perguntas frequentes do GParted (inglês) ou o fórum do GParted (inglês). Você também pode pesquisar na Internet para aprender como outras pessoas resolveram problemas similares.
O
grande carregador de inicialização unificado, do inglês "Grand Unified
Boot loader" (GRUB) é usado por muitas distribuições GNU/Linux. Para
corrigir problemas de inicialização do GRUB, você começa por determinar
qual versão principal do GRUB foi usada.
Há duas versões principais do GRUB:
Efetue os seguintes passos para restaurar o carregador de inicialização do GRUB 2:
Efetue os seguintes passos para restaurar o carregador de inicialização legado do GRUB:
Se você acidentalmente sobrescrever sua tabela de partição, há uma chance de que você possa recuperá-la.
O aplicativo testdisk é projetado para ajudar a recuperar partições perdidas. Para mais informações sobre o testdisk, consulte http://www.cgsecurity.org/wiki/TestDisk. O aplicativo testdisk está incluso em cada Live CD listado na “Adquirindo o GParted em Live CD” |
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