segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Por que pensar a partir do cinema?

"O cinema é um tipo de arte e em nosso trabalho consideramos tipos de artes como produtores de conhecimento; ou seja, a Arte não é mero entretenimento, mas sim uma característica evolutiva de nossa espécie, visando sempre a uma adaptação maior a uma realidade complexa."

Jorge de Albuquerque Vieira, Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, professor aposentado pelo Departamento de Astronomia da UFRJ, professor da PUC-SP e da Faculdade Angel Vianna e palestrante do Ciência em Foco de agosto.

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"Além de contar com um acervo extraordinário, reunindo ao longo de sua história uma série de obras cuja beleza e teor de pensamento são literalmente memoráveis, o cinema participa de um tipo ou modo de linguagem capaz de dar carne ao pensamento, tornando-o sensível por meio de suas imagens, de seus sons, de suas falas; dessa forma ele dispõe, potencialmente, de uma força de sedução invejável, porque apresenta, unidos, prazer e reflexão, estimulando o pensamento ao mesmo tempo que nos instiga os sentidos."

Alexandre Costa, doutor em Filosofia, professor do Departamento de Filosofia da UFF e palestrante do Ciência em Foco de julho.

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"O cinema sempre esteve presente na minha vida, sendo inclusive a minha primeira vocação. Fiz cinema durante a minha juventude, onde realizei três curtas-metragens. Curiosamente, eu descobri a filosofia através do cinema quando, ao me mudar para o Rio, disposto a realizar o curso de graduação em cinema, encontrei com o Claudio Ulpiano, professor de filosofia da UFF. A partir deste encontro, iniciei os meus estudos em filosofia. O mais curioso é que a filosofia com a qual eu tive contato, que é a filosofia do Gilles Deleuze, tratava de cinema, abordava o cinema a partir dos conceitos filosóficos. Sendo assim, o cinema e a filosofia sempre estiveram em intercessão na minha profissão."
"Com o advento da estética, surge uma virada no século XVIII para o século XIX. A arte passa a ser concebida como expressão de um pensamento específico, que se faz na conjunção do sensível com o inteligível, dando ao criador o estatuto de experimentador."

Auterives Maciel Junior - Filósofo, doutor em Teoria Psicanalítica pela UFRJ, professor do Departamento de Psicologia da PUC-Rio e do Mestrado em Psicanálise, Saúde e Sociedade da Univ. Veiga de Almeida e convidado do Ciência em Foco de abril de 2013.

http://cineclubecienciaemfoco.blogspot.com.br/2013/04/a-arte-o-pensamento-e-vida.html



1) Como foi seu encontro com o cinema? E por que falar a partir dele?

Talvez você considere minha resposta decepcionante, mas devo declarar que não tenho nenhuma preferência pela forma “cinema”. Assim como não assisto televisão, não acompanho a programação das salas. Assisto a poucos filmes, embora tenha um telão bem grande na minha sala. Assisto, em geral aos que me interessam de um ponto de vista teórico. Meu fundamental interesse pelos filmes está na revelação de uma teoria apresentada como forma e conteúdo. Filmes são, muitas vezes, sistemas teóricos no sentido de serem uma exposição estética, ética e metafísica. 

Marcia Tiburi

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